A primeira edição do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em 2021, realizada no dia 10 de março, teve como tema ‘Covid-19, ciência, vacinas, negacionismo e perspectivas de futuro’. O debate virtual reuniu pesquisadores de diversos campos científicos e de diferentes regiões do país.
Participaram do encontro: a epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues; o epidemiologista e professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cesar Gomes Victora; o químico, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da força tarefa Unicamp no combate à Covid-19, Luiz Carlos Dias; o microbiologista e pesquisador do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), Felipe Gomes Naveca; e a pneumologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Margareth Pretti Dalcolmo. O debate também contou com a participação do diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite; da coordenadora do Núcleo de Estudos, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira; do economista e pesquisador da Fiocruz, Carlos Gadelha; e da imunologista Ester Sabino e da infectologista Anna Sara Levin, ambas pesquisadoras da USP.
Na abertura da sessão, o coordenador do Núcleo de Estudos, Renato Cordeiro, lamentou o alto número de casos e de mortes ocasionadas pela Covid-19 no Brasil e chamou atenção para o impacto negativo dos comportamentos negacionistas, como o desestímulo ao uso de máscaras, a promoção de aglomerações e o incentivo ao uso de medicamentos que não possuem eficácia comprovada contra a doença.
Cordeiro destacou, ainda, o papel estratégico das instituições públicas para o início da vacinação no Brasil. “Mesmo com todas as dificuldades de financiamento à pesquisa, com o contingenciamento das verbas de Ciência, Tecnologia e Inovação, a comunidade científica tem contribuído de forma significativa na luta contra a Covid-19, sequenciando o genoma do vírus, desenvolvendo kits de diagnóstico e novas tecnologias em respiradores, estudos epidemiológicos e ensaios clínicos, identificando novas variantes do vírus e no desenvolvimento de novas vacinas nacionais”, disse o pesquisador.
O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, enfatizou a importância do combate aos movimentos antivacinas e da liberação de recursos públicos para a continuidade da pesquisa científica. “O Congresso Nacional tem uma responsabilidade muito grande para derrubar os vetos para que tenhamos a liberação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico na sua totalidade, na ordem de R$ 16 bilhões para que possamos avançar a nossa Ciência”, afirmou.
O evento foi transmitido pelo Canal do Instituto no Youtube. Assista, abaixo, à integra do debate.
A primeira edição do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em 2021, realizada no dia 10 de março, teve como tema ‘Covid-19, ciência, vacinas, negacionismo e perspectivas de futuro’. O debate virtual reuniu pesquisadores de diversos campos científicos e de diferentes regiões do país.
Participaram do encontro: a epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues; o epidemiologista e professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cesar Gomes Victora; o químico, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da força tarefa Unicamp no combate à Covid-19, Luiz Carlos Dias; o microbiologista e pesquisador do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), Felipe Gomes Naveca; e a pneumologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Margareth Pretti Dalcolmo. O debate também contou com a participação do diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite; da coordenadora do Núcleo de Estudos, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira; do economista e pesquisador da Fiocruz, Carlos Gadelha; e da imunologista Ester Sabino e da infectologista Anna Sara Levin, ambas pesquisadoras da USP.
Na abertura da sessão, o coordenador do Núcleo de Estudos, Renato Cordeiro, lamentou o alto número de casos e de mortes ocasionadas pela Covid-19 no Brasil e chamou atenção para o impacto negativo dos comportamentos negacionistas, como o desestímulo ao uso de máscaras, a promoção de aglomerações e o incentivo ao uso de medicamentos que não possuem eficácia comprovada contra a doença.
Cordeiro destacou, ainda, o papel estratégico das instituições públicas para o início da vacinação no Brasil. “Mesmo com todas as dificuldades de financiamento à pesquisa, com o contingenciamento das verbas de Ciência, Tecnologia e Inovação, a comunidade científica tem contribuído de forma significativa na luta contra a Covid-19, sequenciando o genoma do vírus, desenvolvendo kits de diagnóstico e novas tecnologias em respiradores, estudos epidemiológicos e ensaios clínicos, identificando novas variantes do vírus e no desenvolvimento de novas vacinas nacionais”, disse o pesquisador.
O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, enfatizou a importância do combate aos movimentos antivacinas e da liberação de recursos públicos para a continuidade da pesquisa científica. “O Congresso Nacional tem uma responsabilidade muito grande para derrubar os vetos para que tenhamos a liberação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico na sua totalidade, na ordem de R$ 16 bilhões para que possamos avançar a nossa Ciência”, afirmou.
O evento foi transmitido pelo Canal do Instituto no Youtube. Assista, abaixo, à integra do debate.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)