Desafio para especialistas do mundo todo, a sÃndrome metabólica causada por uma associação de fatores de risco que incluem obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares , é alvo de estudo no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Considerada um mal moderno, a sÃndrome é medida principalmente pela circunferência do abdômen e aumenta significativamente as chances do surgimento de doenças cardiovasculares e diabetes.
O Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC utiliza modelos experimentais para avaliar a aplicação de tratamentos baseados em drogas que agem no Sistema Nervoso Central e os impactos de exercÃcios fÃsicos sobre a sÃndrome metabólica. A literatura comprova que as condições clÃnicas relacionadas à sÃndrome metabólica, como a hipertensão, a obesidade e a resistência a insulina [que é uma situação de pré-diabete] estão ligadas ao sistema nervoso simpático, explica o pesquisador Eduardo Tibiriçá. O sistema nervoso simpático corresponde à s atividades do cérebro responsáveis pela estimulação de ações que permitem ao organismo responder a situações de estresse incluindo a aceleração dos batimentos cardÃacos, o aumento da pressão arterial, o aumento da adrenalina, a concentração de açúcar no sangue e a ativação do metabolismo.
Este tipo de droga já é utilizada para casos de hipertensão e pode se tornar uma opção mais eficaz para o tratamento da sÃndrome metabólica, já as opções terapêuticas disponÃveis hoje incluem um aglomerado de remédios, um para cada variavel clÃnica comportada na sÃndrome. A ideia do estudo, ainda em fase de desenvolvimento, é trazer uma nova perspectiva neste sentido, sempre associando o tratamento medicamentoso com a prática de exercÃcios fÃsicos, reforça o especialista.
ExercÃcios fÃsicos
O laboratório também desenvolve estudos para avaliar o efeito de diferentes metodologias de aplicação de exercÃcios fÃsicos sobre a microcirculação sanguÃnea. Este é um aspecto muito discuto na literatura. Analisamos os efeitos dos resultados do treinamento fÃsico contÃnuo, que tem uma intensidade moderada e é realizado ao menos três vezes por semana, e o treinamento fÃsico intervalado, que intercala perÃodos de alta e baixa intensidade utilizando a mesma frequência dos exercÃcios contÃnuos, esclarece Tibiriçá.
Os resultados preliminares mostraram que os dois tipos de metodologia apresentam efeitos semelhantes. Tanto no aparecimento de novos vasos capilares no coração e no músculo esquelético, quanto na capacidade do músculo em utilizar o oxigênio, os dois tipos de treinamento são idênticos. Agora vamos aprofundar o estudo em pacientes portadores de doenças crônicas, finaliza.
Renata Fontoura
16/12/10
Desafio para especialistas do mundo todo, a sÃndrome metabólica causada por uma associação de fatores de risco que incluem obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares , é alvo de estudo no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Considerada um mal moderno, a sÃndrome é medida principalmente pela circunferência do abdômen e aumenta significativamente as chances do surgimento de doenças cardiovasculares e diabetes.
O Laboratório de Investigação Cardiovascular do IOC utiliza modelos experimentais para avaliar a aplicação de tratamentos baseados em drogas que agem no Sistema Nervoso Central e os impactos de exercÃcios fÃsicos sobre a sÃndrome metabólica. A literatura comprova que as condições clÃnicas relacionadas à sÃndrome metabólica, como a hipertensão, a obesidade e a resistência a insulina [que é uma situação de pré-diabete] estão ligadas ao sistema nervoso simpático, explica o pesquisador Eduardo Tibiriçá. O sistema nervoso simpático corresponde à s atividades do cérebro responsáveis pela estimulação de ações que permitem ao organismo responder a situações de estresse incluindo a aceleração dos batimentos cardÃacos, o aumento da pressão arterial, o aumento da adrenalina, a concentração de açúcar no sangue e a ativação do metabolismo.
Este tipo de droga já é utilizada para casos de hipertensão e pode se tornar uma opção mais eficaz para o tratamento da sÃndrome metabólica, já as opções terapêuticas disponÃveis hoje incluem um aglomerado de remédios, um para cada variavel clÃnica comportada na sÃndrome. A ideia do estudo, ainda em fase de desenvolvimento, é trazer uma nova perspectiva neste sentido, sempre associando o tratamento medicamentoso com a prática de exercÃcios fÃsicos, reforça o especialista.
ExercÃcios fÃsicos
O laboratório também desenvolve estudos para avaliar o efeito de diferentes metodologias de aplicação de exercÃcios fÃsicos sobre a microcirculação sanguÃnea. Este é um aspecto muito discuto na literatura. Analisamos os efeitos dos resultados do treinamento fÃsico contÃnuo, que tem uma intensidade moderada e é realizado ao menos três vezes por semana, e o treinamento fÃsico intervalado, que intercala perÃodos de alta e baixa intensidade utilizando a mesma frequência dos exercÃcios contÃnuos, esclarece Tibiriçá.
Os resultados preliminares mostraram que os dois tipos de metodologia apresentam efeitos semelhantes. Tanto no aparecimento de novos vasos capilares no coração e no músculo esquelético, quanto na capacidade do músculo em utilizar o oxigênio, os dois tipos de treinamento são idênticos. Agora vamos aprofundar o estudo em pacientes portadores de doenças crônicas, finaliza.
Renata Fontoura
16/12/10
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)