Fotógrafo do IOC é o único brasileiro a conquistar prêmio
internacional de fotografia científica
A imagem de uma craca de navio aumentada 40 vezes em microscópio transformou o fotógrafo Rodrigo Méxas, do setor de Produção e Tratamento de Imagem do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), no único brasileiro a conquistar um prêmio no Concurso Anual de Fotografia Científica da Nikon 2005/2006. A participação aconteceu na trigésima terceira edição do prêmio, que contemplou as melhores imagens entre dois mil trabalhos enviados por participantes de 58 países.
A imagem enviada pelo fotógrafo ficou entre as 60 melhores da categoria Imagens of Distinction, e foi produzida em agosto do ano passado para ilustrar a tese de mestrado do pesquisador Edalton Reis, do Núcleo de Morfologia e Ultra-Estrutura de Vetores do Departamento de Entomologia do IOC. Trata-se da imagem da Megabalanus azoricus, popularmente conhecida como craca de navio.
“Achei esta imagem muito bonita e tinha muita fé que ela iria estar entre as vencedoras”, conta Rodrigo. O fotógrafo acredita que o aspecto estético da imagem foi um dos fatores determinantes para a conquista do prêmio. “Todos os dias recebemos pesquisadores aqui, para quem desenvolvemos as imagens. Sempre peço autorização para que elas possam ser usadas artisticamente”, resume.
O interesse pela plasticidade da imagem científica levou Rodrigo a buscar aperfeiçoamento em um curso de fotografia com ênfase em artes plásticas. “Este reconhecimento é um incentivo para o meu trabalho e para que eu participe, cada vez mais, de concursos como estes”, resume.
Além do calendário de 2006 da Nikon, a imagem está divulgada na página oficial da empresa na internet (http://www.microscopyu.com/smallworld/gallery/contests/2005/circlesmall39.html).
Antes do fotógrafo, a pesquisadora Mariana Waghabi, do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do IOC, também produziu uma imagem científica premiada. O trabalho de Mariana ilustrou o mês de janeiro do calendário de 2005 da empresa de biotecnologia R&B, que circulou internacionalmente.
Por Renata Fontoura
09/02/06
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