A última edição do ano da revista cientÃfica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz acaba de ser publicada trazendo estudos inéditos sobre dengue, leishmaniose, rotavÃrus, dentre outros, já disponÃveis para acesso gratuito online. O periódico encerra 2010 comemorando o avanço do fator de impacto, que saltou de 1,45 para 2,09 segundo a mensuração do Institute for Scientific Information (ISI). Clique aqui para acessar a nova edição.
Um grupo de pesquisadores da Austrália e de Minas Gerais publicou resultados obtidos por um programa internacional de pesquisa que tem como objetivo avaliar o potencial uso da introdução de bactérias endosimbiontes, Wolbachia, em população em Aedes aegypti visando o controle da transmissão da dengue. A ideia é soltar no ambiente os mosquitos contendo estas bactérias em áreas de ocorrência da dengue. Os pesquisadores avaliaram o que uma comunidade do norte da Austrália pensa sobre este tipo de procedimento e descobriram que a principal preocupação estava relacionada com a segurança biológica. Por isso, diversos experimentos neste sentido foram realizados e o trabalho reporta todos os resultados obtidos até o momento, concluindo que a estratégia de se usar Wolbachia para o controle das doenças transmitidas por mosquitos é segura e eficiente para humanos, animais e o meio ambiente.
Também foi publicado nesta edição o artigo em que pesquisadores do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) apresentam um novo método para distinguir uma cepa do tipo selvagem da cepa da vacina para rotavÃrus. O trabalho discute a necessidade de estudos de monitoramento dos genótipos e da determinação da frequência das cepas de rotavÃrus circulantes nas diversas regiões do paÃs. Isso é importante para a avaliação do impacto do esquema vacinal na prevalência dos genótipos mais comuns, no surgimento de cepas que escapam a imunização e na evolução da cepa selvagem.
Em outro estudo, pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos e do Laboratório de Transmissores de Leishmanioses do IOC registraram e analisaram os sons produzidos por machos da espécie Lutzomya migonei durante a cópula. Essa música do amor’ apresenta uma série de pulsos curtos com intervalos entre eles. Isto tem sido demonstrado em outras espécies de insetos, cujos machos também cantam durante a cópula, como a Drosophila birchii e Drosophila serrata. Os mesmos autores já haviam estudado os sons produzidos por Lutzomya longipalpis durante a cópula e concluÃram que diversos gêneros e espécies de flebotomÃneos apresentam estas canções copulatórias, que são importantes para a escolha da fêmea e para o sucesso da inseminação.
23/12/2010
A última edição do ano da revista cientÃfica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz acaba de ser publicada trazendo estudos inéditos sobre dengue, leishmaniose, rotavÃrus, dentre outros, já disponÃveis para acesso gratuito online. O periódico encerra 2010 comemorando o avanço do fator de impacto, que saltou de 1,45 para 2,09 segundo a mensuração do Institute for Scientific Information (ISI). Clique aqui para acessar a nova edição.
Um grupo de pesquisadores da Austrália e de Minas Gerais publicou resultados obtidos por um programa internacional de pesquisa que tem como objetivo avaliar o potencial uso da introdução de bactérias endosimbiontes, Wolbachia, em população em Aedes aegypti visando o controle da transmissão da dengue. A ideia é soltar no ambiente os mosquitos contendo estas bactérias em áreas de ocorrência da dengue. Os pesquisadores avaliaram o que uma comunidade do norte da Austrália pensa sobre este tipo de procedimento e descobriram que a principal preocupação estava relacionada com a segurança biológica. Por isso, diversos experimentos neste sentido foram realizados e o trabalho reporta todos os resultados obtidos até o momento, concluindo que a estratégia de se usar Wolbachia para o controle das doenças transmitidas por mosquitos é segura e eficiente para humanos, animais e o meio ambiente.
Também foi publicado nesta edição o artigo em que pesquisadores do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) apresentam um novo método para distinguir uma cepa do tipo selvagem da cepa da vacina para rotavÃrus. O trabalho discute a necessidade de estudos de monitoramento dos genótipos e da determinação da frequência das cepas de rotavÃrus circulantes nas diversas regiões do paÃs. Isso é importante para a avaliação do impacto do esquema vacinal na prevalência dos genótipos mais comuns, no surgimento de cepas que escapam a imunização e na evolução da cepa selvagem.
Em outro estudo, pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos e do Laboratório de Transmissores de Leishmanioses do IOC registraram e analisaram os sons produzidos por machos da espécie Lutzomya migonei durante a cópula. Essa música do amor’ apresenta uma série de pulsos curtos com intervalos entre eles. Isto tem sido demonstrado em outras espécies de insetos, cujos machos também cantam durante a cópula, como a Drosophila birchii e Drosophila serrata. Os mesmos autores já haviam estudado os sons produzidos por Lutzomya longipalpis durante a cópula e concluÃram que diversos gêneros e espécies de flebotomÃneos apresentam estas canções copulatórias, que são importantes para a escolha da fêmea e para o sucesso da inseminação.
23/12/2010
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)