Em Manguinhos, no Rio de Janeiro, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriga um dos mais modernos polos de pesquisa em virologia da América Latina, com 11 laboratórios de pesquisa dedicados a estudos em gripe, rubéola, diarreias virais, hepatites, poliomielite, arboviroses, arenavÃrus e outras doenças de grande importância para a saúde pública.
Equipe do Laboratório de VÃrus Respiratórios e do Sarampo do IOC. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)Um desses espaços é o Laboratório de VÃrus Respiratórios e do Sarampo, referência em nÃvel nacional para o diagnóstico de vÃrus respiratórios. O Laboratório atuou na linha frente no diagnóstico laboratorial durante os surtos de SÃndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, e de Influenza A (H1N1), em 2009, além de ter integrado os esforços para o esclarecimento de casos suspeitos de ebola, em 2015. Atualmente, está diretamente envolvido na resposta brasileira ao novo coronavÃrus (2019-nCoV).
Entre virologistas, biólogos, farmacêuticos e microbiologistas, cerca de oito especialistas em biologia molecular de vÃrus respiratórios compõem a equipe responsável pelas análises de casos suspeitos do novo vÃrus. A capacidade de processamento é de cerca de 50 amostras por dia, com possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.
É adotada a técnica utilizada de RT-PCR em tempo real, considerada padrão ouro para a detecção do genoma viral, no caso do novo coronavÃrus. O prazo para a conclusão do exame pode variar de 48h a 72h. Para a realização dessa etapa, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) repassou ao Laboratório insumos especÃficos para o diagnóstico por RT-PCR em tempo real, capaz de detectar o genoma viral da amostra.
Outra etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vÃrus que circulam em outras partes do mundo, evidenciando, por exemplo, se os microrganismos que venham a ser detectados no Brasil possuem indicativos de variação em relação aos vÃrus que estão em circulação em outras localidades.
Etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vÃrus que circulam em outras partes do mundo. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)A ação brasileira ao surto do novo coronavÃrus teve inÃcio imediato: desde o dia 31 de dezembro de 2019, quando o governo da China alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, o Laboratório do IOC também entrou em alerta.
Em 9 de janeiro de 2020, a China informou que um novo coronavÃrus (2019-nCoV) havia sido detectado como agente causador de parte dos casos de pneumonia. No dia seguinte, a primeira sequência do genoma do novo coronavÃrus foi disponibilizada ao público em bancos de dados internacionais, incluindo o GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data).
Com base nessas informações, o Laboratório estabeleceu protocolos para o sequenciamento genético do novo vÃrus. A ação, que antecipou o atual cenário de análise de amostras suspeitas, ocorreu ainda quando a circulação do vÃrus estava restrita ao paÃs asiático.
À frente do diagnóstico laboratorial de casos suspeitos no Brasil, a equipe realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de paÃses do Cone Sul sob representação da OPAS.
A equipe do Laboratório realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de paÃses do Cone Sul sob representação da OPAS. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)Criado há mais de 60 anos, o Laboratório acumula reconhecimento de âmbito nacional e internacional. Chefiada pela pesquisadora Marilda Agudo Mendonça Teixeira de Siqueira e tendo o pesquisador Fernando do Couto Motta como chefe substituto, a equipe atua no desenvolvimento de métodos avançados de diagnóstico, na análise filogenética de vÃrus e na pesquisa e avaliação de vacinas.
O Laboratório atua diretamente com o Ministério da Saúde, em articulação com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/MS) e o Departamento de Vigilância das Doenças TransmissÃveis (DEVIT/SVS/MS).
Em Manguinhos, no Rio de Janeiro, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriga um dos mais modernos polos de pesquisa em virologia da América Latina, com 11 laboratórios de pesquisa dedicados a estudos em gripe, rubéola, diarreias virais, hepatites, poliomielite, arboviroses, arenavÃrus e outras doenças de grande importância para a saúde pública.
Equipe do Laboratório de VÃrus Respiratórios e do Sarampo do IOC. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)Um desses espaços é o Laboratório de VÃrus Respiratórios e do Sarampo, referência em nÃvel nacional para o diagnóstico de vÃrus respiratórios. O Laboratório atuou na linha frente no diagnóstico laboratorial durante os surtos de SÃndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, e de Influenza A (H1N1), em 2009, além de ter integrado os esforços para o esclarecimento de casos suspeitos de ebola, em 2015. Atualmente, está diretamente envolvido na resposta brasileira ao novo coronavÃrus (2019-nCoV).
Entre virologistas, biólogos, farmacêuticos e microbiologistas, cerca de oito especialistas em biologia molecular de vÃrus respiratórios compõem a equipe responsável pelas análises de casos suspeitos do novo vÃrus. A capacidade de processamento é de cerca de 50 amostras por dia, com possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.
É adotada a técnica utilizada de RT-PCR em tempo real, considerada padrão ouro para a detecção do genoma viral, no caso do novo coronavÃrus. O prazo para a conclusão do exame pode variar de 48h a 72h. Para a realização dessa etapa, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) repassou ao Laboratório insumos especÃficos para o diagnóstico por RT-PCR em tempo real, capaz de detectar o genoma viral da amostra.
Outra etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vÃrus que circulam em outras partes do mundo, evidenciando, por exemplo, se os microrganismos que venham a ser detectados no Brasil possuem indicativos de variação em relação aos vÃrus que estão em circulação em outras localidades.
Etapa importante das análises inclui o sequenciamento parcial ou total do genoma viral, em caso de uma amostra positiva. A técnica permite a comparação genética com vÃrus que circulam em outras partes do mundo. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)A ação brasileira ao surto do novo coronavÃrus teve inÃcio imediato: desde o dia 31 de dezembro de 2019, quando o governo da China alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, o Laboratório do IOC também entrou em alerta.
Em 9 de janeiro de 2020, a China informou que um novo coronavÃrus (2019-nCoV) havia sido detectado como agente causador de parte dos casos de pneumonia. No dia seguinte, a primeira sequência do genoma do novo coronavÃrus foi disponibilizada ao público em bancos de dados internacionais, incluindo o GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data).
Com base nessas informações, o Laboratório estabeleceu protocolos para o sequenciamento genético do novo vÃrus. A ação, que antecipou o atual cenário de análise de amostras suspeitas, ocorreu ainda quando a circulação do vÃrus estava restrita ao paÃs asiático.
À frente do diagnóstico laboratorial de casos suspeitos no Brasil, a equipe realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de paÃses do Cone Sul sob representação da OPAS.
A equipe do Laboratório realizou a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para o diagnóstico laboratorial do patógeno. Nos dias 06 e 07 de fevereiro, realizou o treinamento de equipes técnicas de paÃses do Cone Sul sob representação da OPAS. Foto: Josué Damacena (IOC/Fiocruz)Criado há mais de 60 anos, o Laboratório acumula reconhecimento de âmbito nacional e internacional. Chefiada pela pesquisadora Marilda Agudo Mendonça Teixeira de Siqueira e tendo o pesquisador Fernando do Couto Motta como chefe substituto, a equipe atua no desenvolvimento de métodos avançados de diagnóstico, na análise filogenética de vÃrus e na pesquisa e avaliação de vacinas.
O Laboratório atua diretamente com o Ministério da Saúde, em articulação com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/MS) e o Departamento de Vigilância das Doenças TransmissÃveis (DEVIT/SVS/MS).
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)