IOC obtém patente de bioinseticida
O IOC obteve a patente de um inseticida orgânico bacteriano com alta atividade tóxica contra larvas de espécies de mosquitos dos gêneros Culex e Anopheles , vetores dos agentes causadores da filariose e da malária, respectivamente. O inseticida resulta da proliferação da bactéria Bacillus sphaericus através da fermentação em meio de cultura propício de farinha de soja e extrato de lêvedo entre outras substâncias.
As pesquisas que originaram a patente são do Laboratório de Fisiologia Bacteriana do Departamento de Bacteriologia do IOC, em parceria com a empresa privada Inpal S/A Industrias Químicas, que terá o direito de produzir o inseticida em escala industrial.
Processo de produção. As propriedades biocidas do material resultante de fermentação, utilizando bactérias do gênero Bacillus já eram bastante conhecidas. No entanto havia problemas relacionados com longos tempos de fermentação, que atrasava o processo de produção.
Segundo o pesquisador Leon Rabinovitch, chefe do Laboratório de Fisiologia Bacteriana, o processo de fermentação para obtenção dos princípios ativos do inseticida podiam levar, até então, mais de 35 horas. Já o processo patenteado pelo laboratório obtém alta concentração de biomassa desses princípios, em menos de 24 horas.
- Além de termos conseguido baratear o custo do inseticida, ainda conseguimos produzi-lo em tempo recorde, o que é fundamental para a produção em escala industrial, afirmou o pesquisador.
Benefícios. Segundo Rabinovitch, além de ser mais barato o novo inseticida é tão eficiente quanto os inseticidas usados atualmente contra os mosquitos Anopheles e Culex . E não é tão agressivo ao meio-ambiente quanto os pesticidas químicos.
Apesar de já existirem inseticidas de síntese orgânica capazes de combater as larvas destes mosquitos, Rabinovitch explica que no caso dos mosquitos do gênero Culex esses inseticidas já não têm se mostrado tão eficientes, carecendo de produtos alternativos como o recém patenteado.