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Após 49 anos, Brasil volta a sediar o Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malaria. Acompanhe a cobertura

Cerimônia de abertura contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de centenas de renomados especialistas na área. O evento acontece até o dia 27
Por Vinicius Ferreira25/09/2012 - Atualizado em 10/12/2024

::Saiba mais sobre o Congresso::
::Veja os destaques da programação do XVIII CIMTM::
::Conheça as principais doenças tropicais negligenciadas::


Reunidos em torno das doenças tropicais que afetam cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo, mais de dois mil pesquisadores, profissionais da área da Saúde e estudantes vão participar da 18ª edição do Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malaria, que teve início nesse domingo, 23. A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente do Congresso, José Rodrigues Coura, do presidente do comitê cientifico do evento, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro, do presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique Nery Costa e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O evento, que é promovido pela Federação Internacional de Medicina Tropical (IFMT) e pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e conta com a Fiocruz, através do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), como parceira na organização, acontece até o dia 27, no Hotel Royal Tulip, no Rio de Janeiro. Ao lado da Holanda, o Brasil é o único país a sediar duas edições do evento, uma em 1963 e a outra, agora, 49 anos depois.

A cerimônia

As palavras de boas vindas a todos os conferencistas coube ao o presidente do Congresso e chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC, José Rodrigues Coura, que também é um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Coura fez um breve passeio pela história da SBMT e da Fiocruz e ressaltou a importância do encontro. “A realização deste Congresso contribui para uma intensa troca de conhecimento e experiências. Desde sua primeira edição, em 1913, são debatidos temas que afetam a vida de milhões de pessoas”, disse o especialista, se referindo à doenças como malária, leishmanioses, esquistossomose, dengue, doença de Chagas e doenças bacterianas, virais e fúngicas, que estarão em pauta nas mesas-redondas e conferências.

 

Divulgação ICTMM

São esperadas mais de 2 mil pessoas de 62 países diferentes durante os cinco dias do evento. Estão confirmados 454 conferencistas

 

Coura destacou, ainda, os números do Congresso. “Esta é uma das edições mais densas já realizadas e é um orgulho que esteja acontecendo no Brasil. Temos, por exemplo, 62 países envolvidos, 63 mesas-redondas e conferências, além de 33 workshops, 1600 pôsteres eletrônicos e mais de 450 conferencistas”, enfatizou.

Para o presidente do Comitê Científica do evento e chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, a realização do congresso no Brasil é oportuna. “Embora ainda seja modesta, a produção científica cresce no país mais do que no restante do mundo há três décadas. Somos o 13º em produção científica e a pretensão dos dirigentes das agências de fomento, reconhecendo a relação direta entre investimento e desempenho acadêmico, é que nossa posição se torne compatível com a nossa sexta colocação como potência econômica no mundo”, ressaltou.

Outro ponto levantado pelo especialista em Malária foi o crescente aumento dos números ligados à ciência no nosso país. “Os grupos de pesquisa brasileiros passaram de 4.400 em 1993, para 27.500 em 2010, o número de pesquisadores passou de 21.500 para 129.000 e o de doutores, de 11.000 para 81.700 no mesmo período”, comentou Cláudio, que será o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Federação Mundial de Medicina Tropical, para o período de 2012 a 2016, em cerimônia a ser realizada durante o congresso.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique Nery Costa, será possível fazer uma abordagem decisiva e profunda sobre a saúde e a integração dos trópicos, através de debates com cientistas dedicados ao tema. “A pobreza, o acesso limitado à água limpa, a falta de saneamento e a precária condição de moradia contribuem para a propagação de muitas das doenças que aqui serão tratadas. Nossa expectativa é que este encontro produza resultados científicos e documentos atualizados capazes de ajudar no combate a esses agravos”, disse.

 

Divulgação ICTMM

Da esquerda para a direita: Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, presidente do Comitê Científico do evento, Alexandre Padilha, ministro da Saúde e José Rodrigues Coura, presidente do Congresso

 

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o encontro é importante para o Brasil encontrar papel na liderança na produção de conhecimento, tecnologia e medicamentos. “Todos os envolvidos nesse congresso são fundamentais para ajudar o país a continuar avançando na ciência e na saúde. O combate a essas doenças tem que ser um compromisso de cada um de nós”.

Programação

Serão discutidos os estudos de vacinas candidatas contra malária e a resistência do parasito às drogas contra a doença; a busca de uma vacina contra a Aids; o impacto das mudanças climáticas sobre a transmissão das doenças tropicais; a busca da origem dos parasitas desde a era dos dinossauros até a atualidade; a chegada da leishmaniose às grandes cidades, como Manaus e Madri, na Espanha; o impacto global das gastroenterites e rotavírus; infecções associadas à Aids; e dispersão mundial da doença de Chagas.

Cerimônia de abertura contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de centenas de renomados especialistas na área. O evento acontece até o dia 27
Por: 
viniciusferreira

::Saiba mais sobre o Congresso::
::Veja os destaques da programação do XVIII CIMTM::
::Conheça as principais doenças tropicais negligenciadas::

Reunidos em torno das doenças tropicais que afetam cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo, mais de dois mil pesquisadores, profissionais da área da Saúde e estudantes vão participar da 18ª edição do Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malaria, que teve início nesse domingo, 23. A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente do Congresso, José Rodrigues Coura, do presidente do comitê cientifico do evento, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro, do presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique Nery Costa e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O evento, que é promovido pela Federação Internacional de Medicina Tropical (IFMT) e pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e conta com a Fiocruz, através do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), como parceira na organização, acontece até o dia 27, no Hotel Royal Tulip, no Rio de Janeiro. Ao lado da Holanda, o Brasil é o único país a sediar duas edições do evento, uma em 1963 e a outra, agora, 49 anos depois.

A cerimônia

As palavras de boas vindas a todos os conferencistas coube ao o presidente do Congresso e chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC, José Rodrigues Coura, que também é um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Coura fez um breve passeio pela história da SBMT e da Fiocruz e ressaltou a importância do encontro. “A realização deste Congresso contribui para uma intensa troca de conhecimento e experiências. Desde sua primeira edição, em 1913, são debatidos temas que afetam a vida de milhões de pessoas”, disse o especialista, se referindo à doenças como malária, leishmanioses, esquistossomose, dengue, doença de Chagas e doenças bacterianas, virais e fúngicas, que estarão em pauta nas mesas-redondas e conferências.

 

Divulgação ICTMM

São esperadas mais de 2 mil pessoas de 62 países diferentes durante os cinco dias do evento. Estão confirmados 454 conferencistas

 

Coura destacou, ainda, os números do Congresso. “Esta é uma das edições mais densas já realizadas e é um orgulho que esteja acontecendo no Brasil. Temos, por exemplo, 62 países envolvidos, 63 mesas-redondas e conferências, além de 33 workshops, 1600 pôsteres eletrônicos e mais de 450 conferencistas”, enfatizou.

Para o presidente do Comitê Científica do evento e chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, a realização do congresso no Brasil é oportuna. “Embora ainda seja modesta, a produção científica cresce no país mais do que no restante do mundo há três décadas. Somos o 13º em produção científica e a pretensão dos dirigentes das agências de fomento, reconhecendo a relação direta entre investimento e desempenho acadêmico, é que nossa posição se torne compatível com a nossa sexta colocação como potência econômica no mundo”, ressaltou.

Outro ponto levantado pelo especialista em Malária foi o crescente aumento dos números ligados à ciência no nosso país. “Os grupos de pesquisa brasileiros passaram de 4.400 em 1993, para 27.500 em 2010, o número de pesquisadores passou de 21.500 para 129.000 e o de doutores, de 11.000 para 81.700 no mesmo período”, comentou Cláudio, que será o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Federação Mundial de Medicina Tropical, para o período de 2012 a 2016, em cerimônia a ser realizada durante o congresso.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique Nery Costa, será possível fazer uma abordagem decisiva e profunda sobre a saúde e a integração dos trópicos, através de debates com cientistas dedicados ao tema. “A pobreza, o acesso limitado à água limpa, a falta de saneamento e a precária condição de moradia contribuem para a propagação de muitas das doenças que aqui serão tratadas. Nossa expectativa é que este encontro produza resultados científicos e documentos atualizados capazes de ajudar no combate a esses agravos”, disse.

 

Divulgação ICTMM

Da esquerda para a direita: Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, presidente do Comitê Científico do evento, Alexandre Padilha, ministro da Saúde e José Rodrigues Coura, presidente do Congresso

 

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o encontro é importante para o Brasil encontrar papel na liderança na produção de conhecimento, tecnologia e medicamentos. “Todos os envolvidos nesse congresso são fundamentais para ajudar o país a continuar avançando na ciência e na saúde. O combate a essas doenças tem que ser um compromisso de cada um de nós”.

Programação

Serão discutidos os estudos de vacinas candidatas contra malária e a resistência do parasito às drogas contra a doença; a busca de uma vacina contra a Aids; o impacto das mudanças climáticas sobre a transmissão das doenças tropicais; a busca da origem dos parasitas desde a era dos dinossauros até a atualidade; a chegada da leishmaniose às grandes cidades, como Manaus e Madri, na Espanha; o impacto global das gastroenterites e rotavírus; infecções associadas à Aids; e dispersão mundial da doença de Chagas.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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