A experiência do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em dengue encontrou novo parceiro: pesquisadores e profissionais de comunicação colaboraram para a montagem da exposição ‘Dengue’, uma iniciativa que o Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), inaugurou nesta sexta-feira (17/01).
O conhecimento científico dos especialistas do Instituto foi a principal contribuição, por meio de consultoria técnica, além de imagens em microscopia, vídeos e projetos de comunicação.
O resultado é muita informação sobre a doença e sobre o vetor, em uma exposição interativa com cinco módulos, espaço com vídeos e um quintal interativo que apresenta os principais criadouros do mosquito.
A visitação no campus da Fiocruz em Manguinhos (Rio de Janeiro – RJ) é gratuita e acontece de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, e aos sábado, das 10h às 16h.
Conhecendo o mosquito e o vírus
Curador da exposição, Miguel de Oliveira, do Museu da Vida, chama atenção para o ineditismo da mostra.
“Atualmente, não há uma exposição sobre a dengue no mundo”, afirmou o biólogo.
Pesquisadora do Laboratório de Transmissores de Hematozoários do IOC, Nildimar Honório contribuiu intensamente com diversas informações sobre a biologia do Aedes aegypti, principal transmissor da doença no Brasil.
Logo no primeiro módulo, o público poderá aprender um pouco mais sobre o ciclo de vida do mosquito, alimentação, postura de ovos e criadouros preferenciais.
“O tema permite a ampliação dos conhecimentos relacionados à doença e seus principais vetores, com apropriação de sinais de alarme, prevenção e controle desta endemia”, avaliou Nildimar.
As publicações do pesquisador Ricardo Lourenço, chefe do mesmo Laboratório, também foram usadas como fonte de consulta científica para montagem da exposição.
O público também poderá conferir as belas imagens do vírus causador da dengue captadas em microscopia eletrônica pela pesquisadora Monika Barth, chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC.
As imagens estão no segundo módulo da exposição, que mostra a multiplicação viral no inseto e no ser humano.
“É importante levar para a população o conhecimento científico adquirido nas bancadas do laboratório, como informações sobre a estrutura desse vírus que aflige a sociedade a cada ano”, ressaltou Monika.
Aedes do bem
O terceiro módulo é dedicado à doença, seus principais sintomas e suas complicações. No módulo seguinte, que apresenta diversas pesquisas científicas em andamento sobre o tema da dengue, o destaque fica por conta de um estudo internacional inovador.
O projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, trazido ao Brasil pela Fiocruz, utiliza a bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão do vírus da dengue dentro do mosquito Aedes aegypti.
Integrando o esforço internacional sem fins lucrativos do Programa ‘Eliminate Dengue: Our Challenge’ (Eliminar a Dengue: Nosso Desafio), que também testa o método na Austrália, Vietnã, Colômbia e Indonésia, o projeto envolve diversas Unidades da Fiocruz e mais de 15 pesquisadores do IOC.
Campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’
No módulo que encerra a exposição, o visitante pode conhecer as ações de remoção dos criadouros para controle do mosquito – inclusive percorrendo um quintal interativo, que simula o ambiente doméstico.
Uma das iniciativas destacadas neste módulo é a campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’, que tem como proposta usar apenas 10 minutos por semana para remover criadouros no ambiente doméstico e peri-doméstico.
Desenvolvido por cientistas e profissionais de comunicação do IOC, a iniciativa foi implementada no Estado do Rio de Janeiro em 2012, por meio de parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, sendo adotada como campanha oficial de combate à dengue no Estado.
“O conceito da ação parte da biologia do mosquito: agindo uma vez por semana, é possível interferir no ciclo de desenvolvimento do vetor, impedindo que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta”, disse a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do IOC Denise Valle, uma das idealizadoras do projeto. Clique aqui para mais informações.
Cinema científico
Dois documentários produzidos e dirigidos por Genilton José Vieira, do Setor de Produção e Tratamento de Imagens do IOC, ganharam espaço especial na exposição. Os filmes ‘O Mundo Macro e Micro do Mosquito Aedes aegypti – Para combatê-lo é preciso conhecê-lo’ e ‘Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma Ameaça nos Trópicos’ são exibidos em diferentes horários.
Juntas, as duas produções receberam mais de uma dezena de prêmios internacionais.
“Com esses filmes, o público terá acesso a um material de educação em saúde reconhecido em todo o mundo. Contribuir para levar mais conhecimento a população é muito gratificante”, concluiu Genilton.
A experiência do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em dengue encontrou novo parceiro: pesquisadores e profissionais de comunicação colaboraram para a montagem da exposição ‘Dengue’, uma iniciativa que o Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), inaugurou nesta sexta-feira (17/01).
O conhecimento científico dos especialistas do Instituto foi a principal contribuição, por meio de consultoria técnica, além de imagens em microscopia, vídeos e projetos de comunicação.
O resultado é muita informação sobre a doença e sobre o vetor, em uma exposição interativa com cinco módulos, espaço com vídeos e um quintal interativo que apresenta os principais criadouros do mosquito.
A visitação no campus da Fiocruz em Manguinhos (Rio de Janeiro – RJ) é gratuita e acontece de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, e aos sábado, das 10h às 16h.
Conhecendo o mosquito e o vírus
Curador da exposição, Miguel de Oliveira, do Museu da Vida, chama atenção para o ineditismo da mostra.
“Atualmente, não há uma exposição sobre a dengue no mundo”, afirmou o biólogo.
Pesquisadora do Laboratório de Transmissores de Hematozoários do IOC, Nildimar Honório contribuiu intensamente com diversas informações sobre a biologia do Aedes aegypti, principal transmissor da doença no Brasil.
Logo no primeiro módulo, o público poderá aprender um pouco mais sobre o ciclo de vida do mosquito, alimentação, postura de ovos e criadouros preferenciais.
“O tema permite a ampliação dos conhecimentos relacionados à doença e seus principais vetores, com apropriação de sinais de alarme, prevenção e controle desta endemia”, avaliou Nildimar.
As publicações do pesquisador Ricardo Lourenço, chefe do mesmo Laboratório, também foram usadas como fonte de consulta científica para montagem da exposição.
O público também poderá conferir as belas imagens do vírus causador da dengue captadas em microscopia eletrônica pela pesquisadora Monika Barth, chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC.
As imagens estão no segundo módulo da exposição, que mostra a multiplicação viral no inseto e no ser humano.
“É importante levar para a população o conhecimento científico adquirido nas bancadas do laboratório, como informações sobre a estrutura desse vírus que aflige a sociedade a cada ano”, ressaltou Monika.
Aedes do bem
O terceiro módulo é dedicado à doença, seus principais sintomas e suas complicações. No módulo seguinte, que apresenta diversas pesquisas científicas em andamento sobre o tema da dengue, o destaque fica por conta de um estudo internacional inovador.
O projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, trazido ao Brasil pela Fiocruz, utiliza a bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão do vírus da dengue dentro do mosquito Aedes aegypti.
Integrando o esforço internacional sem fins lucrativos do Programa ‘Eliminate Dengue: Our Challenge’ (Eliminar a Dengue: Nosso Desafio), que também testa o método na Austrália, Vietnã, Colômbia e Indonésia, o projeto envolve diversas Unidades da Fiocruz e mais de 15 pesquisadores do IOC.
Campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’
No módulo que encerra a exposição, o visitante pode conhecer as ações de remoção dos criadouros para controle do mosquito – inclusive percorrendo um quintal interativo, que simula o ambiente doméstico.
Uma das iniciativas destacadas neste módulo é a campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’, que tem como proposta usar apenas 10 minutos por semana para remover criadouros no ambiente doméstico e peri-doméstico.
Desenvolvido por cientistas e profissionais de comunicação do IOC, a iniciativa foi implementada no Estado do Rio de Janeiro em 2012, por meio de parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, sendo adotada como campanha oficial de combate à dengue no Estado.
“O conceito da ação parte da biologia do mosquito: agindo uma vez por semana, é possível interferir no ciclo de desenvolvimento do vetor, impedindo que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta”, disse a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do IOC Denise Valle, uma das idealizadoras do projeto. Clique aqui para mais informações.
Cinema científico
Dois documentários produzidos e dirigidos por Genilton José Vieira, do Setor de Produção e Tratamento de Imagens do IOC, ganharam espaço especial na exposição. Os filmes ‘O Mundo Macro e Micro do Mosquito Aedes aegypti – Para combatê-lo é preciso conhecê-lo’ e ‘Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma Ameaça nos Trópicos’ são exibidos em diferentes horários.
Juntas, as duas produções receberam mais de uma dezena de prêmios internacionais.
“Com esses filmes, o público terá acesso a um material de educação em saúde reconhecido em todo o mundo. Contribuir para levar mais conhecimento a população é muito gratificante”, concluiu Genilton.
Com informações de Lucas Rocha e do Museu da Vida
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)