Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participam nesta semana do II Curso Básico de Biossegurança na Captura e Manuseio de Pequenos Mamíferos Silvestres realizado pela Comissão Interna de Biossegurança do IOC. O objetivo da iniciativa, que é coordenada pelos pesquisadores Elba Lemos e Paulo D’Andrea, é fazer com que os envolvidos em pesquisas de campo sejam treinados nas práticas adequadas de captura e manejo de animais silvestres, garantindo o bem-estar dos animais e reduzindo os riscos de acidentes.
Laboratório de Hantaviroses e Rickettioses
Colocação de armadilha contendo isca
“Conduzir um trabalho em campo é muito mais complexo do que no ambiente de laboratório. Há que se redobrar a atenção e reduzir os riscos”, sublinha Elba. Ela citou o exemplo de um fotógrafo que foi acompanhar um trabalho de campo de pesquisadores no Mato Grosso. “Para fotografar uma pegada de felino, ele acabou aproximando o rosto do solo. Com isso, inalou uma secreção do animal, no tempo seco da região do Centro-Oeste, e adoeceu de forma grave.” O fotógrafo ficou hospitalizado por dias com febre e mal-estar.
No curso, Maria Eveline de Castro Pereira, da CIBio/IOC, é responsável pelo módulo sobre uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e vestuário do trabalho de campo com animais silvestres. “Biossegurança tem muito a ver com ética e relação de alteridade. Você tem que saber manusear os equipamentos e se responsabilizar pela descontaminação e descarte dos mesmos”, adverte.
Temas abordados
O curso inclui tópicos como a importância da biossegurança no trabalho de campo com captura de animais silvestres e o risco de zoonose; orientações básicas sobre primeiros socorros durante trabalho de campo, vacinação e geomedicina; captura e manuseio de pequenos mamíferos silvestres - biossegurança nos procedimentos de campo; artrópodes associados a zoonoses e distribuição no território brasileiro; a importância dos insetos como vetores de doença nas atividades de campo, com ênfase em flebotomíneos e anofelinos; a importância de coleções científicas de mamíferos, em especial dos pequenos mamíferos, no conhecimento e controle das zoonoses; e a contribuição da taxonomia clássica à molecular na vigilância de zoonoses.
João Paulo Soldati
05/10/2010
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participam nesta semana do II Curso Básico de Biossegurança na Captura e Manuseio de Pequenos Mamíferos Silvestres realizado pela Comissão Interna de Biossegurança do IOC. O objetivo da iniciativa, que é coordenada pelos pesquisadores Elba Lemos e Paulo D’Andrea, é fazer com que os envolvidos em pesquisas de campo sejam treinados nas práticas adequadas de captura e manejo de animais silvestres, garantindo o bem-estar dos animais e reduzindo os riscos de acidentes.
Laboratório de Hantaviroses e Rickettioses
Colocação de armadilha contendo isca
“Acredito que por mais que o profissional tenha equipamentos excelentes, o conhecimento é fundamental para torná-lo mais sensibilizado sobre os procedimentos corretos”, destaca Elba, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettioses . A coordenadora do curso ressalta ainda que, no manuseio destes animais, é necessário levar em consideração o risco biológico de se adquirir uma infecção, seja por contato direto – com tecidos e secreção, por exemplo –, ou indireto, por meio de contato com uma pulga, carrapato ou outro agente intermediário.
“Conduzir um trabalho em campo é muito mais complexo do que no ambiente de laboratório. Há que se redobrar a atenção e reduzir os riscos”, sublinha Elba. Ela citou o exemplo de um fotógrafo que foi acompanhar um trabalho de campo de pesquisadores no Mato Grosso. “Para fotografar uma pegada de felino, ele acabou aproximando o rosto do solo. Com isso, inalou uma secreção do animal, no tempo seco da região do Centro-Oeste, e adoeceu de forma grave.” O fotógrafo ficou hospitalizado por dias com febre e mal-estar.
No curso, Maria Eveline de Castro Pereira, da CIBio/IOC, é responsável pelo módulo sobre uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e vestuário do trabalho de campo com animais silvestres. “Biossegurança tem muito a ver com ética e relação de alteridade. Você tem que saber manusear os equipamentos e se responsabilizar pela descontaminação e descarte dos mesmos”, adverte.
Temas abordados
O curso inclui tópicos como a importância da biossegurança no trabalho de campo com captura de animais silvestres e o risco de zoonose; orientações básicas sobre primeiros socorros durante trabalho de campo, vacinação e geomedicina; captura e manuseio de pequenos mamíferos silvestres - biossegurança nos procedimentos de campo; artrópodes associados a zoonoses e distribuição no território brasileiro; a importância dos insetos como vetores de doença nas atividades de campo, com ênfase em flebotomíneos e anofelinos; a importância de coleções científicas de mamíferos, em especial dos pequenos mamíferos, no conhecimento e controle das zoonoses; e a contribuição da taxonomia clássica à molecular na vigilância de zoonoses.
João Paulo Soldati
05/10/2010
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