Metade da Lua é feita de destroços de um planeta perdido, afirmam cientistas

É um fato que a Lua encerra em sua composição os segredos ocultos da Terra primitiva, desgastados por 4,5 bilhões de anos de ação de ventos, mares e atividade geológica.

Mas o satélite natural terrestre também reconta a história de outro corpo, do tamanho de Marte, que se chocou contra o planeta azul (que não tinha essa cor na época) nos primórdios da formação do Sistema Solar.

Uma nova pesquisa diz que até 50% da massa lunar é composta por restos desse planeta perdido.

Analisando meteoritos e amostras provenientes da Lua, de Marte, da Terra e de Vesta, um dos maiores objetos com residência no cinturão de asteróides do sistema, os cientistas liderados por Carsten Münker, da Universidade de Münster, na Alemanha, concluíram que até metade da massa lunar pode não ter origem na Terra.

O estudo teve por base a análise da proporção de certos elementos raros, como nióbio e zircônio.

A teoria mais aceita para explicar o atípico par Terra-Lua é a de que um bólido do tamanho de Marte (que tem metade do diâmetro terrestre atual) teria se chocado com o planeta logo no início da formação dos corpos que hoje orbitam o Sol.

'Os modelos geofísicos mais recentes sugerem que a Terra tinha cerca de 90% do seu tamanho quando o impacto aconteceu', diz Münker.

'Mas não havia acordo na comunidade sobre a quantidade de material do bólido na Lua. Nosso estudo mostra que é no máximo 50%.' O estudo saiu na revista 'Science'. (Salvador Nogueira)


 

 

 

 

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