Aos 116 anos de existência, a revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz é referência nas áreas de Doenças Parasitárias e Medicina Tropical. Com um acervo gratuito de mais de quatro mil artigos, a publicação acaba de ganhar nova editoria. Quem assume o cargo é a pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do IOC, Claude Pirmez, que dividirá o comando com os pesquisadores Adeilton Alves Brandão e Hooman Momen, que foi coordenador de publicações científicas da Organização Mundial da Saúde (WHO Press, na sigla em inglês).
Após oito anos como editor, o pesquisador Ricardo Lourenço deixa o cargo com um legado de modernização e internacionalização da revista. Foi em sua gestão que a Memórias do Instituto Oswaldo Cruz ganhou um novo site, inspirado nos portais das revistas científicas mais importantes do mundo. “O site se tornou muito mais moderno e dinâmico, similar às ferramentas dos periódicos internacionais”, explica Lourenço.
Ricardo Lourenço e nova editoria atuam em sintonia para manter a qualidade da publicação. Foto: Gutemberg BritoTambém durante este período, o fator de impacto da revista aumentou de 0,847 para 2,147, em 2011, ano em que as Memórias também foi o periódico brasileiro mais bem colocado no ranking do Scimago Journal ranking (SJR). O índice – que utiliza a base de dados Scopus, da editora Elsevier – leva em consideração um período de três anos e estabelece valores diferentes para as citações de acordo com a influência científica do periódico em que foi publicada. Com efeito, as Memórias foi o primeiro periódico brasileiro a conquistar fator de impacto acima de 2, atingido em 2009 por três anos consecutivos. “Alcançar novamente o fator de impacto 2 é muito importante porque a maioria das revistas que publicam na área de Doenças Tropicais não atinge esse patamar”, ressalta Claude.
Outra conquista importante no período foi a introdução do processo de submissão on-line de artigos, em 2007, e a atribuição do DOI aos artigos publicados, um identificador universal que confere maior credibilidade ao seu conteúdo dos trabalhos. Recentemente, a revista passou a fazer parte do Pubmed Center, onde todos os artigos da revista passaram a estar disponíveis gratuitamente, além do Scielo e do seu próprio site. Em 2009, o acervo completo da revista, desde seu lançamento em 1909, passou a ser disponível on-line o que facilita o acesso ao valioso conteúdo da publicação, já que não há mais a necessidade de localizar uma cópia impressa.
“Moderna, totalmente aberta a mudanças e de livre acesso, a revista está em um contexto importante para os países em desenvolvimento, onde a Parasitologia e a Medicina Tropical são temas focais”, ressalta Lourenço. Este aspecto reforça ainda mais a importância de se disponibilizar todo o conteúdo de forma gratuita, ao mesmo tempo em que existe gratuidade para o autor, ao contrário de diversas revistas científicas relevantes, que cobram pela oportunidade de publicação.
Para Ricardo, mais um ponto positivo da sua gestão foi o trabalho em equipe da editoria. “Todas as decisões editoriais, desde a escolha da capa da revista e de opiniões sobre como seria o site, sempre foram tomadas em conjunto, em colegiado”, ressalta. Já a publicação em sistema ahead of print foi uma conquista destacada pela nova e também pela antiga editoria da revista. “O Ricardo conseguiu implementar o ahead of print, sistema que faz com que o artigo fique disponível on-line no PubMed antes da publicação impressa, o que agiliza o processo de divulgação. Isso é importante para o autor que busca rapidez”, completa Claude.
Ao assumir a revista, a nova editora aponta que seu maior desafio será manter a qualidade da publicação. “Precisamos minimamente manter o fator de impacto, além de atrair mais trabalhos de qualidade, que possam valorizar ainda mais a revista”, diz. Claude quer ainda melhorar a interação com os leitores. “Vídeos podem ser uma ferramenta interessante para dinamizar a forma de publicação e o acesso à informação”, exemplifica.
Outra mudança pensada pela nova editoria é a adaptação do site aos diferentes suportes de mídia. “Não é possível acessar o conteúdo pelo celular tão facilmente hoje em dia, por exemplo”, lembra Brandão, destacando que este aperfeiçoamento está nos planos.
Para saber mais sobre a revista, clique aqui.
*Reportagem: Fernanda Turino
Aos 116 anos de existência, a revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz é referência nas áreas de Doenças Parasitárias e Medicina Tropical. Com um acervo gratuito de mais de quatro mil artigos, a publicação acaba de ganhar nova editoria. Quem assume o cargo é a pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do IOC, Claude Pirmez, que dividirá o comando com os pesquisadores Adeilton Alves Brandão e Hooman Momen, que foi coordenador de publicações científicas da Organização Mundial da Saúde (WHO Press, na sigla em inglês).
Após oito anos como editor, o pesquisador Ricardo Lourenço deixa o cargo com um legado de modernização e internacionalização da revista. Foi em sua gestão que a Memórias do Instituto Oswaldo Cruz ganhou um novo site, inspirado nos portais das revistas científicas mais importantes do mundo. “O site se tornou muito mais moderno e dinâmico, similar às ferramentas dos periódicos internacionais”, explica Lourenço.
Ricardo Lourenço e nova editoria atuam em sintonia para manter a qualidade da publicação. Foto: Gutemberg BritoTambém durante este período, o fator de impacto da revista aumentou de 0,847 para 2,147, em 2011, ano em que as Memórias também foi o periódico brasileiro mais bem colocado no ranking do Scimago Journal ranking (SJR). O índice – que utiliza a base de dados Scopus, da editora Elsevier – leva em consideração um período de três anos e estabelece valores diferentes para as citações de acordo com a influência científica do periódico em que foi publicada. Com efeito, as Memórias foi o primeiro periódico brasileiro a conquistar fator de impacto acima de 2, atingido em 2009 por três anos consecutivos. “Alcançar novamente o fator de impacto 2 é muito importante porque a maioria das revistas que publicam na área de Doenças Tropicais não atinge esse patamar”, ressalta Claude.
Outra conquista importante no período foi a introdução do processo de submissão on-line de artigos, em 2007, e a atribuição do DOI aos artigos publicados, um identificador universal que confere maior credibilidade ao seu conteúdo dos trabalhos. Recentemente, a revista passou a fazer parte do Pubmed Center, onde todos os artigos da revista passaram a estar disponíveis gratuitamente, além do Scielo e do seu próprio site. Em 2009, o acervo completo da revista, desde seu lançamento em 1909, passou a ser disponível on-line o que facilita o acesso ao valioso conteúdo da publicação, já que não há mais a necessidade de localizar uma cópia impressa.
“Moderna, totalmente aberta a mudanças e de livre acesso, a revista está em um contexto importante para os países em desenvolvimento, onde a Parasitologia e a Medicina Tropical são temas focais”, ressalta Lourenço. Este aspecto reforça ainda mais a importância de se disponibilizar todo o conteúdo de forma gratuita, ao mesmo tempo em que existe gratuidade para o autor, ao contrário de diversas revistas científicas relevantes, que cobram pela oportunidade de publicação.
Para Ricardo, mais um ponto positivo da sua gestão foi o trabalho em equipe da editoria. “Todas as decisões editoriais, desde a escolha da capa da revista e de opiniões sobre como seria o site, sempre foram tomadas em conjunto, em colegiado”, ressalta. Já a publicação em sistema ahead of print foi uma conquista destacada pela nova e também pela antiga editoria da revista. “O Ricardo conseguiu implementar o ahead of print, sistema que faz com que o artigo fique disponível on-line no PubMed antes da publicação impressa, o que agiliza o processo de divulgação. Isso é importante para o autor que busca rapidez”, completa Claude.
Ao assumir a revista, a nova editora aponta que seu maior desafio será manter a qualidade da publicação. “Precisamos minimamente manter o fator de impacto, além de atrair mais trabalhos de qualidade, que possam valorizar ainda mais a revista”, diz. Claude quer ainda melhorar a interação com os leitores. “Vídeos podem ser uma ferramenta interessante para dinamizar a forma de publicação e o acesso à informação”, exemplifica.
Outra mudança pensada pela nova editoria é a adaptação do site aos diferentes suportes de mídia. “Não é possível acessar o conteúdo pelo celular tão facilmente hoje em dia, por exemplo”, lembra Brandão, destacando que este aperfeiçoamento está nos planos.
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*Reportagem: Fernanda Turino
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)