Fiocruz e IOC integram esforço global da OMS para eliminação da doença de Chagas
Em 2009 completaremos 100 anos do inédito feito de Carlos Chagas no Instituto Oswaldo Cruz (IOC): a descoberta da doença de Chagas, seu agente causal, seu transmissor, seus reservatórios e suas características clínicas e patológicas. Desde já, comemoram-se os recentes sucessos no controle da transmissão vetorial e transfusional, indicativos do acerto de decisões políticas tomadas após pressão da comunidade científica envolvida com o problema, e permanente propositora de soluções técnicas comprovadamente eficazes.
Os desafios de sustentabilidade dos avanços obtidos nas Américas, os riscos locais e nos países não endêmicos, para onde migram portadores da infecção levando à globalização da doença de Chagas, e as diferentes estratégias necessárias ao enfrentamento desses novos cenários são hoje o foco da reunião histórica realizada na Organização Mundial da Saúde (OMS): Revisiting Chagas disease: From a Latin American Health perspective to a Global Health perspective. Pela primeira vez uma reunião sobre doença de Chagas ocupa o salão central da OMS em Genebra por três dias, com 135 convidados dentre especialistas e responsáveis ministeriais por programas de controle, para pautar a meta de sua eliminação na agenda mundial, como responsabilidade global. Representando a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na dupla responsabilidade de direção do IOC e de coordenação do Programa Integrado de Doença de Chagas (PIDC-Fiocruz), estou participando do evento, em companhia de Dr. Coura e Dr. Pedro Albajar (especialistas do Lab de Doenças Parasitárias do IOC), e do Dr. João Carlos Pinto Dias, do Instituto René Rachou.
O principal objetivo da OMS com o evento é criar uma Rede Global para a Eliminação da Doença de Chagas, coordenando em todo o mundo esforços e ações para seu tratamento e controle. Mais
Tania C. de Araújo-Jorge |