Quem nunca ouviu expressões como abelhudo, baratinado, sangue de barata e pulga atrás da orelha? Elas fazem parte do nosso dia a dia e são uma pequena amostra de como os insetos povoam o imaginário popular. Estes curiosos seres e suas representações na arte e na cultura são o tema da exposição Insetos na Cultura Brasileira, que acontece, de 15 de janeiro a 14 de março, de terça a domingo, no Jardim do Museu da República (Catete). Realizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a mostra ao ar livre tem como principais atrações instalações e objetos de arte, esculturas de carnaval, borboletário, exposição de insetos, áudios e vídeos. Com entrada gratuita, a exposição ainda oferece programação especial para crianças nos finais de semana, incluindo oficinas com material reciclável, teatro de bonecos e contação de histórias em tapetes.
“A ideia é proporcionar uma experiência estética ao visitante, tendo os insetos como personagens centrais, com seus hábitos e costumes retraduzidos sob a ótica da arte, da cultura e da ciência”, descreve o entomólogo (especialista em insetos) Ricardo Lourenço, pesquisador do IOC e curador da exposição. Um dos destaques é o borboletário, em 72m² com paisagismo próprio, que abriga oito espécies de borboletas. “Além da beleza e do colorido proporcionado pelas centenas de exemplares, o visitante ainda poderá acompanhar de perto a rotina desses animais, desde sua alimentação com néctar das flores até a cópula e a oviposição”, explica o pesquisador.
Insetos gigantes sob forma de esculturas de carnaval e uma instalação da artista plástica Cristina Pape também estão incluídas no percurso ao ar livre da mostra. Em espaços como o da gruta do Jardim da República estarão expostos alguns dos cerca de cinco milhões de exemplares que compõem o acervo da Coleção Entomológica do IOC, uma das maiores coleções de insetos da América Latina. “Num ambiente críptico, tal como aquele onde vivem muitos insetos, a gruta oferecerá ao visitante sons e imagens de insetos e áudios com quase uma centena de trovas e lendas acerca destes animais”, complementa Lourenço.
Daniele Ramalho
A obra do artista plástico paraense Valdeli de Abaetetuba é uma das peças que fará parte da mostra ao ar livre
Já no coreto, o artista plástico Rubens Ianelli expõe obras da série Cidades Perdidas, com objetos constituídos de fragmentos de madeira que sofreram a ação de cupins realçando com pincel e tinta guache pontos que lembram construções reais. Obras de outros artistas, tais como Getúlio Damado e DIM, que utilizaram vários materiais para representarem insetos e produzirem brinquedos inspirados nestes animais também farão parte da mostra.
O Espaço Museu da República, que abriga uma sala de cinema com cerca de 70 lugares, contará com programação especial durante a exposição. Sessões extras, às 11h, exibirão os documentários O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo e Aedes aegypti e Aedes albopictus – Uma Ameaça aos Trópicos, produzidos pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do IOC. Genilton Viera, diretor dos documentários e chefe do setor fará palestra sobre os vídeos após a exibição. A primeira sessão da tarde no espaço também será dedicada a filmes e vídeos que tenham como tema central os insetos, contando com a participação de pesquisadores para promover debate após as exibições.
A mostra é resultado de um trabalho desenvolvido por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que investigou de que forma as diferentes culturas veem, percebem, inspiram-se e representam os insetos e como eles estão presentes em nosso cotidiano. Além do Museu da República, a organização da iniciativa conta com a parceria do Departamento Cultural da UERJ e do Centro de Referência do Carnaval.
O Museu da República fica na Rua do Catete, 153, e a exposição fica aberta ao público de terça a domingo, de 9h às 17h. A entrada é gratuita.
Renata Fontoura
08/01/10
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Quem nunca ouviu expressões como abelhudo, baratinado, sangue de barata e pulga atrás da orelha? Elas fazem parte do nosso dia a dia e são uma pequena amostra de como os insetos povoam o imaginário popular. Estes curiosos seres e suas representações na arte e na cultura são o tema da exposição Insetos na Cultura Brasileira, que acontece, de 15 de janeiro a 14 de março, de terça a domingo, no Jardim do Museu da República (Catete). Realizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a mostra ao ar livre tem como principais atrações instalações e objetos de arte, esculturas de carnaval, borboletário, exposição de insetos, áudios e vídeos. Com entrada gratuita, a exposição ainda oferece programação especial para crianças nos finais de semana, incluindo oficinas com material reciclável, teatro de bonecos e contação de histórias em tapetes.
“A ideia é proporcionar uma experiência estética ao visitante, tendo os insetos como personagens centrais, com seus hábitos e costumes retraduzidos sob a ótica da arte, da cultura e da ciência”, descreve o entomólogo (especialista em insetos) Ricardo Lourenço, pesquisador do IOC e curador da exposição. Um dos destaques é o borboletário, em 72m² com paisagismo próprio, que abriga oito espécies de borboletas. “Além da beleza e do colorido proporcionado pelas centenas de exemplares, o visitante ainda poderá acompanhar de perto a rotina desses animais, desde sua alimentação com néctar das flores até a cópula e a oviposição”, explica o pesquisador.
Insetos gigantes sob forma de esculturas de carnaval e uma instalação da artista plástica Cristina Pape também estão incluídas no percurso ao ar livre da mostra. Em espaços como o da gruta do Jardim da República estarão expostos alguns dos cerca de cinco milhões de exemplares que compõem o acervo da Coleção Entomológica do IOC, uma das maiores coleções de insetos da América Latina. “Num ambiente críptico, tal como aquele onde vivem muitos insetos, a gruta oferecerá ao visitante sons e imagens de insetos e áudios com quase uma centena de trovas e lendas acerca destes animais”, complementa Lourenço.
Daniele Ramalho
A obra do artista plástico paraense Valdeli de Abaetetuba é uma das peças que fará parte da mostra ao ar livre
Já no coreto, o artista plástico Rubens Ianelli expõe obras da série Cidades Perdidas, com objetos constituídos de fragmentos de madeira que sofreram a ação de cupins realçando com pincel e tinta guache pontos que lembram construções reais. Obras de outros artistas, tais como Getúlio Damado e DIM, que utilizaram vários materiais para representarem insetos e produzirem brinquedos inspirados nestes animais também farão parte da mostra.
O Espaço Museu da República, que abriga uma sala de cinema com cerca de 70 lugares, contará com programação especial durante a exposição. Sessões extras, às 11h, exibirão os documentários O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo e Aedes aegypti e Aedes albopictus – Uma Ameaça aos Trópicos, produzidos pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do IOC. Genilton Viera, diretor dos documentários e chefe do setor fará palestra sobre os vídeos após a exibição. A primeira sessão da tarde no espaço também será dedicada a filmes e vídeos que tenham como tema central os insetos, contando com a participação de pesquisadores para promover debate após as exibições.
A mostra é resultado de um trabalho desenvolvido por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que investigou de que forma as diferentes culturas veem, percebem, inspiram-se e representam os insetos e como eles estão presentes em nosso cotidiano. Além do Museu da República, a organização da iniciativa conta com a parceria do Departamento Cultural da UERJ e do Centro de Referência do Carnaval.
O Museu da República fica na Rua do Catete, 153, e a exposição fica aberta ao público de terça a domingo, de 9h às 17h. A entrada é gratuita.
Renata Fontoura
08/01/10
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)