O painel Desenvolvimento da pesquisa em ensino em doenças infecciosas – contribuição dos alunos egressos da pós-graduação em Medicina Tropical do IOC marcou o início das atividades do último dia do Seminário Comemorativo dos 30 Anos da Pós-graduação em Medicina Tropical, nesta sexta-feira (10/12). O painel foi coordenado pela vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Helene Barbosa, que destacou a diversidade dos alunos que já passaram pelo programa. “Todas as regiões do Brasil são contempladas pelos egressos do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, de maneira que ele de fato ultrapassa os limites dos muros da Fiocruz, avançando de maneira positiva em todas as regiões do país”, salientou.
Visão holística
Doenças tropicais, doenças negligenciadas, doenças da pobreza – quais são as competências profissionais essenciais confrontá-las? foi o tema abordado pelo pesquisador da Universidade de São Francisco de Quito (Equador) e ex-aluno da pós-graduação em Medicina Tropical do IOC, Maurício Espinel. Orientado pelos pesquisadores Ronald H. Guderian e José Rodrigues Coura, o pesquisador defendeu sua tese de mestrado Estudo da Oncocercose em comunidades do Rio Cayapas, Província de Esmeraldas, Equador, em 1993.
Gutemberg Brito
Espinel defendeu a necessidade da formação de profissionais com visão ampla sobre o significado de saúde e vida
Para o pesquisador, há 30 anos o programa já havia adotado os critérios que atualmente a comunidade científica internacional determina para pautar o profissional da área. “Os profissionais que atuam em Medicina Tropical precisam ter uma perspectiva holística e uma visão de conjunto. Nesses trinta anos, o IOC contribuiu para que os formandos pelo programa de pós-graduação em Medicina Tropical pudessem sair da Academia com uma bagagem de valores relacionados não somente à idéia de eliminar a enfermidade, mas, além de tudo, com um conceito sobre melhorar a qualidade de vida”, destacou. “O IOC não forma somente especialistas em proteínas ou enzimas, mas profissionais que adquirem uma visão ampla sobre o que significa a vida e a saúde”, completou.
Integração Latinoamericana
Destacando o momento de integração dos países da América Latina no âmbito da ciência e da construção do conhecimento, Maurício Espinel propôs a criação de uma Rede Latinoamericana de Pesquisa em Medicina Tropical.
“Construir uma rede de pesquisa em Medicina Tropical na América Latina, por meio de uma iniciativa de comunicação em rede, é um importante caminho para a área. Uma rede não apenas para a investigação ´científica em Medicina Tropical, mas também para a integração entre os países da América Latina”, concluiu.
Cristiane Albuquerque
13/12/2010
O painel Desenvolvimento da pesquisa em ensino em doenças infecciosas – contribuição dos alunos egressos da pós-graduação em Medicina Tropical do IOC marcou o início das atividades do último dia do Seminário Comemorativo dos 30 Anos da Pós-graduação em Medicina Tropical, nesta sexta-feira (10/12). O painel foi coordenado pela vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Helene Barbosa, que destacou a diversidade dos alunos que já passaram pelo programa. “Todas as regiões do Brasil são contempladas pelos egressos do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, de maneira que ele de fato ultrapassa os limites dos muros da Fiocruz, avançando de maneira positiva em todas as regiões do país”, salientou.
Visão holística
Doenças tropicais, doenças negligenciadas, doenças da pobreza – quais são as competências profissionais essenciais confrontá-las? foi o tema abordado pelo pesquisador da Universidade de São Francisco de Quito (Equador) e ex-aluno da pós-graduação em Medicina Tropical do IOC, Maurício Espinel. Orientado pelos pesquisadores Ronald H. Guderian e José Rodrigues Coura, o pesquisador defendeu sua tese de mestrado Estudo da Oncocercose em comunidades do Rio Cayapas, Província de Esmeraldas, Equador, em 1993.
Gutemberg Brito
Espinel defendeu a necessidade da formação de profissionais com visão ampla sobre o significado de saúde e vida
Para o pesquisador, há 30 anos o programa já havia adotado os critérios que atualmente a comunidade científica internacional determina para pautar o profissional da área. “Os profissionais que atuam em Medicina Tropical precisam ter uma perspectiva holística e uma visão de conjunto. Nesses trinta anos, o IOC contribuiu para que os formandos pelo programa de pós-graduação em Medicina Tropical pudessem sair da Academia com uma bagagem de valores relacionados não somente à idéia de eliminar a enfermidade, mas, além de tudo, com um conceito sobre melhorar a qualidade de vida”, destacou. “O IOC não forma somente especialistas em proteínas ou enzimas, mas profissionais que adquirem uma visão ampla sobre o que significa a vida e a saúde”, completou.
Integração Latinoamericana
Destacando o momento de integração dos países da América Latina no âmbito da ciência e da construção do conhecimento, Maurício Espinel propôs a criação de uma Rede Latinoamericana de Pesquisa em Medicina Tropical.
“Construir uma rede de pesquisa em Medicina Tropical na América Latina, por meio de uma iniciativa de comunicação em rede, é um importante caminho para a área. Uma rede não apenas para a investigação ´científica em Medicina Tropical, mas também para a integração entre os países da América Latina”, concluiu.
Cristiane Albuquerque
13/12/2010
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)