Teve início na última quarta-feira, 26 de outubro, o Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro. A formação é uma parceria entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (SMAC) – antes batizada de Secretaria de Meio Ambiente da Cidade.
A iniciativa tem como objetivo capacitar agentes comunitários do Centro de Educação Ambiental do município para o desenvolvimento de ações acerca de temas da saúde pública, meio ambiente e emergências climáticas em áreas de vulnerabilidade social.
Realizada no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, a aula inaugural apresentou o cronograma do Curso e aproximou os agentes dos pesquisadores do Instituto e de representantes da Prefeitura.
Estiveram presente o Subsecretário de Ambiente e Clima, Lucas Wosgrau Padilha; o Gerente de Mudanças Climáticas, José Miguel Pacheco; o Subsecretário de Biodiversidade e Clima, Douglas Moraes; e a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa.
Do IOC, participaram as pesquisadoras Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa e Martha Macedo de Lima Barata, que coordenam a iniciativa; além dos vice-diretores da unidade, Elmo Eduardo de Almeida Amaral e Ademir Martins Junior.
Também participou do encontro Eduardo Varella Avilla, diretor executivo do projeto Revolusolar, que promove o desenvolvimento sustentável de comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro através da energia solar.
O Curso de Qualificação Profissional é um dos desdobramentos do projeto “Ensino, Pesquisa e Extensão nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática no Município do Rio de Janeiro”, convênio assinado em 28 de março entre o IOC e a Prefeitura do Rio, que contempla ainda o assessoramento da SMAC pelo IOC em análises de problemas ambientais associados ao clima e a realização de pesquisas sobre qualidade e educação ambiental em territórios selecionados.
O encontro teve início com a entrega do primeiro relatório elaborado pelo convênio ao Subsecretário de Biodiversidade e Clima do RJ, Douglas Moraes. O documento reúne informações sobre meio ambiente e clima coletadas pelos agentes comunitários em suas respectivas regiões de atuação, avaliadas por pesquisadores do IOC.
“Estamos fazendo história ao apresentar a primeira meta cumprida desse convênio inédito no Rio de Janeiro enquanto, ao mesmo tempo, iniciamos a segunda etapa com a realização do Curso para os agentes”, afirmou Clelia Christina, pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do Instituto.
A coordenadora da iniciativa lembrou que, juntamente com a qualificação dos profissionais, o Curso prevê o desenvolvimento de atividades de extensão e a construção conjunta de materiais educativos sobre meio ambiente e clima que levem em consideração as características singulares dos locais de atuação dos agentes (que incluem o Complexo do Alemão, Vila Kennedy, Salgueiro e Rocinha).
A integração entre pesquisa acadêmica, apoio governamental e ações da sociedade civil foi levantada pela também coordenadora do Curso, Martha Barata. De acordo com a pesquisadora, essa relação é um ponto fundamental da sustentabilidade trabalhada como tema central na capacitação.
“Iremos trabalhar com vocês o que conhecemos para que possam levar esses conhecimentos para os diferentes territórios e aplicá-los com as soluções práticas que vocês conhecem”, pontuou.
A união entre diferentes esferas foi realçada por Douglas Moraes, que participou da aula inaugural representando o Secretário Nilton Caldeira, da mesma pasta.
“Entendemos que não há melhoria nas questões climáticas sem a participação da sociedade civil e da academia nas ações do serviço público. Nós da SMAC somos indutores desse processo, que só acontece com a participação efetiva de todos”, afirmou o Subsecretário.
A interação entre os agentes comunitários e a Fiocruz e também foi tema da fala de Lucas Wosgrau Padilha. O Subsecretário de Ambiente e Clima do Rio mencionou a importância da Fundação no cenário nacional e mundial, além da responsabilidade social que a instituição carrega ao longo da sua história.
“A partir deste Curso, vamos ter a oportunidade de levar a ciência da Fiocruz para as comunidades e, também, a ciência das comunidades para a Fiocruz. E a Prefeitura do Rio acompanha esse compromisso”, garantiu.
Para o vice-diretor de Educação, Comunicação e Informação do IOC, Ademir Martins Junior, é importante que os agentes desfrutem do período que estiverem na Fiocruz e repassem os conhecimentos adquiridos adiante.
“Vocês são vistos como propagadores de informação de confiança e de qualidade. Aproveitam ao máximo essa oportunidade e se fortaleçam em termos de informação”, comentou o pesquisador.
A necessidade da educação ambiental foi acentuada pelo vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Elmo Amaral. O pesquisador reconheceu que a sociedade tem avançado em questões ambientais e climáticas, mas que ainda há um longo trajeto pela frente.
“As mudanças climáticas são nítidas. A Organização Mundial da Saúde já apontou que essa situação ameaça nossa segurança alimentar, além de ser uma das maiores ameaças à saúde humana, favorecendo a disseminação de doenças transmitidas por alimentos, águas e vetores”, frisou.
José Miguel Pacheco, gerente de Mudanças Climáticas da SMAC, apontou o pioneirismo do convênio assinado entre a Prefeitura do Rio e o IOC e apresentou também algumas das ações da Secretaria para transformar a cidade em uma região mais sustentável e compromissada com as questões ambientais.
Entre elas, o marco legal das mudanças climáticas do Rio de Janeiro, que tem ações como a redução de gases de efeito estufa, o fórum de governança climática e o plano de desenvolvimento sustentável.
“Quando começamos a olhar para o inventário de emissões de gases de efeito estufa e alguns outros dados, começamos a entender que temos mais soluções nas nossas mãos do que imaginávamos. E essas ações são muito simples: basta firmar uma parceria, um projeto, ou organizar um setor, para que benefícios em larga escala sejam oferecidos para a sociedade”, afirmou.
Para discorrer sobre projetos sustentáveis desenvolvidos no Rio de Janeiro, participou também o diretor executivo da associação sem fins lucrativos Revolusolar, Eduardo Varella Avilla.
Apoiada pela Prefeitura do Rio, a organização não governamental utiliza a energia solar como forma de transformação social em comunidades de baixa renda da capital fluminense.
“A energia solar é a que mais gera empregos entre as fontes de energia, e empregos locais”, explicou Eduardo enquanto apresentava os benefícios causados pela instalação de painéis de energia solar em comunidades vulneráveis socialmente como Babilônia e Chapéu Mangueira.
A sessão de palestras foi encerrada com a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática do RJ, Marcia Costa, que apresentou mais detalhadamente o Programa Comunitário de Educação Ambiental e Ação Climática – que viabiliza as ações dos agentes ambientais.
“É uma construção conjunta, realizada lado a lado. É um prazer trabalhar com todos esses quase 90 agentes que ficam espalhados por todo o Rio de Janeiro”, afirmou.
Marcia destacou a importância de ter profissionais que conheçam as necessidades dos territórios para que haja uma educação ambiental mais direcionada e consciente das questões locais.
“Nas comunidades é preciso levar educação ambiental com um olhar diferenciado. Sabemos que as pessoas dessas regiões possuem outras urgências, além do meio ambiente: há casas sem saneamento básico, ou água potável; outras não tem o que comer. É muito complexo trabalhar educação ambiental nessas diferentes realidades”, destacou.
O Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro acontece entre 26 de outubro e 30 de janeiro, no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz. Em encontros semanais, agentes ambientais e de reflorestamento recebem orientações sobre temas em ambiente e clima.
Estão entre as disciplinas: noções de ecologia, desmatamento, aquecimento global, ilhas de calor, poluição atmosférica, saneamento ecológico, segurança alimentar e educação ambiental climática.
Dentro desse último, serão trabalhados conceitos, características, ações práticas, além de estratégias pedagógicas para implementação da educação ambiental e climática em diferentes territórios.
As aulas terão diferentes formatos: problematização, dialógicas, lúdicas, aulas de campo, entre outros.
No final do curso, os agentes comunitários serão certificados para desempenharem as atividades junto à população, orientando a sociedade sobre os impactos das mudanças climáticas e a importância de substituir hábitos prejudiciais ao meio ambiente.
Ao todo, 89 agentes ambientais da secretaria participam da capacitação.
Teve início na última quarta-feira, 26 de outubro, o Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro. A formação é uma parceria entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (SMAC) – antes batizada de Secretaria de Meio Ambiente da Cidade.
A iniciativa tem como objetivo capacitar agentes comunitários do Centro de Educação Ambiental do município para o desenvolvimento de ações acerca de temas da saúde pública, meio ambiente e emergências climáticas em áreas de vulnerabilidade social.
Realizada no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, a aula inaugural apresentou o cronograma do Curso e aproximou os agentes dos pesquisadores do Instituto e de representantes da Prefeitura.
Estiveram presente o Subsecretário de Ambiente e Clima, Lucas Wosgrau Padilha; o Gerente de Mudanças Climáticas, José Miguel Pacheco; o Subsecretário de Biodiversidade e Clima, Douglas Moraes; e a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa.
Do IOC, participaram as pesquisadoras Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa e Martha Macedo de Lima Barata, que coordenam a iniciativa; além dos vice-diretores da unidade, Elmo Eduardo de Almeida Amaral e Ademir Martins Junior.
Também participou do encontro Eduardo Varella Avilla, diretor executivo do projeto Revolusolar, que promove o desenvolvimento sustentável de comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro através da energia solar.
O Curso de Qualificação Profissional é um dos desdobramentos do projeto “Ensino, Pesquisa e Extensão nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática no Município do Rio de Janeiro”, convênio assinado em 28 de março entre o IOC e a Prefeitura do Rio, que contempla ainda o assessoramento da SMAC pelo IOC em análises de problemas ambientais associados ao clima e a realização de pesquisas sobre qualidade e educação ambiental em territórios selecionados.
O encontro teve início com a entrega do primeiro relatório elaborado pelo convênio ao Subsecretário de Biodiversidade e Clima do RJ, Douglas Moraes. O documento reúne informações sobre meio ambiente e clima coletadas pelos agentes comunitários em suas respectivas regiões de atuação, avaliadas por pesquisadores do IOC.
“Estamos fazendo história ao apresentar a primeira meta cumprida desse convênio inédito no Rio de Janeiro enquanto, ao mesmo tempo, iniciamos a segunda etapa com a realização do Curso para os agentes”, afirmou Clelia Christina, pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do Instituto.
A coordenadora da iniciativa lembrou que, juntamente com a qualificação dos profissionais, o Curso prevê o desenvolvimento de atividades de extensão e a construção conjunta de materiais educativos sobre meio ambiente e clima que levem em consideração as características singulares dos locais de atuação dos agentes (que incluem o Complexo do Alemão, Vila Kennedy, Salgueiro e Rocinha).
A integração entre pesquisa acadêmica, apoio governamental e ações da sociedade civil foi levantada pela também coordenadora do Curso, Martha Barata. De acordo com a pesquisadora, essa relação é um ponto fundamental da sustentabilidade trabalhada como tema central na capacitação.
“Iremos trabalhar com vocês o que conhecemos para que possam levar esses conhecimentos para os diferentes territórios e aplicá-los com as soluções práticas que vocês conhecem”, pontuou.
A união entre diferentes esferas foi realçada por Douglas Moraes, que participou da aula inaugural representando o Secretário Nilton Caldeira, da mesma pasta.
“Entendemos que não há melhoria nas questões climáticas sem a participação da sociedade civil e da academia nas ações do serviço público. Nós da SMAC somos indutores desse processo, que só acontece com a participação efetiva de todos”, afirmou o Subsecretário.
A interação entre os agentes comunitários e a Fiocruz e também foi tema da fala de Lucas Wosgrau Padilha. O Subsecretário de Ambiente e Clima do Rio mencionou a importância da Fundação no cenário nacional e mundial, além da responsabilidade social que a instituição carrega ao longo da sua história.
“A partir deste Curso, vamos ter a oportunidade de levar a ciência da Fiocruz para as comunidades e, também, a ciência das comunidades para a Fiocruz. E a Prefeitura do Rio acompanha esse compromisso”, garantiu.
Para o vice-diretor de Educação, Comunicação e Informação do IOC, Ademir Martins Junior, é importante que os agentes desfrutem do período que estiverem na Fiocruz e repassem os conhecimentos adquiridos adiante.
“Vocês são vistos como propagadores de informação de confiança e de qualidade. Aproveitam ao máximo essa oportunidade e se fortaleçam em termos de informação”, comentou o pesquisador.
A necessidade da educação ambiental foi acentuada pelo vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Elmo Amaral. O pesquisador reconheceu que a sociedade tem avançado em questões ambientais e climáticas, mas que ainda há um longo trajeto pela frente.
“As mudanças climáticas são nítidas. A Organização Mundial da Saúde já apontou que essa situação ameaça nossa segurança alimentar, além de ser uma das maiores ameaças à saúde humana, favorecendo a disseminação de doenças transmitidas por alimentos, águas e vetores”, frisou.
José Miguel Pacheco, gerente de Mudanças Climáticas da SMAC, apontou o pioneirismo do convênio assinado entre a Prefeitura do Rio e o IOC e apresentou também algumas das ações da Secretaria para transformar a cidade em uma região mais sustentável e compromissada com as questões ambientais.
Entre elas, o marco legal das mudanças climáticas do Rio de Janeiro, que tem ações como a redução de gases de efeito estufa, o fórum de governança climática e o plano de desenvolvimento sustentável.
“Quando começamos a olhar para o inventário de emissões de gases de efeito estufa e alguns outros dados, começamos a entender que temos mais soluções nas nossas mãos do que imaginávamos. E essas ações são muito simples: basta firmar uma parceria, um projeto, ou organizar um setor, para que benefícios em larga escala sejam oferecidos para a sociedade”, afirmou.
Para discorrer sobre projetos sustentáveis desenvolvidos no Rio de Janeiro, participou também o diretor executivo da associação sem fins lucrativos Revolusolar, Eduardo Varella Avilla.
Apoiada pela Prefeitura do Rio, a organização não governamental utiliza a energia solar como forma de transformação social em comunidades de baixa renda da capital fluminense.
“A energia solar é a que mais gera empregos entre as fontes de energia, e empregos locais”, explicou Eduardo enquanto apresentava os benefícios causados pela instalação de painéis de energia solar em comunidades vulneráveis socialmente como Babilônia e Chapéu Mangueira.
A sessão de palestras foi encerrada com a Gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática do RJ, Marcia Costa, que apresentou mais detalhadamente o Programa Comunitário de Educação Ambiental e Ação Climática – que viabiliza as ações dos agentes ambientais.
“É uma construção conjunta, realizada lado a lado. É um prazer trabalhar com todos esses quase 90 agentes que ficam espalhados por todo o Rio de Janeiro”, afirmou.
Marcia destacou a importância de ter profissionais que conheçam as necessidades dos territórios para que haja uma educação ambiental mais direcionada e consciente das questões locais.
“Nas comunidades é preciso levar educação ambiental com um olhar diferenciado. Sabemos que as pessoas dessas regiões possuem outras urgências, além do meio ambiente: há casas sem saneamento básico, ou água potável; outras não tem o que comer. É muito complexo trabalhar educação ambiental nessas diferentes realidades”, destacou.
O Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais do Rio de Janeiro acontece entre 26 de outubro e 30 de janeiro, no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz. Em encontros semanais, agentes ambientais e de reflorestamento recebem orientações sobre temas em ambiente e clima.
Estão entre as disciplinas: noções de ecologia, desmatamento, aquecimento global, ilhas de calor, poluição atmosférica, saneamento ecológico, segurança alimentar e educação ambiental climática.
Dentro desse último, serão trabalhados conceitos, características, ações práticas, além de estratégias pedagógicas para implementação da educação ambiental e climática em diferentes territórios.
As aulas terão diferentes formatos: problematização, dialógicas, lúdicas, aulas de campo, entre outros.
No final do curso, os agentes comunitários serão certificados para desempenharem as atividades junto à população, orientando a sociedade sobre os impactos das mudanças climáticas e a importância de substituir hábitos prejudiciais ao meio ambiente.
Ao todo, 89 agentes ambientais da secretaria participam da capacitação.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)