Em festival cubano, IOC apresenta documentário sobre ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti
O documentário O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo, produzido pelo setor de Produção e Tratamento de Imagem do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e dirigido por Genilton José Vieira, acaba de ser reconhecido internacionalmente, através da participação no Festival de Cine y Vídeo Científico MIF-SCIENCES en la Habana, que está acontecendo de 6 a 11 de junho em Cuba. O festival científico reúne produções audiovisuais de diversos países, que abordam diferentes temas sobre a área médica e o meio ambiente, e tem por objetivo impulsionar a produção de cinema e vídeo científicos em todo o mundo. O evento oferece, ainda, o simpósio paralelo Vídeo Ciência 2006, que realizará discussões teóricas sobre imagem científica e oficinas de produção de vídeos científicos.
Genilton Vieira |
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O documentário exibe em imagens inéditas a transformação do Aedes aegypti de larva em pupa e de pupa em mosquito |
“A participação em um festival como esse, coordenado pela maior agência de filmes científicos do mundo, será um aprendizado indescritível. Teremos a oportunidade de conhecer trabalhos de diferentes países e compará-los ao nosso, além entrar em contato com produtores de todo o mundo, o que pode gerar futuras parcerias internacionais”, Genilton comemora. Para o diretor, participar da competição já é uma vitória, pois equipara a produção brasileira a iniciativas estrangeiras realizadas em padrão internacional.
“Nosso curta-metragem foi produzido por mim, pelo editor Leonardo Marcos Perim e pelo músico Rigel Santos Romeu, responsável pela trilha sonora, usando como equipamentos uma câmera digital, um computador e uma lupa estereoscópica”, o diretor descreve. Para participar do festival, a produção precisou adquirir o Certificado de Produto Brasileiro (CPB), documento concedido pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) que permite a gravação do curta-metragem em DVD e sua distribuição internacional como produto brasileiro. Para isso, foi preciso o reconhecimento, também pela Ancine, da Fiocruz como uma produtora audiovisual. “Com esses certificados, qualquer unidade da Fundação pode produzir material audiovisual”, Genilton avalia. “Isso é importante porque incentiva a produção de material científico,ainda incipiente no Brasil.”
Por Bel Levy
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