Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.

vw_cabecalho_novo

Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Conheça o laboratório da Fiocruz onde são realizados os diagnósticos de casos suspeitos do novo coronavírus

Conheça o laboratório da Fiocruz onde são realizados os diagnósticos de casos suspeitos do novo coronavírus

O Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC/Fiocruz é referência nacional para o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), influenza, sarampo e rubéola
Por Lucas Rocha12/02/2020 - Atualizado em 23/03/2021

Em Manguinhos, no Rio de Janeiro, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriga um dos mais modernos polos de pesquisa em virologia da América Latina, com 11 laboratórios de pesquisa dedicados a estudos em gripe, rubéola, diarreias virais, hepatites, poliomielite, arboviroses, arenavírus e outras doenças de grande importância para a saúde pública.

Equipe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

Um desses espaços é o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, referência em nível nacional para o diagnóstico de vírus respiratórios. O Laboratório atuou na linha frente no diagnóstico laboratorial durante os surtos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, e de Influenza A (H1N1), em 2009, além de ter integrado os esforços para o esclarecimento de casos suspeitos de ebola, em 2015. Atualmente, está diretamente envolvido na resposta brasileira ao novo coronavírus (2019-nCoV).

Entre virologistas, biólogos, farmacêuticos e microbiologistas, cerca de oito especialistas em biologia molecular de vírus respiratórios compõem a equipe responsável pelas análises de casos suspeitos do novo vírus. A capacidade de processamento é de cerca de 50 amostras por dia, com possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.

É adotada a técnica utilizada de RT-PCR em tempo real, considerada padrão ouro para a detecção do genoma viral, no caso do novo coronavírus. O prazo para a conclusão do exame pode variar de 48h a 72h. Para a realização dessa etapa, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) repassou ao Laboratório insumos específicos para o diagnóstico por RT-PCR em tempo real, capaz de detectar o genoma viral da amostra.

Outra etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vírus que circulam em outras partes do mundo, evidenciando, por exemplo, se os microrganismos que venham a ser detectados no Brasil possuem indicativos de variação em relação aos vírus que estão em circulação em outras localidades.

Etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vírus que circulam em outras partes do mundo. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

Rápida resposta diante de uma emergência em saúde pública

A ação brasileira ao surto do novo coronavírus teve início imediato: desde o dia 31 de dezembro de 2019, quando o governo da China alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, o Laboratório do IOC também entrou em alerta.

Em 9 de janeiro de 2020, a China informou que um novo coronavírus (2019-nCoV) havia sido detectado como agente causador de parte dos casos de pneumonia. No dia seguinte, a primeira sequência do genoma do novo coronavírus foi disponibilizada ao público em bancos de dados internacionais, incluindo o GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data).

Com base nessas informações, o Laboratório estabeleceu protocolos para o sequenciamento genético do novo vírus. A ação, que antecipou o atual cenário de análise de amostras suspeitas, ocorreu ainda quando a circulação do vírus estava restrita ao país asiático.

À frente do diagnóstico laboratorial de casos suspeitos no Brasil, a equipe realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de países do Cone Sul sob representação da OPAS.

A equipe do Laboratório realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de países do Cone Sul sob representação da OPAS. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

Larga experiência em virologia

Criado há mais de 60 anos, o Laboratório acumula reconhecimento de âmbito nacional e internacional. Chefiada pela pesquisadora Marilda Agudo Mendonça Teixeira de Siqueira e tendo o pesquisador Fernando do Couto Motta como chefe substituto, a equipe atua no desenvolvimento de métodos avançados de diagnóstico, na análise filogenética de vírus e na pesquisa e avaliação de vacinas.

O Laboratório atua diretamente com o Ministério da Saúde, em articulação com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/MS) e o Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT/SVS/MS).

O Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC/Fiocruz é referência nacional para o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), influenza, sarampo e rubéola
Por: 
lucas

Em Manguinhos, no Rio de Janeiro, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriga um dos mais modernos polos de pesquisa em virologia da América Latina, com 11 laboratórios de pesquisa dedicados a estudos em gripe, rubéola, diarreias virais, hepatites, poliomielite, arboviroses, arenavírus e outras doenças de grande importância para a saúde pública.

Equipe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

Um desses espaços é o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, referência em nível nacional para o diagnóstico de vírus respiratórios. O Laboratório atuou na linha frente no diagnóstico laboratorial durante os surtos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, e de Influenza A (H1N1), em 2009, além de ter integrado os esforços para o esclarecimento de casos suspeitos de ebola, em 2015. Atualmente, está diretamente envolvido na resposta brasileira ao novo coronavírus (2019-nCoV).

Entre virologistas, biólogos, farmacêuticos e microbiologistas, cerca de oito especialistas em biologia molecular de vírus respiratórios compõem a equipe responsável pelas análises de casos suspeitos do novo vírus. A capacidade de processamento é de cerca de 50 amostras por dia, com possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.

É adotada a técnica utilizada de RT-PCR em tempo real, considerada padrão ouro para a detecção do genoma viral, no caso do novo coronavírus. O prazo para a conclusão do exame pode variar de 48h a 72h. Para a realização dessa etapa, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) repassou ao Laboratório insumos específicos para o diagnóstico por RT-PCR em tempo real, capaz de detectar o genoma viral da amostra.

Outra etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vírus que circulam em outras partes do mundo, evidenciando, por exemplo, se os microrganismos que venham a ser detectados no Brasil possuem indicativos de variação em relação aos vírus que estão em circulação em outras localidades.

Etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vírus que circulam em outras partes do mundo. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

Rápida resposta diante de uma emergência em saúde pública

A ação brasileira ao surto do novo coronavírus teve início imediato: desde o dia 31 de dezembro de 2019, quando o governo da China alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, o Laboratório do IOC também entrou em alerta.

Em 9 de janeiro de 2020, a China informou que um novo coronavírus (2019-nCoV) havia sido detectado como agente causador de parte dos casos de pneumonia. No dia seguinte, a primeira sequência do genoma do novo coronavírus foi disponibilizada ao público em bancos de dados internacionais, incluindo o GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data).

Com base nessas informações, o Laboratório estabeleceu protocolos para o sequenciamento genético do novo vírus. A ação, que antecipou o atual cenário de análise de amostras suspeitas, ocorreu ainda quando a circulação do vírus estava restrita ao país asiático.

À frente do diagnóstico laboratorial de casos suspeitos no Brasil, a equipe realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de países do Cone Sul sob representação da OPAS.

A equipe do Laboratório realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de países do Cone Sul sob representação da OPAS. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

Larga experiência em virologia

Criado há mais de 60 anos, o Laboratório acumula reconhecimento de âmbito nacional e internacional. Chefiada pela pesquisadora Marilda Agudo Mendonça Teixeira de Siqueira e tendo o pesquisador Fernando do Couto Motta como chefe substituto, a equipe atua no desenvolvimento de métodos avançados de diagnóstico, na análise filogenética de vírus e na pesquisa e avaliação de vacinas.

O Laboratório atua diretamente com o Ministério da Saúde, em articulação com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/MS) e o Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT/SVS/MS).

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Tags: