Publicada desde 1909, a revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, mais antigo periódico científico da América Latina, chega ao 101º volume com o maior fator de impacto desde 1994: 0.847 pontos. O índice da revista, que é editada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), foi divulgado pelo Journal of Citation Reports (JCR). Desde 1972 o JCR informa anualmente os fatores de impacto dos periódicos científicos indexados pelo Institute for Scientific Information (ISI).
O fator de impacto é uma ferramenta útil para a avaliação da relevância de um periódico sobre a comunidade científica e é calculado pela divisão do número de citações registradas nos últimos dois anos pelo número de artigos publicados no período. Assim, é possível mensurar as consultas realizadas e avaliar o impacto da publicação sobre a produção científica. O crescimento anual registrado pelas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz – que possui o terceiro maior índice entre periódicos científicos brasileiros – aponta para a melhoria da qualidade da publicação e torna-se ainda mais significativo por ser exponencial. Nos dois últimos anos, sua taxa de crescimento passou de 0.05 para 0.1, como resultado de medidas implementadas desde 2002 pelo conselho editorial do periódico.
“O fator de impacto das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz cresce gradativamente desde 1994, quando começamos a monitorá-lo, e isso significa melhoria da qualidade da revista, que passa a ser consultada por um número cada vez maior de pesquisadores. Enquanto em 2002 obtivemos 619 consultas, em 2005 registramos um total de 16 mil”, avalia o pesquisador José Rodrigues Coura, editor científico da revista e chefe do Departamento de Medicina Tropical do IOC.
“Isso foi possível a partir de mudanças na política do conselho editorial. Uma estratégia adotada há quatro anos foi a publicação de pelo menos um artigo de revisão a cada número da revista. Por compilarem muitas informações, estes trabalhos servem como fonte para a produção de artigos originais, o que gera consultas ao periódico”, conclui Luciane Willcox, editora administrativa das Memórias.
Outro procedimento adotado em 2002 foi a formação de um grupo de editores associados, composto pelos pesquisadores Claude Pirmez, Octávio Fernandes, Pedro Cabello e Ricardo Lourenço, todos do IOC, que realiza uma triagem dos artigos submetidos à revista antes da seleção do conselheiro científico. Esse crivo resultou no aumento do nível de exigência da publicação e contribuiu para seu aprimoramento.
Coura ressalta, porém, que o número de citações registrado por um periódico não é determinado somente pela relevância de seus artigos. “Um periódico com mais de dez mil sócios, como são os internacionais, terá um alto fator de impacto pois será lido e conseqüentemente citado por um grande número de pesquisadores. Publicações mais abrangentes ou multidisciplinares, por sua vez, como as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, com edições a cada 45 dias e tiragem de mil exemplares, são consultadas por uma variedade maior de pesquisadores e têm portanto impacto mais oscilante”, o pesquisador considera.
O texto integral dos artigos publicados e informações sobre assinatura estão disponíveis em http://memorias.ioc.fiocruz.br/
*Reportagem: Bel Levy
Publicada desde 1909, a revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, mais antigo periódico científico da América Latina, chega ao 101º volume com o maior fator de impacto desde 1994: 0.847 pontos. O índice da revista, que é editada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), foi divulgado pelo Journal of Citation Reports (JCR). Desde 1972 o JCR informa anualmente os fatores de impacto dos periódicos científicos indexados pelo Institute for Scientific Information (ISI).
O fator de impacto é uma ferramenta útil para a avaliação da relevância de um periódico sobre a comunidade científica e é calculado pela divisão do número de citações registradas nos últimos dois anos pelo número de artigos publicados no período. Assim, é possível mensurar as consultas realizadas e avaliar o impacto da publicação sobre a produção científica. O crescimento anual registrado pelas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz – que possui o terceiro maior índice entre periódicos científicos brasileiros – aponta para a melhoria da qualidade da publicação e torna-se ainda mais significativo por ser exponencial. Nos dois últimos anos, sua taxa de crescimento passou de 0.05 para 0.1, como resultado de medidas implementadas desde 2002 pelo conselho editorial do periódico.
“O fator de impacto das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz cresce gradativamente desde 1994, quando começamos a monitorá-lo, e isso significa melhoria da qualidade da revista, que passa a ser consultada por um número cada vez maior de pesquisadores. Enquanto em 2002 obtivemos 619 consultas, em 2005 registramos um total de 16 mil”, avalia o pesquisador José Rodrigues Coura, editor científico da revista e chefe do Departamento de Medicina Tropical do IOC.
“Isso foi possível a partir de mudanças na política do conselho editorial. Uma estratégia adotada há quatro anos foi a publicação de pelo menos um artigo de revisão a cada número da revista. Por compilarem muitas informações, estes trabalhos servem como fonte para a produção de artigos originais, o que gera consultas ao periódico”, conclui Luciane Willcox, editora administrativa das Memórias.
Outro procedimento adotado em 2002 foi a formação de um grupo de editores associados, composto pelos pesquisadores Claude Pirmez, Octávio Fernandes, Pedro Cabello e Ricardo Lourenço, todos do IOC, que realiza uma triagem dos artigos submetidos à revista antes da seleção do conselheiro científico. Esse crivo resultou no aumento do nível de exigência da publicação e contribuiu para seu aprimoramento.
Coura ressalta, porém, que o número de citações registrado por um periódico não é determinado somente pela relevância de seus artigos. “Um periódico com mais de dez mil sócios, como são os internacionais, terá um alto fator de impacto pois será lido e conseqüentemente citado por um grande número de pesquisadores. Publicações mais abrangentes ou multidisciplinares, por sua vez, como as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, com edições a cada 45 dias e tiragem de mil exemplares, são consultadas por uma variedade maior de pesquisadores e têm portanto impacto mais oscilante”, o pesquisador considera.
O texto integral dos artigos publicados e informações sobre assinatura estão disponíveis em http://memorias.ioc.fiocruz.br/
*Reportagem: Bel Levy
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)