Plantas medicinais integram projeto de educação ambiental em escolas públicas


O Fruto da Terra é um programa de disponibilização de projetos de educação ambiental dentro das escolas, cada qual com sua realidade, que assumem um ou outro trabalho de educação ambiental. Uma das tarefas envolve o cultivo de plantas medicinais em duas escolas do ensino fundamental de Atibaia, localizadas em bairros carentes da cidade. A partir de um levantamento etnofarmacológico, que permite identificar as plantas com propriedades terapêuticas utilizadas pela comunidade, Fernandes coordena a manutenção de viveiros com plantas medicinais, juntamente com as professoras das escolas envolvidas no trabalho.
Os alunos aprendem a cuidar do viveiro medicinal e depois produzem textos e desenhos sobre o que conheceram. Para a pesquisadora, o trabalho com as plantas medicinais permite que as crianças desenvolvam noções de cooperação, responsabilidade e consciência ambiental. "Os alunos estão bem envolvidos emocionalmente com o projeto. Dentro da educação ambiental existe uma linha bastante forte que acredita no envolvimento emocional para gerar atitudes ambientalmente saudáveis", avalia. O conhecimento, na avaliação de Fernandes, ajuda, mas tem pouca atuação no modo de vida da criança. Já quando o jovem é envolvido nas relações com o meio ambiente, ele se abre e muda sua forma de atuar. "São pequenas pessoas que vão ter uma mudança de atitude não só em relação ao meio ambiente, mas em cooperação um com o outro, em cultivar algo, em prestar atenção nos recursos, nas riquezas e nas belezas que eles têm ao redor", diz.
Toda a experiência com o viveiro medicinal será registrada, de forma que o mesmo trabalho possa ser realizado em outras escolas da cidade. Embora seja parte de um projeto da prefeitura, Fernandes acredita que este "é um projeto aplicável em qualquer local que tenha uma realidade de uso de plantas medicinais ou que tenha alguma afinidade com esses recursos".
O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Educação de Atibaia, em parceria com o Instituto Pedra Grande de Preservação Ambiental (IPEG) e com a participação de vários colaboradores.

 

 

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