Em uma iniciativa pioneira, o livro ‘A Virologia no Estado do Rio de Janeiro: uma visão global’, escrito por Hermann Schatzmayr & Maulori Cabral, resgata a memória das pesquisas e dos estudos em Virologia, iniciados com a chegada da Coroa Portuguesa, em 1808, no contexto da epidemia de varíola.
Nas páginas da obra, história e biologia se complementam: os autores resgataram personagens como o Marquês de Barbacena, que importou a vacina da Europa para combater a varíola no Rio.
Citam também o trabalho de Oswaldo Cruz no processo de urbanização da cidade e suas ações para o controle da varíola, peste e febre amarela.
O sanitarista erradicou a varíola na capital da República, passando de 3.500 óbitos em 1904 para apenas seis em 1906.
O livro acaba de ganhar uma nova edição, atualizada pela pesquisadora Monika Barth, colega de trabalho e viúva de Hermann.
A obra homenageia personalidades como Hélio e Peggy Pereira, cientistas que muito se empenharam na consolidação das atividades em Virologia no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e remonta a trajetória das pesquisas com vírus no país.
Desde 1975, Dra. Monika, chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC, dedica-se à Virologia Estrutural. Tem mais de 300 trabalhos publicados, incluindo livros e capítulos de livros. Foto: Gutemberg Brito
Nesta segunda edição, revisada e ampliada ainda por Hermann Schatzmayr, foram acrescentados dados que servissem de referência para um conhecimento ainda melhor da Virologia no Estado do Rio, incluindo novas ilustrações, tendo como base a evolução científica da especialidade no Estado.
“A grande aceitação da primeira edição nos estimulou a apresentar uma segunda edição mais ampla, em especial, nos aspectos históricos”, explicou a pesquisadora.
A forte vocação turística do Rio faz do Estado uma grande porta de entrada de novas viroses, como aconteceu com os sorotipos 1, 2, 3 e 4 da dengue. “O fluxo crescente de pessoas do país e do exterior, em especial no verão, geram risco de aparecimento de novas viroses por aqui”, alerta.
O livro
Outras epidemias do passado ocorridas no Rio de Janeiro foram lembradas pelos autores, como a febre amarela, responsável pela morte de 58 mil pessoas, entre 1850 e 1902, a Gripe Espanhola, ocorrida em 1918, infectando cerca de 700 mil, e a poliomielite, erradicada apenas em 1994 do Brasil.
No livro, Hermann reforça a necessidade de prevenção da dengue e da AIDS, duas doenças virais que têm causado epidemias com importantes impactos socioeconômicos.
Além do IOC, o livro também mapeia o trabalho de outras instituições que pesquisam vírus no Estado do Rio, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto Vital Brasil, Hemorio, entre outras.
Para Monika, o livro, que é referência na especialidade, tem atributos capazes de estimular novos estudos.
“Espera-se que esta obra sirva de motivação para que outros grupos venham a relatar a história da Virologia em outras regiões do país, de forma que, ao longo do tempo, consiga-se uma rica documentação sobre o assunto”, ressalta.
Em uma iniciativa pioneira, o livro ‘A Virologia no Estado do Rio de Janeiro: uma visão global’, escrito por Hermann Schatzmayr & Maulori Cabral, resgata a memória das pesquisas e dos estudos em Virologia, iniciados com a chegada da Coroa Portuguesa, em 1808, no contexto da epidemia de varíola.
Nas páginas da obra, história e biologia se complementam: os autores resgataram personagens como o Marquês de Barbacena, que importou a vacina da Europa para combater a varíola no Rio.
Citam também o trabalho de Oswaldo Cruz no processo de urbanização da cidade e suas ações para o controle da varíola, peste e febre amarela.
O sanitarista erradicou a varíola na capital da República, passando de 3.500 óbitos em 1904 para apenas seis em 1906.
O livro acaba de ganhar uma nova edição, atualizada pela pesquisadora Monika Barth, colega de trabalho e viúva de Hermann.
A obra homenageia personalidades como Hélio e Peggy Pereira, cientistas que muito se empenharam na consolidação das atividades em Virologia no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e remonta a trajetória das pesquisas com vírus no país.
Desde 1975, Dra. Monika, chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC, dedica-se à Virologia Estrutural. Tem mais de 300 trabalhos publicados, incluindo livros e capítulos de livros. Foto: Gutemberg BritoNesta segunda edição, revisada e ampliada ainda por Hermann Schatzmayr, foram acrescentados dados que servissem de referência para um conhecimento ainda melhor da Virologia no Estado do Rio, incluindo novas ilustrações, tendo como base a evolução científica da especialidade no Estado.
“A grande aceitação da primeira edição nos estimulou a apresentar uma segunda edição mais ampla, em especial, nos aspectos históricos”, explicou a pesquisadora.
A forte vocação turística do Rio faz do Estado uma grande porta de entrada de novas viroses, como aconteceu com os sorotipos 1, 2, 3 e 4 da dengue. “O fluxo crescente de pessoas do país e do exterior, em especial no verão, geram risco de aparecimento de novas viroses por aqui”, alerta.
O livro
Outras epidemias do passado ocorridas no Rio de Janeiro foram lembradas pelos autores, como a febre amarela, responsável pela morte de 58 mil pessoas, entre 1850 e 1902, a Gripe Espanhola, ocorrida em 1918, infectando cerca de 700 mil, e a poliomielite, erradicada apenas em 1994 do Brasil.
No livro, Hermann reforça a necessidade de prevenção da dengue e da AIDS, duas doenças virais que têm causado epidemias com importantes impactos socioeconômicos.
Além do IOC, o livro também mapeia o trabalho de outras instituições que pesquisam vírus no Estado do Rio, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto Vital Brasil, Hemorio, entre outras.
Para Monika, o livro, que é referência na especialidade, tem atributos capazes de estimular novos estudos.
“Espera-se que esta obra sirva de motivação para que outros grupos venham a relatar a história da Virologia em outras regiões do país, de forma que, ao longo do tempo, consiga-se uma rica documentação sobre o assunto”, ressalta.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)