Excesso de informações, produção científica acelerada, circulação de notícias falsas, posicionamentos divergentes de autoridades e ataques a pesquisadores e jornalistas. Os desafios enfrentados por jornalistas de ciência e saúde durante a pandemia de Covid-19 foram discutidos na sessão do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no dia 18 de agosto. Com o tema ‘Jornalismo científico, Covid-19, negacionismo e democracia’, o evento reuniu profissionais da imprensa e pesquisadores da comunicação pública da ciência. A atividade, que foi transmitida pelo canal do IOC no Youtube, homenageou o jornalista Maurício Tuffani, que faleceu no dia 31 de maio, aos 63 anos.
Na abertura da sessão, o pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador do Núcleo de Estudos, Renato Cordeiro, lembrou as vítimas da Covid-19 no Brasil e no mundo e destacou a importância do jornalismo científico na luta contra a doença. “Foram grandes os desafios dos jornalistas científicos decodificando a ciência para a população, em meio ao ritmo alucinante da publicação de artigos, da presença de revistas predatórias e de estudos sem embasamento adequado. Além disso, acompanhando e escrevendo sobre o movimento anticiência, os impactos sociais da pandemia, a produção acelerada das vacinas e tantos outros temas. O trabalho desses profissionais é muito importante para consolidar as instituições e os valores democracia”, ressaltou o pesquisador.
“Através da divulgação científica e da oferta de informação séria para a população, o papel de vocês é uma das bases para a democracia”, salientou ainda a vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC e coordenadora do Núcleo de Estudos, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, dirigindo-se aos participantes do debate.
O painel reuniu a diretora do jornal ‘El País’ no Brasil, Carla Jimenez; o repórter especial do ‘Jornal da USP’ e colaborador da revista ‘Science’, Herton Escobar; a repórter do jornal ‘O Estado de São Paulo’ e mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP), Fabiana Cambricoli; o colunista do jornal ‘Folha de São Paulo’, Marcelo Leite; a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), coordenadora do portal ‘SciDev.Net’ para América Latina e Caribe e coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública em Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), Luisa Massarani; e o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenador do curso de especialização em Comunicação Pública da Ciência e integrante do INCT-CPCT , Yuri Castelfranchi.
Confira a íntegra do evento:
O debate realizado após a sessão contou com a participação do pesquisador do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental e ex-diretor do IOC, Jose Paulo Gagliardi Leite; do pesquisador do Laboratório do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC, Luís Cláudio Muniz Pereira; do pesquisador e ex-diretor do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz-PR), Samuel Goldenberg; do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Aldo José Zarbin; e do professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luiz Carlos Dias.
Considerado uma referência do jornalismo científico e ambiental, Mauricio Tuffani atuou em jornais e revistas como Folha de São Paulo, Estadão, Scientific American Brasil e Galileu. Quando faleceu, era editor-chefe do Jornal da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do portal ‘Direto da Ciência’, criado por ele em 2016. Em 2017, ele foi um dos palestrantes da sessão que marcou a retomada do Núcleo de Estudos do IOC após cerca de 15 anos, participando do debate sobre o tema ‘Ética e assédio na ciência e boas práticas na pesquisa’.
A homenagem ao profissional contou com depoimentos de cientistas e jornalistas. “Uma grande homenagem a ele seria que todos nós, nas mais variadas áreas da ciência, pensássemos na comunicação que podemos fazer para melhorar a vida da população”, sugeriu o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine. “Além de respeitado e querido, Tuffani era aguerrido e batalhador. É uma pena que ele não esteja mais conosco nesse momento em que o jornalismo científico e o mundo precisam tanto dele”, lamentou o jornalista científico, Herton Escobar. “Tuffani deixou um legado grande ao formar gerações de jornalistas. Quem bebeu nessa fonte, tem a missão de continuar com esse trabalho”, acrescentou a jornalista de ciência e meio ambiente, Giovana Girardi.
Excesso de informações, produção científica acelerada, circulação de notícias falsas, posicionamentos divergentes de autoridades e ataques a pesquisadores e jornalistas. Os desafios enfrentados por jornalistas de ciência e saúde durante a pandemia de Covid-19 foram discutidos na sessão do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no dia 18 de agosto. Com o tema ‘Jornalismo científico, Covid-19, negacionismo e democracia’, o evento reuniu profissionais da imprensa e pesquisadores da comunicação pública da ciência. A atividade, que foi transmitida pelo canal do IOC no Youtube, homenageou o jornalista Maurício Tuffani, que faleceu no dia 31 de maio, aos 63 anos.
Na abertura da sessão, o pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador do Núcleo de Estudos, Renato Cordeiro, lembrou as vítimas da Covid-19 no Brasil e no mundo e destacou a importância do jornalismo científico na luta contra a doença. “Foram grandes os desafios dos jornalistas científicos decodificando a ciência para a população, em meio ao ritmo alucinante da publicação de artigos, da presença de revistas predatórias e de estudos sem embasamento adequado. Além disso, acompanhando e escrevendo sobre o movimento anticiência, os impactos sociais da pandemia, a produção acelerada das vacinas e tantos outros temas. O trabalho desses profissionais é muito importante para consolidar as instituições e os valores democracia”, ressaltou o pesquisador.
“Através da divulgação científica e da oferta de informação séria para a população, o papel de vocês é uma das bases para a democracia”, salientou ainda a vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC e coordenadora do Núcleo de Estudos, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, dirigindo-se aos participantes do debate.
O painel reuniu a diretora do jornal ‘El País’ no Brasil, Carla Jimenez; o repórter especial do ‘Jornal da USP’ e colaborador da revista ‘Science’, Herton Escobar; a repórter do jornal ‘O Estado de São Paulo’ e mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP), Fabiana Cambricoli; o colunista do jornal ‘Folha de São Paulo’, Marcelo Leite; a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), coordenadora do portal ‘SciDev.Net’ para América Latina e Caribe e coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública em Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), Luisa Massarani; e o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenador do curso de especialização em Comunicação Pública da Ciência e integrante do INCT-CPCT , Yuri Castelfranchi.
Confira a íntegra do evento:
O debate realizado após a sessão contou com a participação do pesquisador do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental e ex-diretor do IOC, Jose Paulo Gagliardi Leite; do pesquisador do Laboratório do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC, Luís Cláudio Muniz Pereira; do pesquisador e ex-diretor do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz-PR), Samuel Goldenberg; do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Aldo José Zarbin; e do professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luiz Carlos Dias.
Considerado uma referência do jornalismo científico e ambiental, Mauricio Tuffani atuou em jornais e revistas como Folha de São Paulo, Estadão, Scientific American Brasil e Galileu. Quando faleceu, era editor-chefe do Jornal da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do portal ‘Direto da Ciência’, criado por ele em 2016. Em 2017, ele foi um dos palestrantes da sessão que marcou a retomada do Núcleo de Estudos do IOC após cerca de 15 anos, participando do debate sobre o tema ‘Ética e assédio na ciência e boas práticas na pesquisa’.
A homenagem ao profissional contou com depoimentos de cientistas e jornalistas. “Uma grande homenagem a ele seria que todos nós, nas mais variadas áreas da ciência, pensássemos na comunicação que podemos fazer para melhorar a vida da população”, sugeriu o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine. “Além de respeitado e querido, Tuffani era aguerrido e batalhador. É uma pena que ele não esteja mais conosco nesse momento em que o jornalismo científico e o mundo precisam tanto dele”, lamentou o jornalista científico, Herton Escobar. “Tuffani deixou um legado grande ao formar gerações de jornalistas. Quem bebeu nessa fonte, tem a missão de continuar com esse trabalho”, acrescentou a jornalista de ciência e meio ambiente, Giovana Girardi.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)