Teses e dissertações brasileiras estarão acessíveis na Internet O Ibict enviará nos próximos dias uma carta-convite às Universidades que ainda não participam do projeto propondo sua integração e oferecendo os programas necessários, bem como o treinamento, em workshops, das equipes incumbidas de implantar o sistema. Aspectos técnicos A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) foi concebida no contexto da Biblioteca Digital Brasileira e utiliza o mesmo modelo adotado pela NDLTD - o dos Open Archives. O Ibict é o nó brasileiro da NDLTD, conforme acordo assinado no final do ano passado. Dessa forma, as teses brasileiras publicadas na BDTD serão também disseminadas via a NDLTD. A BDTD é financiada com recursos da Finep. As instituições são livres para adotar a tecnologia que melhor lhes convier, desde que adotem os padrões estabelecidos em conformidade com a iniciativa dos Open Archives. Esse enfoque, além de dar liberdade às instituições que vierem a criar as suas bibliotecas digitais de teses e dissertações, preserva a sua identidade, dado que o sistema mantém as características da origem da informação. O Ibict desenvolveu a BDTD com a cooperação técnica de três Universidades: a USP, a PUC-Rio e a UFSC. Na forma de projeto piloto, o Ibict já implantou o pacote de publicação eletrônica de teses, juntamente com os mecanismos de harvesting, em quatro outras Universidades: Universidade de Brasília, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal Fluminense e Universidade Católica de Brasília. A BDTD conta hoje com cerca de 142 mil registros de teses e dissertações; dessas, cerca de três mil têm, além das informações referenciais (metadados), os conteúdos integrais das teses e dissertações. Além disso, o Ibicts já repassou o protocolo OAI-PMH, que permite realizar o harvesting dos metadados, à Unicamp, que deverá utilizar o pacote Nou-Rau. Com a implementação do protocolo, todo o grupo de Universidades estaduais de SP (Cruesp) será também integrado à BDTD, o que demonstra a total liberdade de as instituições adotarem soluções específicas, de acordo com as suas necessidades e poderem integrar-se à BDTD. O enfoque que o Ibict vem adotando é o de obter alto nível de interoperabilidade com base na adoção de padrões e protocolos. O MTD-BR é um padrão brasileiro de metadados para teses e dissertações que, aliado à adoção do protocolo OAI-PMH, viabiliza a interoperabilidade entre os vários sistemas. Via Unesco, as tecnologias desenvolvidas no Ibict deverão ser repassadas para três Universidades da América Latina. Outra iniciativa de biblioteca digital de teses e dissertações, a da Universidade do Chile, utiliza a tecnologia desenvolvida pelo projeto Cyberthesis, da Université Lumière-Lyon-2 da França. Verificou-se a possibilidade de integração desta iniciativa à da BDTD brasileira, tendo em vista que o Cyberthesis está também implantando um protocolo de harvesting para coleta de metadados. Caminha-se, assim, na direção de uma Biblioteca Digital Latino-Americana de Teses e Dissertações. Dessa maneira, propõe-se, à semelhança dos entendimentos com a iniciativa das Universidades do Estado de SP, que todo e qualquer projeto de registro e disseminação de teses e dissertações sejam realizados com base no uso de padrões e protocolos estabelecidos de maneira a estabelecer a interoperabilidade entre as várias iniciativas. A inobservância do uso desses padrões poderá, certamente, provocar a duplicação de esforços e conseqüentemente o dispêndio de recursos. Apoio da Capes Até o fim do mês, a Capes deverá integrar-se ao projeto, atuando junto aos programas de pós-graduação para que se incorporem à BDTD. Proposta nesse sentido foi aprovada pelo CTC da Capes, por iniciativa do prof. Wilson Gomes, da Universidade Federal da Bahia, coordenador da pós-graduação na área de comunicação e informação. O Comitê Técnico Consultivo da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações é composto por representantes do MEC (Capes e Sesu), Ministério da C&T (CNPq e Ibict) e pelas Universidades que contribuíram para a sua implantação, tais como: USP, PUC/Rio e UFSC. Para mais
informações consulte o site da BDTD: http://www.bdtd.ibict.br
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