A primeira turma do curso de Mestrado em Ciências da Saúde realizado pela Fiocruz em Moçambique posa para a foto histórica junto com Tania Araújo-Jorge, Maria do Carmo Leal (primeira fila à esquerda) e Wilson Savino (primeiro à direita), representantes da Fundação na aula inaugural
Parceria e cooperação são os termos que melhor definem essa nova experiência de ensino da Fiocruz. Parceria, por decisão de Governo, como lembrou Maria do Carmo em seu discurso na cerimônia de abertura: apoiar a África de língua portuguesa é uma decisão do governo Lula, que associa inclusive auto-estima nos próprios cidadãos brasileiros, já que somos, em grande parte, também originários da África. Cooperação por ação institucional da Fiocruz, pois com a decisão de governo tomada inscrevemos como meta do Plano Quadrienal nas Ações de Ensino a extensão do Mestrado e Doutorado da Fiocruz para alunos africanos.
"É preciso sonhar. Pessoas e países só avançam se forem capazes de sonhar. E hoje estamos aqui concretizando um desses sonhos, que foram sonhados por países e pessoas: o curso de Mestrado
A primeira turma do curso de Mestrado em Ciências da Saúde realizado pela Fiocruz em Moçambique posa para a foto histórica junto com Tania Araújo-Jorge, Maria do Carmo Leal (primeira fila à esquerda) e Wilson Savino (primeiro à direita), representantes da Fundação na aula inaugural
Parceria e cooperação são os termos que melhor definem essa nova experiência de ensino da Fiocruz. Parceria, por decisão de Governo, como lembrou Maria do Carmo em seu discurso na cerimônia de abertura: apoiar a África de língua portuguesa é uma decisão do governo Lula, que associa inclusive auto-estima nos próprios cidadãos brasileiros, já que somos, em grande parte, também originários da África. Cooperação por ação institucional da Fiocruz, pois com a decisão de governo tomada inscrevemos como meta do Plano Quadrienal nas Ações de Ensino a extensão do Mestrado e Doutorado da Fiocruz para alunos africanos.
Qual o significado dessa iniciativa para a África? Para Moçambique? Para a Fiocruz? Para o IOC? A emoção da cerimônia de inauguração do curso nos permite apenas imaginar que será enorme, e que ainda não temos a dimensão completa do seu alcance. Aqueles amigos moçambicanos estão depositando confiança em nossa capacidade de cooperar ativamente na formação de quadros de qualidade para o sistema de saúde de Moçambique, formar pesquisadores que serão a base de Laboratórios de Referência Nacional e Continental de Saúde Pública, que possam vir a atuar nos problemas de saúde locais e serem formadores de qualidade de mais quadros de qualidade. Não é e nem será pouco trabalho. E a julgar pelo enorme entusiasmo de todos no evento de abertura do curso, já podemos apostar que teremos sucesso na empreitada. Desde que chegamos à África, no último domingo, todos os dias celebramos as conquistas que começaram a se acumular. E tudo correu super bem nos primeiros cinco dias, com as aulas dadas tanto por nós três, os brasileiros que tiveram o privilégio de participar desse momento histórico, como por Gerito, nosso colega moçambicano que é o responsável pelo primeiro módulo do programa curricular. Lavamos a alma, e regressamos muito contentes. Todos os que estão engajados no curso, no Brasil e em Moçambique estão de parabéns pela ousadia, pela coragem e pela determinação em fazer desta uma experiência de grande sucesso.
Rio de Janeiro, 6 de abril de 2008
Tania Araújo-Jorge, Maria do Carmo Leal e Wilson Savino
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)