Arboviroses, malária, doenças de Chagas, leishmanioses, rickettsiose, febre Q, leptospirose e Covid-19. Estes foram alguns dos temas centrais de apresentações e palestras de dezenas de pesquisadores e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) durante o 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) – Medtrop 2022.
A edição foi realizada entre 13 e 16 de novembro, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, no Pará. Além das palestras, o IOC participou também com a exposição interativa “Expresso Chagas 21”. Estudos desenvolvidos por pós-graduandos do Instituto foram reconhecidos em premiações ao longo do evento.
Com a medicina tropical sendo uma das áreas de forte atuação do IOC, o Instituto teve uma presença expressiva na programação do Medtrop 2022. Pesquisadores de diferentes laboratórios fizeram parte de mesas de debates que aprofundaram e atualizaram conhecimentos em doenças infecciosas e parasitárias, que se mostram mais desafiadoras nas regiões dos trópicos.
O controle de mosquitos – que atuam como transmissores de arbovírus – esteve em foco nas palestras de Fernando Genta (chefe do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos), que abordou a digestão de açúcares como forma de controle desses insetos; e de Daniel Cardoso Portela Camara (do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários), com a apresentação do projeto Arboalvo, que identifica localidades em que o risco de transmissão de doenças pelo mosquito Aedes aegypti está acima do esperado.
O monitoramento de arbovírus na Amazônia Ocidental, por meio de vigilância genômica, foi tema da exposição de Felipe Naveca, pesquisador do IOC e do Instituto Leonidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia). Já Fernando Monteiro, chefe do Laboratório de Epidemiologia e Sistemática Molecular, discorreu sobre como estimar a capacidade de dispersão de vetores de doenças tropicais negligenciadas.
Os pesquisadores Ademir de Jesus Martins Jr., chefe substituto do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores, e Daniele Pereira de Castro, do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos, debateram sobre a resistência à inseticidas. Enquanto Ademir trouxe uma abordagem mais direcionada em anofelinos, Daniele focou no sistema imune do triatomíneo Rhodnius prolixus, principal vetor da doença de Chagas em alguns países da América Latina.
Na temática da doença de Chagas, Ângela Junqueira, do Laboratório de Doenças Parasitárias, apontou ações integradas para combater o agravo no Brasil; Otacílio da Cruz Moreira, do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas, apresentou o teste molecular NAT Chagas para a realização de diagnósticos; e Cleber Galvão, chefe do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos, abordou a vigilância de triatomíneos.
Na vigilância de artrópodes, Gilberto Gazeta, do Serviço de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, debateu sobre o monitoramento de carrapatos.
A leishmaniose foi outro tópico bastante debatido. O controle da doença foi tema da palestra de Yara Traub-Cseko, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores, que apresentou interações moleculares entre o parasito do gênero Leishmania e flebotomíneos – vetores da doença.
A presença de insetos capazes de transmitir a leishmaniose nas fronteiras do Brasil foi o mote da palestra de Reginaldo Brazil, do Laboratório de Leishmanioses. Já Alda Maria da Cruz, do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, discutiu estudos genômicos e a busca de novos medicamentos para o enfrentamento do agravo.
As aplicações de genômica em estudos de doenças infecciosas estiveram no centro do debate que teve a participação de Alberto D’ávila, chefe do Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas, Ana Paula Assef, chefe do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar, e Eduardo de Mello Volotão, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental.
A malária foi outro assunto de destaque na Medtrop 2022. Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária, traçou o histórico da doença no Brasil e Leonardo de Moura Carvalho, do mesmo laboratório, abordou o desenvolvimento clínico de anticorpos antimaláricos.
A pesquisadora Martha Mutis, do Laboratório de Doenças Parasitárias, aprofundou sobre os desafios para a modelagem de malária em fronteiras internacionais, além da genética do parasita Plasmodium falciparum.
Doenças não tão conhecidas popularmente, mas com significativa importância médica nas áreas tropicais foram salientadas pela chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, Elba Regina Sampaio de Lemos, que participou com palestras sobre febre Q, bartonelose humana e rickettsioses.
Os aspectos epidemiológicos e laboratoriais da equinococose neotropical no Brasil foram evidenciados por Rosangela Rodrigues e Silva, pesquisadora do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados.
Ilana Balassiano, chefe substituta do Laboratório de Zoonoses Bacterianas e curadora da Coleção de Leptospira, discorreu sobre o diagnóstico molecular da leptospirose humana. Já Simone Ladeia Andrade, do Laboratório de Doenças Parasitárias, abordou a experiência com vacinação pré-exposição de raiva no Amazonas.
O SARS-CoV-2 – em evidência devido à pandemia da Covid-19 – também foi um dos assuntos em destaque no Congresso. Debates sobre vigilância genômica nortearam as palestras dos pesquisadores Paola Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, e Luiz Alcantara e Marta Giovanetti, do Laboratório de Flavivírus.
Já Anna Cristina Carvalho, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos, atuou como moderadora de mesa-redonda sobre tuberculose pediátrica.
Os estudantes do IOC também ocuparam posição de notoriedade no Medtrop 2022, com trabalhos reconhecidos em diferentes categorias.
Renata Serrano Lopes, do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, conquistou o 3º lugar na categoria “Graduação”, do Prêmio Jovem Pesquisador, com o estudo “SARS-CoV-2 infection pos vaccine: clinical outcome and genomic features and intra host variants post vaccination”.
Com orientação da pesquisadora Paola Resende, o trabalho avaliou amostras de pacientes que contraíram o coronavírus após terem completado o esquema vacinal para a doença. Foram observados aspectos clínicos da Covid-19 nesses indivíduos, bem como as características genômicas dos vírus encontrados.
Renata Serrano Lopes, à esquerda, posa com certicado ao lado das outras vencedoras do Prêmio Jovem Pesquisador na categoria graduação. Foto: acervo pessoalNa premiação “Trabalhos Orais – Temas Livres”, entre os estudos do IOC que receberam menção honrosa estão:
:: Chagas Express XXI: a new social technology for health and science education, de Roberto Rodrigues Ferreira, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos
:: Acompanhamento de gestantes infectadas pelos vírus das hepatites B e C em um centro de referência no Rio de Janeiro, entre os 2016 e 2022”, de Vinicius Motta Mello, do Laboratório de Hepatites Virais
:: Alterações na matriz extracelular e na localização de esplenócitos no baço de camundongos infectados com Leishmania infantum são exacerbadas em animais previamente desnutridos, de Patrícia Azevedo Nascimento, do Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose
Os “vagões” do ‘Expresso Chagas XXI’ também marcaram presença no Medtrop 2022. O projeto interativo participou, por meio da iniciativa ChagasLeish 2022, de uma instalação no Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPPA) da Universidade do Estado do Pará, realizada nos dias 11 e 12 de novembro, antes da abertura oficial do Congresso.
Os painéis temáticos – que fazem alusão ao vagão que serviu de local de trabalho para Carlos Chagas entre 1907 e 1909 – abordam diferentes tópicos que vão desde descobertas sobre a doença de Chagas feitas em laboratório até as organizações que apoiam os portadores do agravo, cuidados em residências de áreas endêmicas e práticas integrativas complementares em saúde (arte, música, aromaterapia, entre outras).
Exposição participativa de ciência e arte põe em foco questões relacionadas à doença de Chagas. Foto: Medtrop 2022Ampliando perspectivas sobre os diferentes aspectos da doença de Chagas, o projeto é desenvolvido dentro do conceito de tecnologia social: técnicas e processos adaptáveis criados com o propósito de solucionar algum tipo de problema social, considerando fatores como simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social.
Anteriormente, entre os dias 3 e 5 do mesmo mês, o ‘Expresso Chagas XXI’ desembarcou na a cidade de Posse, em Goiás promovendo saúde à população com informações sobre prevenção e tratamento, além de oferecer oportunidade de diagnóstico gratuito.
Expresso Chagas XXI mobiliza população do município de Posse, Goiás. Foto: SES-GOArboviroses, malária, doenças de Chagas, leishmanioses, rickettsiose, febre Q, leptospirose e Covid-19. Estes foram alguns dos temas centrais de apresentações e palestras de dezenas de pesquisadores e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) durante o 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) – Medtrop 2022.
A edição foi realizada entre 13 e 16 de novembro, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, no Pará. Além das palestras, o IOC participou também com a exposição interativa “Expresso Chagas 21”. Estudos desenvolvidos por pós-graduandos do Instituto foram reconhecidos em premiações ao longo do evento.
Com a medicina tropical sendo uma das áreas de forte atuação do IOC, o Instituto teve uma presença expressiva na programação do Medtrop 2022. Pesquisadores de diferentes laboratórios fizeram parte de mesas de debates que aprofundaram e atualizaram conhecimentos em doenças infecciosas e parasitárias, que se mostram mais desafiadoras nas regiões dos trópicos.
O controle de mosquitos – que atuam como transmissores de arbovírus – esteve em foco nas palestras de Fernando Genta (chefe do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos), que abordou a digestão de açúcares como forma de controle desses insetos; e de Daniel Cardoso Portela Camara (do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários), com a apresentação do projeto Arboalvo, que identifica localidades em que o risco de transmissão de doenças pelo mosquito Aedes aegypti está acima do esperado.
O monitoramento de arbovírus na Amazônia Ocidental, por meio de vigilância genômica, foi tema da exposição de Felipe Naveca, pesquisador do IOC e do Instituto Leonidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia). Já Fernando Monteiro, chefe do Laboratório de Epidemiologia e Sistemática Molecular, discorreu sobre como estimar a capacidade de dispersão de vetores de doenças tropicais negligenciadas.
Os pesquisadores Ademir de Jesus Martins Jr., chefe substituto do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores, e Daniele Pereira de Castro, do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos, debateram sobre a resistência à inseticidas. Enquanto Ademir trouxe uma abordagem mais direcionada em anofelinos, Daniele focou no sistema imune do triatomíneo Rhodnius prolixus, principal vetor da doença de Chagas em alguns países da América Latina.
Na temática da doença de Chagas, Ângela Junqueira, do Laboratório de Doenças Parasitárias, apontou ações integradas para combater o agravo no Brasil; Otacílio da Cruz Moreira, do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas, apresentou o teste molecular NAT Chagas para a realização de diagnósticos; e Cleber Galvão, chefe do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos, abordou a vigilância de triatomíneos.
Na vigilância de artrópodes, Gilberto Gazeta, do Serviço de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, debateu sobre o monitoramento de carrapatos.
A leishmaniose foi outro tópico bastante debatido. O controle da doença foi tema da palestra de Yara Traub-Cseko, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores, que apresentou interações moleculares entre o parasito do gênero Leishmania e flebotomíneos – vetores da doença.
A presença de insetos capazes de transmitir a leishmaniose nas fronteiras do Brasil foi o mote da palestra de Reginaldo Brazil, do Laboratório de Leishmanioses. Já Alda Maria da Cruz, do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, discutiu estudos genômicos e a busca de novos medicamentos para o enfrentamento do agravo.
As aplicações de genômica em estudos de doenças infecciosas estiveram no centro do debate que teve a participação de Alberto D’ávila, chefe do Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas, Ana Paula Assef, chefe do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar, e Eduardo de Mello Volotão, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental.
A malária foi outro assunto de destaque na Medtrop 2022. Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária, traçou o histórico da doença no Brasil e Leonardo de Moura Carvalho, do mesmo laboratório, abordou o desenvolvimento clínico de anticorpos antimaláricos.
A pesquisadora Martha Mutis, do Laboratório de Doenças Parasitárias, aprofundou sobre os desafios para a modelagem de malária em fronteiras internacionais, além da genética do parasita Plasmodium falciparum.
Doenças não tão conhecidas popularmente, mas com significativa importância médica nas áreas tropicais foram salientadas pela chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, Elba Regina Sampaio de Lemos, que participou com palestras sobre febre Q, bartonelose humana e rickettsioses.
Os aspectos epidemiológicos e laboratoriais da equinococose neotropical no Brasil foram evidenciados por Rosangela Rodrigues e Silva, pesquisadora do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados.
Ilana Balassiano, chefe substituta do Laboratório de Zoonoses Bacterianas e curadora da Coleção de Leptospira, discorreu sobre o diagnóstico molecular da leptospirose humana. Já Simone Ladeia Andrade, do Laboratório de Doenças Parasitárias, abordou a experiência com vacinação pré-exposição de raiva no Amazonas.
O SARS-CoV-2 – em evidência devido à pandemia da Covid-19 – também foi um dos assuntos em destaque no Congresso. Debates sobre vigilância genômica nortearam as palestras dos pesquisadores Paola Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, e Luiz Alcantara e Marta Giovanetti, do Laboratório de Flavivírus.
Já Anna Cristina Carvalho, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos, atuou como moderadora de mesa-redonda sobre tuberculose pediátrica.
Os estudantes do IOC também ocuparam posição de notoriedade no Medtrop 2022, com trabalhos reconhecidos em diferentes categorias.
Renata Serrano Lopes, do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, conquistou o 3º lugar na categoria “Graduação”, do Prêmio Jovem Pesquisador, com o estudo “SARS-CoV-2 infection pos vaccine: clinical outcome and genomic features and intra host variants post vaccination”.
Com orientação da pesquisadora Paola Resende, o trabalho avaliou amostras de pacientes que contraíram o coronavírus após terem completado o esquema vacinal para a doença. Foram observados aspectos clínicos da Covid-19 nesses indivíduos, bem como as características genômicas dos vírus encontrados.
Renata Serrano Lopes, à esquerda, posa com certicado ao lado das outras vencedoras do Prêmio Jovem Pesquisador na categoria graduação. Foto: acervo pessoalNa premiação “Trabalhos Orais – Temas Livres”, entre os estudos do IOC que receberam menção honrosa estão:
:: Chagas Express XXI: a new social technology for health and science education, de Roberto Rodrigues Ferreira, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos
:: Acompanhamento de gestantes infectadas pelos vírus das hepatites B e C em um centro de referência no Rio de Janeiro, entre os 2016 e 2022”, de Vinicius Motta Mello, do Laboratório de Hepatites Virais
:: Alterações na matriz extracelular e na localização de esplenócitos no baço de camundongos infectados com Leishmania infantum são exacerbadas em animais previamente desnutridos, de Patrícia Azevedo Nascimento, do Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose
Os “vagões” do ‘Expresso Chagas XXI’ também marcaram presença no Medtrop 2022. O projeto interativo participou, por meio da iniciativa ChagasLeish 2022, de uma instalação no Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPPA) da Universidade do Estado do Pará, realizada nos dias 11 e 12 de novembro, antes da abertura oficial do Congresso.
Os painéis temáticos – que fazem alusão ao vagão que serviu de local de trabalho para Carlos Chagas entre 1907 e 1909 – abordam diferentes tópicos que vão desde descobertas sobre a doença de Chagas feitas em laboratório até as organizações que apoiam os portadores do agravo, cuidados em residências de áreas endêmicas e práticas integrativas complementares em saúde (arte, música, aromaterapia, entre outras).
Exposição participativa de ciência e arte põe em foco questões relacionadas à doença de Chagas. Foto: Medtrop 2022Ampliando perspectivas sobre os diferentes aspectos da doença de Chagas, o projeto é desenvolvido dentro do conceito de tecnologia social: técnicas e processos adaptáveis criados com o propósito de solucionar algum tipo de problema social, considerando fatores como simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social.
Anteriormente, entre os dias 3 e 5 do mesmo mês, o ‘Expresso Chagas XXI’ desembarcou na a cidade de Posse, em Goiás promovendo saúde à população com informações sobre prevenção e tratamento, além de oferecer oportunidade de diagnóstico gratuito.
Expresso Chagas XXI mobiliza população do município de Posse, Goiás. Foto: SES-GOPermitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)