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01 / 07/ 2005

Memória da Reunião do

I Colegiado de Doutores do IOC

29 de junho de 2005, Espaço Cultural da Finep, 8:30 - 17:30

 

Presentes : 123 doutores do IOC, credenciados ou não aos programas de PG

Adauto Araújo - Coordenador Geral da PG-Fiocruz

Tania Araújo Jorge - Diretora geral do IOC

Claude Pirmez, Ricardo Lourenço e Christian Niel - vice-diretores do IOC

Ana Carolina Paulo Vicente - coordenadora da PG-Biologia Parasitaria (BP)

Elisa Cupolillo - coordenadora da PG-Biologia Celular e Molecular (BCM)

Marcio Bóia - coordenador da PG-Medicina Tropical (MT)

Julio Barbosa - coordenador da PG-Ensino de Biociências e Saúde (EBS)

Membros das Comissões de PG e das secretarias de todos os 4 programas

 

Dinâmica do encontro:

Pela manhã, foram feitas apresentações sobre a situação atual da PG na Fiocruz (Adauto Araújo) e no IOC (Tania Araújo-Jorge) e sua inserção na Capes e nos critérios de avaliação em vigor. Cada coordenador dos 4 programas de PG do IOC fez também um balanço sobre o histórico, a situação e os desafios enfrentados, hoje, pelos seus respectivos programas. A diretoria situou o principal desafio da reunião: construir um consenso sobre o diagnóstico da situação atual do ensino do IOC e apontar diretrizes para: (a) a formulação de uma política global de ensino para o IOC e (b) a definição da identidade (e vocação) dos Programas Stricto sensu . Partiu-se da constatação de que o IOC tem atualmente: (1) dois programas muito grandes (BP e BC, nota 5), com problemas de identidade e desafios para melhorar o seu desempenho, inclusive em vistas à obtenção de grau de excelência na avaliação na Capes (notas 6 e 7); (2) um programa muito bom, (MT, nota 6), porém relativamente pequeno e que, para alcançar nota 7, precisa, essencialmente, crescer em número de alunos; (3) um programa novo (EBS, nota 4), que precisa se consolidar; (4) doutores e linhas de pesquisa que não estão contempladas nos 4 programas, que se identificam mais com PGs extra-IOC; (5) especializações com potencial de nuclear programas stricto sensu multidisciplinares e possivelmente outros mestrados profissionais e (6) possibilidade de inserir propostas de PG em outras áreas da Capes, como Ciências Biológicas 1 e Multidisciplinar. Detalhes sobre o processo de avaliação da Capes, sobre os conceitos gerais de PG stricto e lato sensu e sobre a composição do corpo docente dos Programas de PG foram apresentados, esclarecidos e discutidos. O material impresso com as 2 apresentações gerais (Adauto e Tania) e das 4 apresentações sobre os atuais Programas de PG do IOC (Ana Carolina, Elisa, Marcio e Julio) pode ser obtido na diretoria.

 

A tarde decidiu-se manter a estrutura de discussão em plenário, com todos participando de um d ebate geral, que sinalizou os seguintes pontos:

  1. A urgência de soluções para os problemas do espaço para o ensino no IOC (Renato Cordeiro), que possivelmente virão em médio prazo com a construção do Pavilhão geral de ensino da Fiocruz (Adauto Araújo).
  2. Sugestão de pedido de bolsas Fiocruz (não IOC) para todos os Programas de Ensino da instituição (Renato Cordeiro).
  3. Aprofundar o debate sobre a qualidade da formação de RH que estamos fazendo no IOC, para em conseqüência vir a ter cursos nota 7 (Wilson Savino)
  4. O consenso de que a produção do orientador deve ser o foco da discussão da PG, pois o diferencial entre os programas de PG na Capes é a qualidade da produção intelectual. Definições sobre a filosofia e ideologia do ensino que se pretende implementar no IOC devem preceder e permear a construção de propostas a serem encaminhadas a Capes. (Savino, Claudio Ribeiro e outros)
  5. O diagnóstico de que há pesquisadores que acrescentam ao debate filosofia/ pragmatismo a dimensão existencial, pois se não se percebem incluídos nas áreas de concentração ou nas linhas de pesquisa de um programa de PG, ou cuja produção é veiculada por periódicos indexados, porém não privilegiados pelos comitês de avaliação dos cursos (Otavio Pieri).
  6. O posicionamento de muitos colegas sobre a necessidade de se integrar sempre a Filosofia com o Pragmatismo. Se é verdade que "é mais importante andar de bicicleta do que não cair da bicicleta e para isso olhar para frente é mais importante do que olhar para a roda" (Cláudio Ribeiro), por outro lado "não se anda de bicicleta sem rodas, ou com rodas mas com pneus vazios" (Sérgio Mendonça). A metáfora nos aponta questões de definição interna (quanto a formulação do projeto de ensino do IOC- "para onde se quer ir na bicicleta") e de adequação ao contexto externo regulamentado pela Capes ("a bicicleta"). Essa não dissociação dos dois campos foi referida também nos encaminhamentos, pois a discussão sobre se "queremos melhorar o ensino e como", foi incitada pela Capes com sua "sinalização de desempenho aquém do esperado" (Mariza Conde): duas faces da mesma moeda.
  7. O consenso de que a identidade nos programas de PG é fundamental, tanto do ponto de vista filosófico como prático, pois inclusive é essa identidade que direciona a vinculação dos docentes para determinado curso ou para outro (Ana Carolina).
  8. O diagnóstico de que é um problema a sobreposição de identidade de áreas e linhas de pesquisa entre os 2 maiores cursos do IOC (BP e BCM) Elisa, Sergio Mendonça e outros).
  9. O consenso de que, pelo fato do cerne dos programas ser a produção intelectual do orientador, deveria ser uma regra geral para todos os cursos do IOC a sinalização da qualidade da produção anual do orientador, instituindo o "cartão amarelo" e o "cartão vermelho" para os docentes que não cumprissem os critérios mínimos de produtividade acadêmica da área em que seu curso está inserido (Julio Barbosa, Eloi Garcia).
  10. O consenso de que é extremamente importante influenciar a composição dos Comitês de área na Capes, para aperfeiçoar ou mudar regras dinâmicas aplicadas em cada área, anualmente (Ricardo Lourenço, Eloi Garcia).
  11. O IOC deveria ter tantos cursos de PG quantas forem suas áreas de atuação em pesquisa, e uma visão geral da articulação entre áreas temáticas e linhas de pesquisa no IOC poderia preceder a construção de novas propostas de PG que contemplassem a todos, de modo que nenhum pesquisador do IOC se sentisse excluído da PG nem precisasse orientar em cursos de PG fora do IOC (Tania Araújo-Jorge). Atuações externas seriam sempre em caráter de colaboração, com a inserção do docente em outra PG como colaborador, e não como docente permanente.
  12. A sinalização de que é necessário dar maior visibilidade aos cursos que atendem demandas do Ministério da Saúde (MS), como as Especializações lato sensu em Entomologia e Malacologia, e outras demandas (Anthony Guimarães).
  13. A posição de que é preciso reformular nossas disciplinas e criar disciplinas teórico-práticas, respondendo a pergunta: estamos formando bons cientistas?
  14. A constatação de que hoje temos já diversos fóruns para discussão do ensino do IOC, que devem ser todos mobilizados para esse desafio de construir nossa política de ensino: Comissão de Pós-Graduação (CPGs) de cada programa, Câmara Técnica de Ensino(CTE), Colegiado de docentes dos Programas, Colegiado geral de Doutores do IOC, Conselho Ampliado e Conselho Deliberativo.
  15. A discussão sobre a inserção das Memórias do IOC no Qualis da grande área de Ciências Biológicas levou a explicitação clara da meta de gestão da diretoria: fortalecer sempre e continuamente as Memórias, e à sugestão de que para isso todos os docentes devem publicar nas Memórias e, sobretudo citar em seus artigos ao menos duas referências publicadas nas Memórias nos últimos dois anos.

 

 

Esse conjunto de idéias foi desdobrado nos seguintes encaminhamentos:

  1. Encaminhar proposta ao CD-IOC para dar carta branca aos coordenadores de PGs para formular a estratégia de trabalho para a avaliação trienal da Capes.
  2. Formar um Grupo de Trabalho (GT) para simular cenários de novos cursos com a produção dos docentes, inclusive para Mestrados Profisssionais.
  3. Pauta para CTE: Formar um GT para formular um documento base para ser discutido num 2º Colegiado de Doutores do IOC: objetivos e perspectivas; só após disso seriam tomadas decisões sobre segmentação, fusão, etc; incorporar as propostas dos Programas (em especial a idéia de novos cursos)
  4. Formar um GT para avaliação das disciplinas nos diversos cursos, incluindo os alunos
  5. Formar um GT multidisciplinar de pesquisadores com produção cientifica de muito impacto para discutir com a Capes o Qualis.

 

A diretoria irá compor esses grupos, com objetivos, prazos e designação de componentes em portaria

 

 

 

 

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