Pesquisadores do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificaram uma nova espécie de bicho-pau em Petrópolis, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro.
Batizado de Cladomorphus petropolisensis, o inseto carrega em seu nome uma homenagem à cidade onde foi coletado. O achado foi publicado na edição comemorativa de 10 anos da revista científica Animals. A última espécie do gênero Cladomorphus na região foi descrita em 1835 pelo cientista George Robert Gray.
“Estamos extremamente felizes em contribuir para o aumento do conhecimento da biodiversidade brasileira com a descoberta de uma espécie que pertence a um grupo ainda pouco estudado. Os bichos-pau possuem características bem interessantes como camuflagem e reprodução assexuada”, compartilhou Jane Costa, primeira autora do artigo e chefe substituta do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do IOC.
A partir de análises morfológicas foi possível verificar que as características físicas C. petropolisensis se diferenciavam significativamente no comprimento e na disposição de espinhos quando comparadas ao de outra espécie semelhante da mesma região, a Cladomorphus phyllinus.
“Apesar de terem grande semelhança física, a diferença de tamanho entre elas é o que mais chama atenção. A nova espécie é quase 5 centímetros menor. Além disso, possui maior número de espinhos protuberantes em parte do tórax e nas patas traseiras”, descreveu Jane.
Outra característica que distingue as duas espécies são os ovos depositados pelas fêmeas: enquanto os da C. phyllinus possuem uma coloração marrom mais uniforme, os da C. petropolisensis apresentam padrão de cor irregular entre tons de marrom e bege.
As evidências levantadas a partir das avaliações morfológicas foram comprovadas por meio de sequenciamentos genéticos, confirmando que o exemplar pertencia a uma espécie até então sem registro na literatura científica.
“Esse tipo de análise traz uma precisão muito importante. Somando as investigações morfológicas e moleculares, conseguimos delimitar com mais certeza as características de cada espécie”, explicou a bióloga.
Participaram da descoberta Jacenir Mallet, do Laboratório Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Diptera e Hemiptera do IOC, e Daniela Maeda Takiya, do Laboratório de Entomologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O exemplar utilizado na descrição da C. petropolisensis foi encontrado na Mata Atlântica de Petrópolis em maio desse ano. Atualmente, está preservado e depositado na Coleção Entomológica do IOC (CEIOC/Fiocruz), que abriga mais de 5 milhões de insetos e é considerada um dos acervos mais valiosos da América Latina.
Recentemente, o Laboratório produziu o livro infanto-juvenil “Eu, o bicho-pau”, que incentiva o estudo da biodiversidade e o respeito pelas mais diversas criaturas da natureza através da história de uma criança que encontra um misterioso inseto com formato de graveto, o bicho-pau.
A obra tem como objetivo estimular a prática da leitura em crianças, além de incentivar a interação com a natureza. Foto: ReproduçãoPesquisadores do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificaram uma nova espécie de bicho-pau em Petrópolis, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro.
Batizado de Cladomorphus petropolisensis, o inseto carrega em seu nome uma homenagem à cidade onde foi coletado. O achado foi publicado na edição comemorativa de 10 anos da revista científica Animals. A última espécie do gênero Cladomorphus na região foi descrita em 1835 pelo cientista George Robert Gray.
“Estamos extremamente felizes em contribuir para o aumento do conhecimento da biodiversidade brasileira com a descoberta de uma espécie que pertence a um grupo ainda pouco estudado. Os bichos-pau possuem características bem interessantes como camuflagem e reprodução assexuada”, compartilhou Jane Costa, primeira autora do artigo e chefe substituta do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do IOC.
A partir de análises morfológicas foi possível verificar que as características físicas C. petropolisensis se diferenciavam significativamente no comprimento e na disposição de espinhos quando comparadas ao de outra espécie semelhante da mesma região, a Cladomorphus phyllinus.
“Apesar de terem grande semelhança física, a diferença de tamanho entre elas é o que mais chama atenção. A nova espécie é quase 5 centímetros menor. Além disso, possui maior número de espinhos protuberantes em parte do tórax e nas patas traseiras”, descreveu Jane.
Outra característica que distingue as duas espécies são os ovos depositados pelas fêmeas: enquanto os da C. phyllinus possuem uma coloração marrom mais uniforme, os da C. petropolisensis apresentam padrão de cor irregular entre tons de marrom e bege.
As evidências levantadas a partir das avaliações morfológicas foram comprovadas por meio de sequenciamentos genéticos, confirmando que o exemplar pertencia a uma espécie até então sem registro na literatura científica.
“Esse tipo de análise traz uma precisão muito importante. Somando as investigações morfológicas e moleculares, conseguimos delimitar com mais certeza as características de cada espécie”, explicou a bióloga.
Participaram da descoberta Jacenir Mallet, do Laboratório Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Diptera e Hemiptera do IOC, e Daniela Maeda Takiya, do Laboratório de Entomologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O exemplar utilizado na descrição da C. petropolisensis foi encontrado na Mata Atlântica de Petrópolis em maio desse ano. Atualmente, está preservado e depositado na Coleção Entomológica do IOC (CEIOC/Fiocruz), que abriga mais de 5 milhões de insetos e é considerada um dos acervos mais valiosos da América Latina.
Recentemente, o Laboratório produziu o livro infanto-juvenil “Eu, o bicho-pau”, que incentiva o estudo da biodiversidade e o respeito pelas mais diversas criaturas da natureza através da história de uma criança que encontra um misterioso inseto com formato de graveto, o bicho-pau.
A obra tem como objetivo estimular a prática da leitura em crianças, além de incentivar a interação com a natureza. Foto: ReproduçãoPermitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)