Em 14 de agosto de 2024, o aumento de casos de Mpox na República Democrática do Congo (RDC) e outros países da África levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar, pela segunda vez, emergência de saúde pública de importância internacional.
A declaração seguiu recomendação do comitê composto por especialistas independentes, que apontou potencial de espalhamento do surto, associado à rápida propagação de uma nova cepa do vírus mpox (MPXV), chamada de clado 1b.
No Brasil, o primeiro caso da variante foi confirmado em 7 de março de 2025, em São Paulo. A paciente, uma mulher de 29 anos, não havia visitado áreas com surtos de Mpox, mas teve contato com um familiar oriundo da RCD.
Antes da propagação da cepa clado 1b, a primeira declaração de emergência ocorreu em julho de 2022, quando foi registrado um surto multinacional provocado pelo clado 2 do MPXV. Essa emergência foi encerrada em maio de 2023, após a diminuição sustentada de casos no mundo.
O MPXV pertence ao gênero Orthopoxvirus, que também compreende os patógenos responsáveis pelas varíolas humana e bovina. Foi descoberto em 1958, quando pesquisadores investigavam um surto infeccioso em macacos oriundos da África que estavam sendo estudados na Dinamarca.
O primeiro caso humano da doença data de 1970, na República Democrática do Congo. O primeiro surto em território não endêmico ocorreu em 2003, nos Estados Unidos.
A doença causa inchaço dos gânglios linfáticos, aparecimento de lesões na pele, febre, fraqueza, além de dores intensas de cabeça e no corpo. A letalidade é estimada entre 1% e 10%, com quadros mais graves em crianças e pessoas com imunidade reduzida.
A transmissão entre seres humanos acontece principalmente por exposição a feridas abertas, crostas e fluidos corporais de pessoas infectadas. Beijos, abraços e relações sexuais também podem espalhar o vírus, assim como secreções respiratórias resultantes de interações próximas e prolongadas.
O período de incubação do vírus é de 5 a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele.
Os sintomas iniciais da Mpox podem ser semelhantes aos de outras doenças, como sarampo e sífilis. Desta forma, exames laboratoriais com testes moleculares (q-PCR) ou com sequenciamento genético são essenciais para um diagnóstico preciso.
Uma vacina já existente contra a Varíola, a Imvanex, também têm efeito contra o MPXV. No Brasil, prioriza-se a vacinação dos cidadãos que têm maior risco de desenvolver casos graves da doença. É o caso de pessoas que vivem com HIV/aids, de profissionais de laboratórios que atuam diretamente com vírus do gênero Orthopoxvirus e daqueles que tiveram contato com fluidos e secreções corporais de pacientes. Usuários de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) também podem se vacinar.
Como a vacinação universal não é indicada, a melhor forma de se prevenir contra a Mpox é evitar o contato direto com casos confirmados ou suspeitos. Se o contato for imprescindível, não se deve compartilhar objetos de uso pessoal, como roupas, toalhas e talheres. Além disso, é recomendado usar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Confira, abaixo, a listagem de notícias com a cobertura especial sobre as contribuições de pesquisadores do Instituto.
Em 14 de agosto de 2024, o aumento de casos de Mpox na República Democrática do Congo (RDC) e outros países da África levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar, pela segunda vez, emergência de saúde pública de importância internacional.
A declaração seguiu recomendação do comitê composto por especialistas independentes, que apontou potencial de espalhamento do surto, associado à rápida propagação de uma nova cepa do vírus mpox (MPXV), chamada de clado 1b.
No Brasil, o primeiro caso da variante foi confirmado em 7 de março de 2025, em São Paulo. A paciente, uma mulher de 29 anos, não havia visitado áreas com surtos de Mpox, mas teve contato com um familiar oriundo da RCD.
Antes da propagação da cepa clado 1b, a primeira declaração de emergência ocorreu em julho de 2022, quando foi registrado um surto multinacional provocado pelo clado 2 do MPXV. Essa emergência foi encerrada em maio de 2023, após a diminuição sustentada de casos no mundo.
O MPXV pertence ao gênero Orthopoxvirus, que também compreende os patógenos responsáveis pelas varíolas humana e bovina. Foi descoberto em 1958, quando pesquisadores investigavam um surto infeccioso em macacos oriundos da África que estavam sendo estudados na Dinamarca.
O primeiro caso humano da doença data de 1970, na República Democrática do Congo. O primeiro surto em território não endêmico ocorreu em 2003, nos Estados Unidos.
A doença causa inchaço dos gânglios linfáticos, aparecimento de lesões na pele, febre, fraqueza, além de dores intensas de cabeça e no corpo. A letalidade é estimada entre 1% e 10%, com quadros mais graves em crianças e pessoas com imunidade reduzida.
A transmissão entre seres humanos acontece principalmente por exposição a feridas abertas, crostas e fluidos corporais de pessoas infectadas. Beijos, abraços e relações sexuais também podem espalhar o vírus, assim como secreções respiratórias resultantes de interações próximas e prolongadas.
O período de incubação do vírus é de 5 a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele.
Os sintomas iniciais da Mpox podem ser semelhantes aos de outras doenças, como sarampo e sífilis. Desta forma, exames laboratoriais com testes moleculares (q-PCR) ou com sequenciamento genético são essenciais para um diagnóstico preciso.
Uma vacina já existente contra a Varíola, a Imvanex, também têm efeito contra o MPXV. No Brasil, prioriza-se a vacinação dos cidadãos que têm maior risco de desenvolver casos graves da doença. É o caso de pessoas que vivem com HIV/aids, de profissionais de laboratórios que atuam diretamente com vírus do gênero Orthopoxvirus e daqueles que tiveram contato com fluidos e secreções corporais de pacientes. Usuários de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) também podem se vacinar.
Como a vacinação universal não é indicada, a melhor forma de se prevenir contra a Mpox é evitar o contato direto com casos confirmados ou suspeitos. Se o contato for imprescindível, não se deve compartilhar objetos de uso pessoal, como roupas, toalhas e talheres. Além disso, é recomendado usar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Confira, abaixo, a listagem de notícias com a cobertura especial sobre as contribuições de pesquisadores do Instituto.
Permitido a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)