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Avanços da genômica do Schistosoma

Acompanhe em especial a cobertura do 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose. Educação e saúde para o controle da doença também foram debatidos.
Por Jornalismo IOC07/10/2010 - Atualizado em 10/12/2019

Acompanhe o Especial 12º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose

A agenda de prioridades de pesquisa para o controle da esquistossomose nas Américas foi o tema que iniciou os debates do terceiro dia de atividades do 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose. Representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) participaram da mesa-redonda. A educação e o acesso à saúde e suas implicações no controle da esquistossomose também foram debatidos. Outra mesa-redonda que também ganhou destaque na manhã desta quinta-feira, 07/10, abordou os avanços recentes sobre a genômica do Schistosoma, parasito causador da doença.

Gutemberg Brito

Avanços da genômica do Schistosoma são destaque

O pesquisador Raymond Jonh Pierce, do Instituto Pasteur, da França, apresentou resultados preliminares de um estudo que investiga enzimas do Schistosoma como possíveis alvos na busca de novos fármacos. A pesquisa tem como objetivo analisar os genes envolvidos no processo de desenvolvimento do parasito, tendo como alvos enzimas específicas. Ainda há muito para progredir neste campo, mas é fundamental entender o papel dessas enzimas para o ciclo do parasito, explicou Pierce. O estudo é realizado por seis equipes europeias e três brasileiras, incluindo pesquisadores da Fiocruz.

O especialista do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, Ricardo De Marco, falou sobre a importância da interação entre machos e fêmeas de vermes adultos no organismo humano para a preservação do ciclo da esquistossomose. Precisamos conhecer essa interação para que possamos criar estratégias que interrompam ou diminuam a postura dos ovos, esclareceu o pesquisador. Coordenado por De Marco, o estudo detectou diferenças na comparação entre parasitos fêmeas e machos que permanecem juntos e parasitos separados por seu gênero. Durante 13 dias, separamos vermes adultos fêmeas de vermes adultos machos. Depois extraímos o RNA e comparamos com os casais que permaneceram juntos. Caracterizamos um conjunto de genes com diferentes expressões, completou.

O pesquisador da Fiocruz-Minas Guilherme Oliveira apresentou um banco de dados sobre o Schistosoma mansoni, desenvolvido por sua equipe. Oliveira reforçou a importância deste tipo de recurso para os avanços científicos da área. Criamos um banco de dados relacional, para que possamos trabalhar os dados de forma gerenciável e mais democrática. Por meio de tabelas, o Schisto.net possibilita comparar dados, explicou. A navegação é gratuita e temos recebido 82 mil visualizações diárias na página, comemorou o conferencista.

Gutemberg Brito

Pesquisador da Fiocruz-Minas, Guilherme Oliveira, apresentou o Schisto.net, banco de dados de genômica funcional e genômica de Schistosoma mansoni

A palestra 'Estrutura populacional de Schistosoma mansoni pré e póstratamento', ministrada por Ronald Blanton, da universidade norte-americana Case Western, encerrou os debates da mesa-redonda. Desenvolvido em parceria com a Fiocruz, o estudo analisou a genética populacional de grupos de parasitas, a fim de verificar se após o tratamento os parasitos persistentes formam uma população diferente. Identificamos pouca diferenciação entre a população persistente e a população curada no pré-tratamento. Provavelmente, os parasitos persistentes saem das populações suscetíveis, ou seja, não são selecionados, explicou o pesquisador.

:: Especial 12º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose

Renata Fontoura

07/10/2010

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Acompanhe em especial a cobertura do 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose. Educação e saúde para o controle da doença também foram debatidos.
Por: 
jornalismo

Acompanhe o Especial 12º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose

A agenda de prioridades de pesquisa para o controle da esquistossomose nas Américas foi o tema que iniciou os debates do terceiro dia de atividades do 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose. Representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) participaram da mesa-redonda. A educação e o acesso à saúde e suas implicações no controle da esquistossomose também foram debatidos. Outra mesa-redonda que também ganhou destaque na manhã desta quinta-feira, 07/10, abordou os avanços recentes sobre a genômica do Schistosoma, parasito causador da doença.

Gutemberg Brito

Avanços da genômica do Schistosoma são destaque

O pesquisador Raymond Jonh Pierce, do Instituto Pasteur, da França, apresentou resultados preliminares de um estudo que investiga enzimas do Schistosoma como possíveis alvos na busca de novos fármacos. A pesquisa tem como objetivo analisar os genes envolvidos no processo de desenvolvimento do parasito, tendo como alvos enzimas específicas. Ainda há muito para progredir neste campo, mas é fundamental entender o papel dessas enzimas para o ciclo do parasito, explicou Pierce. O estudo é realizado por seis equipes europeias e três brasileiras, incluindo pesquisadores da Fiocruz.



O especialista do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, Ricardo De Marco, falou sobre a importância da interação entre machos e fêmeas de vermes adultos no organismo humano para a preservação do ciclo da esquistossomose. Precisamos conhecer essa interação para que possamos criar estratégias que interrompam ou diminuam a postura dos ovos, esclareceu o pesquisador. Coordenado por De Marco, o estudo detectou diferenças na comparação entre parasitos fêmeas e machos que permanecem juntos e parasitos separados por seu gênero. Durante 13 dias, separamos vermes adultos fêmeas de vermes adultos machos. Depois extraímos o RNA e comparamos com os casais que permaneceram juntos. Caracterizamos um conjunto de genes com diferentes expressões, completou.



O pesquisador da Fiocruz-Minas Guilherme Oliveira apresentou um banco de dados sobre o Schistosoma mansoni, desenvolvido por sua equipe. Oliveira reforçou a importância deste tipo de recurso para os avanços científicos da área. Criamos um banco de dados relacional, para que possamos trabalhar os dados de forma gerenciável e mais democrática. Por meio de tabelas, o Schisto.net possibilita comparar dados, explicou. A navegação é gratuita e temos recebido 82 mil visualizações diárias na página, comemorou o conferencista.


Gutemberg Brito

Pesquisador da Fiocruz-Minas, Guilherme Oliveira, apresentou o Schisto.net, banco de dados de genômica funcional e genômica de Schistosoma mansoni

A palestra 'Estrutura populacional de Schistosoma mansoni pré e póstratamento', ministrada por Ronald Blanton, da universidade norte-americana Case Western, encerrou os debates da mesa-redonda. Desenvolvido em parceria com a Fiocruz, o estudo analisou a genética populacional de grupos de parasitas, a fim de verificar se após o tratamento os parasitos persistentes formam uma população diferente. Identificamos pouca diferenciação entre a população persistente e a população curada no pré-tratamento. Provavelmente, os parasitos persistentes saem das populações suscetíveis, ou seja, não são selecionados, explicou o pesquisador.

:: Especial 12º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose

Renata Fontoura

07/10/2010

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)