A tese de doutorado do farmacêutico Jorlan Fernandes, defendida na Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi vencedora do Prêmio Capes de Tese 2019, na categoria Medicina II. O trabalho traçou um novo panorama das arenaviroses no Brasil. Causadores de quadros de febre hemorrágica com alta letalidade, os arenavírus são transmitidos por roedores silvestres. O estudo identificou três novas espécies de vírus dessa família e apontou a circulação dos microrganismos em roedores de cinco estados onde nunca tinham sido identificados, com evidências de infecção humana em quatro. Intitulada ‘Arenavírus no Brasil: eco-epidemiologia e os aspectos de sua ocorrência no processo de expansão da agricultura familiar’, a pesquisa foi orientada pela pesquisadora Elba Lemos, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC.
O estudo desenvolvido por Jorlan Fernandes identificou três novas espécies de arenavírus, microrganismos transmitidos por roedores silvestres (Foto: Peter Ilicciev/CCS/Fiocruz)A premiação contemplou, ainda, o trabalho da bióloga Fernanda de Bruycker Nogueira, da Pós-graduação em Biologia Parasitária, com a menção honrosa na categoria Ciências Biológicas III. O estudo apresentou um panorama do vírus dengue tipo 1 no Brasil, reunindo análises filogenéticas, filogeográficas e de caracterização molecular. O trabalho intitulado ‘História evolutiva, caracterização e vigilância molecular das diferentes linhagens do vírus dengue tipo 1 no Brasil’ foi orientado pela pesquisadora Flavia Barreto dos Santos, do Laboratório de Imunologia Viral do IOC. Confira a lista completa dos premiados.
O trabalho da bióloga Fernanda de Bruycker Nogueira (ao centro, com certificado) fez um panorama do vírus dengue tipo 1 no Brasil (Foto: Peter Ilicciev/CCS/Fiocruz)O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, ressaltou a importância da pesquisa científica para enfrentar os problemas de saúde pública do Brasil. “Em um momento de cortes de verbas para a ciência e a educação, com perda de bolsas principalmente nos programas de pós-graduação com notas 3 e 4, é fundamental destacar o impacto da pesquisa científica e a relevância da formação de recursos humanos no país”, afirmou.
Os trabalhos foram homenageados em cerimônia realizada no dia 15 de outubro, em atividade integrada à Semana da Educação na Fiocruz, promovida entre os dias 15 e 17/10. Conheça os estudos do IOC contemplados:
Alerta para a vigilância de vírus transmitidos por roedores silvestres
A tese de doutorado do farmacêutico Jorlan Fernandes, defendida na Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi vencedora do Prêmio Capes de Tese 2019, na categoria Medicina II. O trabalho traçou um novo panorama das arenaviroses no Brasil. Causadores de quadros de febre hemorrágica com alta letalidade, os arenavírus são transmitidos por roedores silvestres. O estudo identificou três novas espécies de vírus dessa família e apontou a circulação dos microrganismos em roedores de cinco estados onde nunca tinham sido identificados, com evidências de infecção humana em quatro. Intitulada ‘Arenavírus no Brasil: eco-epidemiologia e os aspectos de sua ocorrência no processo de expansão da agricultura familiar’, a pesquisa foi orientada pela pesquisadora Elba Lemos, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC.
O estudo desenvolvido por Jorlan Fernandes identificou três novas espécies de arenavírus, microrganismos transmitidos por roedores silvestres (Foto: Peter Ilicciev/CCS/Fiocruz)A premiação contemplou, ainda, o trabalho da bióloga Fernanda de Bruycker Nogueira, da Pós-graduação em Biologia Parasitária, com a menção honrosa na categoria Ciências Biológicas III. O estudo apresentou um panorama do vírus dengue tipo 1 no Brasil, reunindo análises filogenéticas, filogeográficas e de caracterização molecular. O trabalho intitulado ‘História evolutiva, caracterização e vigilância molecular das diferentes linhagens do vírus dengue tipo 1 no Brasil’ foi orientado pela pesquisadora Flavia Barreto dos Santos, do Laboratório de Imunologia Viral do IOC. Confira a lista completa dos premiados.
O trabalho da bióloga Fernanda de Bruycker Nogueira (ao centro, com certificado) fez um panorama do vírus dengue tipo 1 no Brasil (Foto: Peter Ilicciev/CCS/Fiocruz)O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, ressaltou a importância da pesquisa científica para enfrentar os problemas de saúde pública do Brasil. “Em um momento de cortes de verbas para a ciência e a educação, com perda de bolsas principalmente nos programas de pós-graduação com notas 3 e 4, é fundamental destacar o impacto da pesquisa científica e a relevância da formação de recursos humanos no país”, afirmou.
Os trabalhos foram homenageados em cerimônia realizada no dia 15 de outubro, em atividade integrada à Semana da Educação na Fiocruz, promovida entre os dias 15 e 17/10. Conheça os estudos do IOC contemplados:
Alerta para a vigilância de vírus transmitidos por roedores silvestres
Estudo identifica novas espécies de arenavírus e aponta circulação de microrganismos em cinco estados onde nunca tinham sido identificados
Ampliação no conhecimento do vírus da dengue
Pesquisa analisa dispersão e características genéticas do sorotipo 1 do vírus dengue no Brasil e nas Américas
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)