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Cientistas, gestores de políticas públicas e estudantes de graduação e pós-graduação participam, de 01 a 03 de agosto, no Rio de Janeiro, da 15ª edição do ‘Simpósio Internacional sobre Esquistossomose’.
Promovido pelo Programa de Pesquisa Translacional em Esquistossomose da Fundação Oswaldo Cruz (Fio-Schisto) – ligado à Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o evento acontece no Hotel Rio Othon Palace, em Copacabana (Av. Atlântica, 3.264). Com a participação de especialistas brasileiros e estrangeiros, o evento discute os avanços relacionados ao diagnóstico e tratamento, além de estratégias de prevenção e controle da esquistossomose, que permanece endêmica em ao menos 78 países. Conferências, mesas-redondas e minicursos compõem a programação, que conta com a presença de renomados especialistas e cerca de 500 participantes.
Durante o evento, a pesquisa em esquistossomose será abordada a partir de perspectivas diversificadas, como aspectos da genômica, imunopatologia, bioquímica, biologia molecular e epidemiologia.
“O Simpósio tem como marco referencial o compromisso assumido pelo Brasil para eliminação da esquistossomose como problema de saúde pública no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), num contexto mais amplo de um compromisso assumido pelo conjunto de países endêmicos. Este empenho requer a colaboração estreita de grupos de pesquisa de diferentes áreas do conhecimento, bem como sua interação com formuladores de políticas públicas de saúde e gestores dos programas de controle”, destaca Tereza Favre, pesquisadora do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC e presidente da 15ª edição do Simpósio. “Nossa intenção é de que, ao final deste Simpósio, fique claro para todas as partes envolvidas que não há ‘fórmula mágica’ para a eliminação da esquistossomose – que nenhuma medida isolada leva à interrupção da transmissão”, acrescenta.
A especialista destaca ainda que, tanto o desenvolvimento de vacinas, de fármacos mais eficazes ou com formulações mais apropriadas e de métodos diagnósticos mais sensíveis, quanto o aperfeiçoamento das estratégias em Informação, Educação e Comunicação (IEC) e em Água, Saneamento e Higiene (ASH) devem ser enfatizados no arsenal de combate à esquistossomose. "Tendo em vista os numerosos aspectos sociais que envolvem essa doença, desmitificar a ideia de que esta e outras doenças infecciosas da pobreza podem ser vencidas com uma bala de prata constitui um serviço inestimável às populações atingidas", complementa.
A esquistossomose é a segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente do mundo, atrás apenas da malária. No Brasil, estima-se que o agravo atinja até 1,5 milhão de pessoas em 19 estados, com maior incidência na região Nordeste e no estado de Minas Gerais. "Nossa expectativa é que neste 15º Simpósio possamos conhecer o que de mais novo está sendo pesquisado com potencial para contribuir, em curto e médio prazo, para o compromisso assumido pelo Brasil de eliminar a doença até 2025", sintetiza o pesquisador Roberto Sena Rocha, coordenador do Fio-Schisto.
Dentre os destaques da programação, estão os pesquisadores Amadou Garba, responsável pelas diretrizes globais sobre esquistossomose do Departamento de Controle de Doenças Tropicais Negligenciadas (NTD, sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, na Suíça; Coen Adema, do Centro para Imunologia Evolutiva e Teórica da Universidade de Novo México, dos Estados Unidos; Daniel Colley, diretor de Doenças Tropicais e Emergentes Globais da Universidade da Geórgia, dos Estados Unidos, e do Consórcio para Pesquisa Operacional e Avaliação da Esquistossomose da Fundação Bill & Melinda Gates; e Léo Heller, do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e Relator Especial do Direito Humano à Água e ao Esgotamento Sanitário da Organização das Nações Unidas (ONU).
A 15ª edição do ‘Simpósio Internacional sobre Esquistossomose’ conta com o apoio financeiro da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Presidência da Fiocruz, Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e Instituto de Saúde Global da Merck. O evento conta ainda com o apoio do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz-Minas), Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-Pernambuco), Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz-Bahia), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo verme Schistosoma mansoni, que tem caramujos do gênero Biomphalaria como hospedeiros intermediários e seres humanos como hospedeiros definitivos. A transmissão ocorre quando o indivíduo entra em contato com água – como córregos, riachos e lagoas – infectada com larvas do parasito (cercárias) capazes de penetrar a pele. Funciona como um ciclo: o indivíduo infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes. Em contato com a água, os ovos eclodem, liberam larvas (miracídios) capazes de infectar o caramujo. Após quatro semanas, elas adquirem a forma de cercárias, podendo então infectar novos indivíduos. Relacionada sobretudo a condições precárias de saneamento, a esquistossomose é uma das doenças negligenciadas reconhecidas pela OMS.
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Cientistas, gestores de políticas públicas e estudantes de graduação e pós-graduação participam, de 01 a 03 de agosto, no Rio de Janeiro, da 15ª edição do ‘Simpósio Internacional sobre Esquistossomose’.
Promovido pelo Programa de Pesquisa Translacional em Esquistossomose da Fundação Oswaldo Cruz (Fio-Schisto) – ligado à Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o evento acontece no Hotel Rio Othon Palace, em Copacabana (Av. Atlântica, 3.264). Com a participação de especialistas brasileiros e estrangeiros, o evento discute os avanços relacionados ao diagnóstico e tratamento, além de estratégias de prevenção e controle da esquistossomose, que permanece endêmica em ao menos 78 países. Conferências, mesas-redondas e minicursos compõem a programação, que conta com a presença de renomados especialistas e cerca de 500 participantes.
Durante o evento, a pesquisa em esquistossomose será abordada a partir de perspectivas diversificadas, como aspectos da genômica, imunopatologia, bioquímica, biologia molecular e epidemiologia.
“O Simpósio tem como marco referencial o compromisso assumido pelo Brasil para eliminação da esquistossomose como problema de saúde pública no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), num contexto mais amplo de um compromisso assumido pelo conjunto de países endêmicos. Este empenho requer a colaboração estreita de grupos de pesquisa de diferentes áreas do conhecimento, bem como sua interação com formuladores de políticas públicas de saúde e gestores dos programas de controle”, destaca Tereza Favre, pesquisadora do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC e presidente da 15ª edição do Simpósio. “Nossa intenção é de que, ao final deste Simpósio, fique claro para todas as partes envolvidas que não há ‘fórmula mágica’ para a eliminação da esquistossomose – que nenhuma medida isolada leva à interrupção da transmissão”, acrescenta.
A especialista destaca ainda que, tanto o desenvolvimento de vacinas, de fármacos mais eficazes ou com formulações mais apropriadas e de métodos diagnósticos mais sensíveis, quanto o aperfeiçoamento das estratégias em Informação, Educação e Comunicação (IEC) e em Água, Saneamento e Higiene (ASH) devem ser enfatizados no arsenal de combate à esquistossomose. "Tendo em vista os numerosos aspectos sociais que envolvem essa doença, desmitificar a ideia de que esta e outras doenças infecciosas da pobreza podem ser vencidas com uma bala de prata constitui um serviço inestimável às populações atingidas", complementa.
A esquistossomose é a segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente do mundo, atrás apenas da malária. No Brasil, estima-se que o agravo atinja até 1,5 milhão de pessoas em 19 estados, com maior incidência na região Nordeste e no estado de Minas Gerais. "Nossa expectativa é que neste 15º Simpósio possamos conhecer o que de mais novo está sendo pesquisado com potencial para contribuir, em curto e médio prazo, para o compromisso assumido pelo Brasil de eliminar a doença até 2025", sintetiza o pesquisador Roberto Sena Rocha, coordenador do Fio-Schisto.
Dentre os destaques da programação, estão os pesquisadores Amadou Garba, responsável pelas diretrizes globais sobre esquistossomose do Departamento de Controle de Doenças Tropicais Negligenciadas (NTD, sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, na Suíça; Coen Adema, do Centro para Imunologia Evolutiva e Teórica da Universidade de Novo México, dos Estados Unidos; Daniel Colley, diretor de Doenças Tropicais e Emergentes Globais da Universidade da Geórgia, dos Estados Unidos, e do Consórcio para Pesquisa Operacional e Avaliação da Esquistossomose da Fundação Bill & Melinda Gates; e Léo Heller, do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e Relator Especial do Direito Humano à Água e ao Esgotamento Sanitário da Organização das Nações Unidas (ONU).
A 15ª edição do ‘Simpósio Internacional sobre Esquistossomose’ conta com o apoio financeiro da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Presidência da Fiocruz, Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e Instituto de Saúde Global da Merck. O evento conta ainda com o apoio do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz-Minas), Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-Pernambuco), Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz-Bahia), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo verme Schistosoma mansoni, que tem caramujos do gênero Biomphalaria como hospedeiros intermediários e seres humanos como hospedeiros definitivos. A transmissão ocorre quando o indivíduo entra em contato com água – como córregos, riachos e lagoas – infectada com larvas do parasito (cercárias) capazes de penetrar a pele. Funciona como um ciclo: o indivíduo infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes. Em contato com a água, os ovos eclodem, liberam larvas (miracídios) capazes de infectar o caramujo. Após quatro semanas, elas adquirem a forma de cercárias, podendo então infectar novos indivíduos. Relacionada sobretudo a condições precárias de saneamento, a esquistossomose é uma das doenças negligenciadas reconhecidas pela OMS.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)