Em uma dinâmica recheada de improvisos que pode durar de 5 minutos a meia-hora, de acordo com o público e o local onde é apresentada, um palhaço tenta convencer o outro a procurar urgentemente um especialista, já que suspeita estar com hanseníase. O palhaço-paciente resiste, pergunta se não precisará deixar de jogar bola, tomar banho, namorar ou trabalhar e convencido pelo amigo – e pela platéia – decide ir ao médico. “Falar de doença é chato e a saída que encontramos foi a alegria”, Ricardo sintetiza. “O teatro é um meio muito eficaz para transmitir informações de forma lúdica, porque as crianças aceitam e entendem com mais facilidade o que é dito por um palhaço. Falar de forma engraçada, sem a formalidade e monotonia de uma sala de aula, faz com que a criança preste atenção e se torne um multiplicador de conhecimento, ao repetir para amiguinhos o que aprendeu”, o ator completa.
“O resultado que conquistamos a cada dia com esse trabalho é fantástico. Já soubemos, por exemplo, de uma criança que depois de assistir à esquete chegou em casa e brincou com a mãe, perguntando se ela tinha sensibilidade em uma mancha, pois se não tivesse precisaria procurar um médico o mais rápido possível”, Daniel conclui. Por Bel Levy
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