O penúltimo dia (17/09) de atividades da Semana de Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi marcado pela apresentação do ‘Projeto Horizontes: empreendedorismo discente’. Desenvolvida pela Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação (VDEIC/IOC), a iniciativa tem como objetivo central estimular o empreendedorismo científico entre alunos e ex-alunos do Instituto, ampliando as habilidades e competências para a inovação, com foco em empregabilidade e estímulo à cultura empreendedora.
Programação do penúltimo dia contou com a apresentação do projeto Horizontes, iniciativa cujo objetivo é estimular o empreendedorismo científico entre alunos e ex-alunos do Instituto. Foto: DivulgaçãoA ocasião contou com a presença dos coordenadores ad hoc do projeto, Alexandre Moura Cabral, mentor, consultor e dinamizador de ecossistemas de inovação, e Carla Carvalho da Veiga, especialista em engenharia de produção, além do vice-diretor da pasta, Marcelo Alves Pinto, e da coordenadora da Plataforma de Apoio à Pesquisa e Inovação (PAPI/IOC) e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/IOC), Aline Morais, ambos responsáveis por desenvolver a iniciativa no Instituto. “O Horizontes partiu da necessidade prática de inserir os discentes em ações de empreendedorismo, da vontade de encontrar alguma forma de sustentabilidade aos projetos inovadores e de identificar inovações nos trabalhos dos estudantes. Trata-se de uma iniciativa que capacita o cientista para a visão empreendedora”, declarou Marcelo Alves.
Marcelo Alves declarou que o projeto Horizontes partiu da necessidade prática de inserir os discentes em ações de empreendedorismo. Foto: DivulgaçãoPara Aline Morais, o projeto está alinhado tanto com o que dispõe a Lei de Inovação Tecnológica – sobretudo após o novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação –, quanto ao que preconiza a Política de Inovação da Fiocruz em relação à promoção do empreendedorismo científico e tecnológico por meio da busca de iniciativas de fomento, capacitação e desenvolvimento da inovação. “Concretizar isso em uma instituição como a Fiocruz significa reforçar a busca pelo desenvolvimento de ações inovadoras que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população”, disse. “Quero agradecer aos participantes desta primeira edição pela dedicação e comprometimento ao longo de todo o processo, que a gente sabe que é difícil, mas que no final traz resultados positivos”, concluiu.
Aline ressaltou que projeto está alinhado tanto com o que dispõe a Lei de Inovação Tecnológica, quanto ao que preconiza a Política de Inovação da Fiocruz. Foto: DivulgaçãoA explicação sobre a concepção e estruturação do projeto ficou a cargo dos coordenadores ad hoc. A apresentação de Alexandre Moura, que atua como consultor do Projeto, foi pautada nos alicerces embrionários da iniciativa. “O Horizontes nasceu da ousadia da VDEIC de entender que era preciso construir um ser híbrido, ou seja, que fosse cientista e empreendedor ao mesmo tempo. A partir daí, unimos nossas experiências profissionais – eu e a Carla – e chegamos ao seguinte conceito: o projeto Horizontes precisa culminar em uma metodologia de empreendedorismo discente de base tecnológica, com um ecossistema produtivo, inovador e intrainstitucional, ou seja, visto com naturalidade pela comunidade, se consolidando em um habitat de inovação discente”, explicou.
Moura chamou atenção, ainda, para a característica heterodoxa presente na proposta. “Sabíamos o quanto ela precisava ser realinhada ao ecossistema de inovação da Fiocruz, pois o mesmo já está bem estruturado. Sendo assim, defendemos o desenvolvimento do projeto a partir de uma etapa inicial de formulação de ações e validação junto ao público interno. Até porque, validar o modelo desenhado faz com que o mesmo seja apropriado pela instituição, fator que aumenta as chances de sucesso e reduz tempos e esforços dedicados à implementação”, pontuou.
O Projeto Horizontes foi lançado em fevereiro deste ano. Dias após a divulgação da abertura das inscrições, todo o contexto pensado para o desenvolvimento da iniciativa precisou ser reformulado, devido à pandemia de Covid-19 e, consequentemente, à recomendação das autoridades de saúde pelo distanciamento social. “Estávamos com tudo pronto quando, de repente, colidimos com esse cometa chamado coronavírus. Mesmo sem saber o que iria acontecer, foi possível perceber que a metodologia era resiliente ao problema. Nós precisaríamos apenas rever algumas decisões iniciais como, por exemplo, colocar todas as atividades para EAD, facilitar o acesso virtual e minimizar o impacto na agenda individual e acadêmica dos participantes”, contou.
Passada a fase inicial, veio a etapa de levar as ideias levantadas à ação empreendedora, conforme definiu Carla Veiga em sua apresentação. “Com as ideias validadas e todas as perguntas respondidas, nós tínhamos propostas de projetos que precisavam ser transformadas em negócios. Desta forma, apresentamos – de maneira individualizada para cada grupo de projeto de negócio – uma escala de maturidade tecnológica”, comentou, esclarecendo que o método citado corresponde a oito etapas quase sempre utilizadas no processo de inovação.
Os coordenadores ad hoc, Alexandre e Carla, falaram sobre a concepção e estruturação do Horizontes. Foto: Divulgação“As quatro primeiras consistem na geração da ideia, na pesquisa por soluções para a mesma, na validação do conceito inicial e no planejamento, que envolve inclusive o mapeamento da viabilidade técnica e de negócio. As demais estão relacionadas à busca por recursos financeiros para iniciar a etapa de produção, ao começo da comercialização e, por fim, à consolidação do produto/serviço, fase em que começamos a pensar como aprimorar nossa ideia para que a mesma não fique estagnada”, explicou Veiga, que possui mais de 20 anos de experiência nas áreas de desenvolvimento de produtos e inovação.
Carla esclareceu, também, que o Projeto contou com sete metodologias para transformar as ideias dos participantes em negócios. As primeiras representam a estruturação da modelagem do cliente, do produto e da proposta de valor; depois vem a análise dos requisitos e da viabilidade mercadológica e técnica; e, por fim, a definição de caminhos estratégicos, o levantamento dos custos versus previsão de receita e a estruturação do plano de negócios. “Até o momento, nós já priorizamos os requisitos, definimos versões futuras e identificamos pontos no negócio que não agregam valor. O próximo passo será a validação da proposta de valor, o levantamento de custos e a elaboração do Plano de Negócios”, adiantou.
O final da atividade foi reservado para uma breve apresentação de trabalhos que estão sendo acompanhados pelo projeto Horizontes. Confecção de testes rápidos para identificação de alelos de importância para a farmacogenética e para o diagnóstico precoce, por meio de biomarcadores imunes, da tuberculose em forma ativa; criação de um kit de coleta para exame molecular da leishmaniose tegumentar; e a fundação do PRODIGIAS, iniciativa voltada para comunidades em situação de vulnerabilidade, com o foco na produção de objetos digitais de aprendizagem em saúde, foram alguns dos projetos apresentados.
O penúltimo dia (17/09) de atividades da Semana de Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi marcado pela apresentação do ‘Projeto Horizontes: empreendedorismo discente’. Desenvolvida pela Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação (VDEIC/IOC), a iniciativa tem como objetivo central estimular o empreendedorismo científico entre alunos e ex-alunos do Instituto, ampliando as habilidades e competências para a inovação, com foco em empregabilidade e estímulo à cultura empreendedora.
Programação do penúltimo dia contou com a apresentação do projeto Horizontes, iniciativa cujo objetivo é estimular o empreendedorismo científico entre alunos e ex-alunos do Instituto. Foto: DivulgaçãoA ocasião contou com a presença dos coordenadores ad hoc do projeto, Alexandre Moura Cabral, mentor, consultor e dinamizador de ecossistemas de inovação, e Carla Carvalho da Veiga, especialista em engenharia de produção, além do vice-diretor da pasta, Marcelo Alves Pinto, e da coordenadora da Plataforma de Apoio à Pesquisa e Inovação (PAPI/IOC) e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/IOC), Aline Morais, ambos responsáveis por desenvolver a iniciativa no Instituto. “O Horizontes partiu da necessidade prática de inserir os discentes em ações de empreendedorismo, da vontade de encontrar alguma forma de sustentabilidade aos projetos inovadores e de identificar inovações nos trabalhos dos estudantes. Trata-se de uma iniciativa que capacita o cientista para a visão empreendedora”, declarou Marcelo Alves.
Marcelo Alves declarou que o projeto Horizontes partiu da necessidade prática de inserir os discentes em ações de empreendedorismo. Foto: DivulgaçãoPara Aline Morais, o projeto está alinhado tanto com o que dispõe a Lei de Inovação Tecnológica – sobretudo após o novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação –, quanto ao que preconiza a Política de Inovação da Fiocruz em relação à promoção do empreendedorismo científico e tecnológico por meio da busca de iniciativas de fomento, capacitação e desenvolvimento da inovação. “Concretizar isso em uma instituição como a Fiocruz significa reforçar a busca pelo desenvolvimento de ações inovadoras que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população”, disse. “Quero agradecer aos participantes desta primeira edição pela dedicação e comprometimento ao longo de todo o processo, que a gente sabe que é difícil, mas que no final traz resultados positivos”, concluiu.
Aline ressaltou que projeto está alinhado tanto com o que dispõe a Lei de Inovação Tecnológica, quanto ao que preconiza a Política de Inovação da Fiocruz. Foto: DivulgaçãoA explicação sobre a concepção e estruturação do projeto ficou a cargo dos coordenadores ad hoc. A apresentação de Alexandre Moura, que atua como consultor do Projeto, foi pautada nos alicerces embrionários da iniciativa. “O Horizontes nasceu da ousadia da VDEIC de entender que era preciso construir um ser híbrido, ou seja, que fosse cientista e empreendedor ao mesmo tempo. A partir daí, unimos nossas experiências profissionais – eu e a Carla – e chegamos ao seguinte conceito: o projeto Horizontes precisa culminar em uma metodologia de empreendedorismo discente de base tecnológica, com um ecossistema produtivo, inovador e intrainstitucional, ou seja, visto com naturalidade pela comunidade, se consolidando em um habitat de inovação discente”, explicou.
Moura chamou atenção, ainda, para a característica heterodoxa presente na proposta. “Sabíamos o quanto ela precisava ser realinhada ao ecossistema de inovação da Fiocruz, pois o mesmo já está bem estruturado. Sendo assim, defendemos o desenvolvimento do projeto a partir de uma etapa inicial de formulação de ações e validação junto ao público interno. Até porque, validar o modelo desenhado faz com que o mesmo seja apropriado pela instituição, fator que aumenta as chances de sucesso e reduz tempos e esforços dedicados à implementação”, pontuou.
O Projeto Horizontes foi lançado em fevereiro deste ano. Dias após a divulgação da abertura das inscrições, todo o contexto pensado para o desenvolvimento da iniciativa precisou ser reformulado, devido à pandemia de Covid-19 e, consequentemente, à recomendação das autoridades de saúde pelo distanciamento social. “Estávamos com tudo pronto quando, de repente, colidimos com esse cometa chamado coronavírus. Mesmo sem saber o que iria acontecer, foi possível perceber que a metodologia era resiliente ao problema. Nós precisaríamos apenas rever algumas decisões iniciais como, por exemplo, colocar todas as atividades para EAD, facilitar o acesso virtual e minimizar o impacto na agenda individual e acadêmica dos participantes”, contou.
Passada a fase inicial, veio a etapa de levar as ideias levantadas à ação empreendedora, conforme definiu Carla Veiga em sua apresentação. “Com as ideias validadas e todas as perguntas respondidas, nós tínhamos propostas de projetos que precisavam ser transformadas em negócios. Desta forma, apresentamos – de maneira individualizada para cada grupo de projeto de negócio – uma escala de maturidade tecnológica”, comentou, esclarecendo que o método citado corresponde a oito etapas quase sempre utilizadas no processo de inovação.
Os coordenadores ad hoc, Alexandre e Carla, falaram sobre a concepção e estruturação do Horizontes. Foto: Divulgação“As quatro primeiras consistem na geração da ideia, na pesquisa por soluções para a mesma, na validação do conceito inicial e no planejamento, que envolve inclusive o mapeamento da viabilidade técnica e de negócio. As demais estão relacionadas à busca por recursos financeiros para iniciar a etapa de produção, ao começo da comercialização e, por fim, à consolidação do produto/serviço, fase em que começamos a pensar como aprimorar nossa ideia para que a mesma não fique estagnada”, explicou Veiga, que possui mais de 20 anos de experiência nas áreas de desenvolvimento de produtos e inovação.
Carla esclareceu, também, que o Projeto contou com sete metodologias para transformar as ideias dos participantes em negócios. As primeiras representam a estruturação da modelagem do cliente, do produto e da proposta de valor; depois vem a análise dos requisitos e da viabilidade mercadológica e técnica; e, por fim, a definição de caminhos estratégicos, o levantamento dos custos versus previsão de receita e a estruturação do plano de negócios. “Até o momento, nós já priorizamos os requisitos, definimos versões futuras e identificamos pontos no negócio que não agregam valor. O próximo passo será a validação da proposta de valor, o levantamento de custos e a elaboração do Plano de Negócios”, adiantou.
O final da atividade foi reservado para uma breve apresentação de trabalhos que estão sendo acompanhados pelo projeto Horizontes. Confecção de testes rápidos para identificação de alelos de importância para a farmacogenética e para o diagnóstico precoce, por meio de biomarcadores imunes, da tuberculose em forma ativa; criação de um kit de coleta para exame molecular da leishmaniose tegumentar; e a fundação do PRODIGIAS, iniciativa voltada para comunidades em situação de vulnerabilidade, com o foco na produção de objetos digitais de aprendizagem em saúde, foram alguns dos projetos apresentados.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)