Documento do Conselho Nacional de APG`s acerca do futuro do Sistema Nacional de pós-graduação

Sendo inegável a contribuição dos pós-graduandos na geração de conhecimento e no desenvolvimento da pesquisa no país e considerando a necessidade premente da valorização deste profissional, as Associações de Pós-graduandos (APGs) da Mackenzie, PUC-SP, UFMG, UFRJ, UFV, Unimes, Unimonte e USP-Capital e a Pró-APG Unisanta, oficialmente representadas no XXIX Conselho Nacional de Associações de Pós-graduandos, promovido pela Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) e pela APG ESALQ-USP, realizado de 12 a 14 de setembro do ano em curso na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de SP, por meio desta, decidiram por apresentar algumas de suas demandas à sociedade brasileira e a seus representantes.

A valorização do pós-graduando está imediatamente relacionada com os valores das bolsas de pesquisa, as quais, como é de conhecimento geral, não sofrem quaisquer reajustes ou correções já há quase uma década.

A esse propósito, o Movimento Nacional de Pós-graduandos propõe um projeto de lei que dispõe, entre outras coisas, sobre os critérios para definição dos valores de bolsas de pós-graduação, além de mobilizar-se em outras frentes, visando ao reajuste imediato dos atuais valores e à melhoria nas condições gerais de estudo, trabalho e pesquisa dos pós-graduandos.

Contudo, há outros aspectos relacionados com a valorização desse profissional, entre os quais, os ligados à associação entre tempo de titulação e fomento aos programas de pós-graduação, do que pode resultar encurtamento prematuro dos estudos e, conseqüentemente, o comprometimento dos resultados e benefícios deles decorrentes.

Além do mais, os pós-graduandos, embora sejam responsáveis por expressiva parcela da produção científica das universidades, não são vistos, em geral, como pesquisadores parceiros dos docentes na realização da pesquisa.

Pelas razões sucintamente expostas acima, as entidades que esta subscrevem continuarão a trabalhar por conquistas reais nos investimentos em pósgraduação, especialmente no número e no valor de suas bolsas, até que se atinja, no mínimo, o índice de 2% do PIB investidos em C&T.

E, nesse trabalho, não prescindem do empenho e efetiva participação dos senhores congressistas, dos ministros de estado, dos dirigentes das agências de fomento e da sociedade brasileira em geral, que deve ser a maior beneficiária dos resultados a que já chegou a ciência em nosso país.

 

 

 

 

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