Buraco na camada de ozônio bate recorde
Jamil Chade

O buraco na camada de ozônio atingiu seu tamanho recorde e chegou a 28 milhões de quilômetros quadrados, superfície superior à dos territórios dos EUA, Canadá e México juntos e quase o equivalente a todo o continente africano.

As informações são da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma das agências da ONU, que avaliou o fenômeno no continente antártico.

Segundo a OMM, em 2000 tinha sido registrada essa mesma dimensão recorde, mas em 2001 e 2002, houve diminuição da área do buraco.

Para a agência da ONU, é difícil dizer se o buraco continuará aumentando nos próximos anos, já que o crescimento ou diminuição de sua área parecem estar mais relacionados a fenômenos atmosféricos do que à emissão de gases, como o clorofluorcarbono, ou CFC.

Indício disso é que, em 2002, o tamanho do buraco foi o menor dos últimos dez anos. 'Quanto mais o frio se prolongar na Antártida, maior será o buraco na camada', afirmou um especialista da OMM.

A OMM destacou, porém, que após a assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, por 170 países, existem regras definidas para o controle do CFC. Em algumas regiões, a emissão de gases já diminuiu de forma significativa.

Segundo a OMM, apesar de o buraco estar situado nas proximidades da América do Sul, a população brasileira não precisa se preocupar em tomar medidas de proteção além do que já é recomendado: evitar exposição prolongada ao sol.

O que preocupa a agência da ONU é que algumas regiões do sul da Argentina e do Chile já começam a estar na zona onde a camada de ozônio desapareceu, o que poderia ter efeitos negativos para a saúde da população local no futuro. (18/9)


 

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