Num momento em que o Brasil se esforça para elevar os índices de vacinação de diversas doenças, como poliomielite, sarampo e Covid-19, a mensagem sobre a importância das vacinas poderá chegar a todo o país de uma forma inovadora: através de selos postais.
Emitido pelos Correios, um bloco comemorativo com seis selos foi lançado na última terça-feira, 22 de novembro, durante o evento ‘Vacinas: da história e cobertura vacinal à divulgação científica’, promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
As peças são inspiradas no livro ‘Vacinas’, publicado pela Editora Fiocruz e vencedor do 8º Prêmio Abeu. Quatro pesquisadores da Fiocruz são autores da publicação: os pós-doutorandos do IOC, Jorlan Fernandes, do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, e Natália Maria Lanzarini, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental; o assessor científico sênior de Biomanguinhos, Akira Homma; e a pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, Elba Lemos.
Na cerimônia, os quatro autores fizeram a primeira obliteração dos selos, que consiste em marcar os selos com um carimbo especial com a forma de uma seringa e a data do lançamento.
Os pesquisadores da Fiocruz Natália Lanzarini, Akira Homma, Elba Lemos e Jorlan Fernandes apresentam os novos selos ao lado do coordenador de negócios dos Correios, Everton Cabral. Foto: Gutemberg Brito“A baixa cobertura vacinal tem sido motivo de preocupação, com risco de retorno de doenças eliminadas do nosso país, como a poliomielite. Precisamos de eventos e outras iniciativas que aproximem a comunidade científica da população, especialmente das crianças e dos jovens. Neste sentido, estamos muito felizes pelo lançamento dos selos”, afirmou Elba, que organizou o evento junto com Jorlan.
“Registrar a importância das vacinas na filatelia é motivo de muito orgulho. Todos os países registram eventos de grande valor nos selos e a filatelia tem papel de registro histórico. Esses selos estarão disponíveis em todos os municípios do país e ficarão para as próximas gerações”, disse Everton Cabral, coordenador regional de negócios dos Correios.
Criados pelo artista Alan Magalhães, os selos trazem ilustrações aplicadas sobre as cores da bandeira brasileira, com referência a aspectos históricos do desenvolvimento das vacinas e conquistas da vacinação no Brasil.
A tiragem será de 14 mil blocos. Cada bloco, com os seis selos, custa R$ 14,10. O exemplar de cada estampa tem o valor de 1º Porte da Carta (R$ 2,35). Os selos podem ser adquiridos na loja virtual dos Correios e, em breve, estarão nas agências.
Feita com carimbo especial, a primeira obliteração marca o lançamento dos novos selos. Foto: Gutemberg BritoNa fileira do alto, o primeiro selo faz referência ao médico Edward Jenner, que desenvolveu a primeira vacina, em 1796, inoculando o germe da varíola bovina em uma criança, que ficou protegida contra a doença humana. A história deu origem à palavra vacina, a partir do termo em latim vaccinus, que significa “derivado da vaca”.
O segundo selo tem ilustrações que representam as diversas vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunização (PNI), considerado um dos maiores programas de vacinação do mundo.
Na segunda fileira, o selo chama atenção para vacinação infantil, com imagens da caderneta de vacinação de meninas e meninos e o calendário de imunização das crianças.
Ao lado, uma família admirando as mãos que preparam uma seringa para a vacinação, apontando que a imunização é uma conquista de todos.
Na última fileira, o selo da esquerda ilustra a imunização com uma pistola similar à utilizada na campanha de erradicação da varíola e um casal de idosos que remete à população vacinada no passado.
Por último, a estampa da vacinação com a gotinha contra a poliomielite e dois jovens beneficiados pelas campanhas de imunização.
Com a participação de pesquisadores e de estudantes da educação básica e do ensino médio, o evento contou com uma mesa redonda e apresentações de vídeos, tirinhas de quadrinhos e jogos de divulgação científica sobre o tema das vacinas.
A atividade teve apoio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e Editora Fiocruz.
Na mesa de abertura, estiveram presentes a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Luciana Garzoni; a vice-diretora de Qualidade de Biomanguinhos, Rosane Cuber; o assessor da Vice-direção de Comunicação e Informação do ICICT, Aldo Pontes; e o coordenador geral do Ensino Médio Técnico da EPSJV, Jonathan de Moura.
A coordenadora geral de Educação da Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristina Guilam, enviou uma mensagem de vídeo gravada para a cerimônia.
Entre as ações de divulgação científica, o evento contou com a exibição de dois vídeos: a apresentação de um jingle criado por estudantes da EPSJV para estimular a imunização e o curta ‘O especialista responde’, no qual o pesquisador Akira Homma responde perguntas sobre vacinas feitas por alunos das escolas municipais Pastor Gerson Ferreira Costa e Gastão Penalva, do Rio de Janeiro.
Também foram apresentadas quatro tirinhas de histórias em quadrinhos com o tema ‘O encontro de Zé Gotinha com Oswaldo e Akira’. Com roteiros elaborados por estudantes da EPSJV, as tirinhas foram ilustradas por profissionais do Multimeios, polo de desenvolvimento na área de artes e design do ICICT.
Além disso, houve o relançamento de dois jogos, desenvolvidos pelo IOC em parceria com Multimeios. Criados a partir de propostas de alunos do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC, os jogos ‘Imune’ e ‘Caminhos de Oswaldo’ serão disponibilizados, inicialmente, para escolas do Rio de Janeiro e Brasília.
Na mesa redonda do evento, Akira Homma apresentou o histórico de desenvolvimento das vacinas e do programa de imunização brasileiro. Já a ex-coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, mostrou dados sobre a cobertura vacinal no país, discutindo os desafios do cenário atual.
Por fim, a responsável pelo eixo de comunicação e educação do projeto ‘Reconquista das Altas Coberturas Vacinais’, Isabel Azevedo, falou sobre a iniciativa, realizada pela Fiocruz, Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) com o objetivo de desenvolver e aplicar estratégias para elevar os índices de vacinação. A mesa foi mediada pela professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Cláudia Vitral.
Num momento em que o Brasil se esforça para elevar os índices de vacinação de diversas doenças, como poliomielite, sarampo e Covid-19, a mensagem sobre a importância das vacinas poderá chegar a todo o país de uma forma inovadora: através de selos postais.
Emitido pelos Correios, um bloco comemorativo com seis selos foi lançado na última terça-feira, 22 de novembro, durante o evento ‘Vacinas: da história e cobertura vacinal à divulgação científica’, promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
As peças são inspiradas no livro ‘Vacinas’, publicado pela Editora Fiocruz e vencedor do 8º Prêmio Abeu. Quatro pesquisadores da Fiocruz são autores da publicação: os pós-doutorandos do IOC, Jorlan Fernandes, do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, e Natália Maria Lanzarini, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental; o assessor científico sênior de Biomanguinhos, Akira Homma; e a pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, Elba Lemos.
Na cerimônia, os quatro autores fizeram a primeira obliteração dos selos, que consiste em marcar os selos com um carimbo especial com a forma de uma seringa e a data do lançamento.
Os pesquisadores da Fiocruz Natália Lanzarini, Akira Homma, Elba Lemos e Jorlan Fernandes apresentam os novos selos ao lado do coordenador de negócios dos Correios, Everton Cabral. Foto: Gutemberg Brito“A baixa cobertura vacinal tem sido motivo de preocupação, com risco de retorno de doenças eliminadas do nosso país, como a poliomielite. Precisamos de eventos e outras iniciativas que aproximem a comunidade científica da população, especialmente das crianças e dos jovens. Neste sentido, estamos muito felizes pelo lançamento dos selos”, afirmou Elba, que organizou o evento junto com Jorlan.
“Registrar a importância das vacinas na filatelia é motivo de muito orgulho. Todos os países registram eventos de grande valor nos selos e a filatelia tem papel de registro histórico. Esses selos estarão disponíveis em todos os municípios do país e ficarão para as próximas gerações”, disse Everton Cabral, coordenador regional de negócios dos Correios.
Criados pelo artista Alan Magalhães, os selos trazem ilustrações aplicadas sobre as cores da bandeira brasileira, com referência a aspectos históricos do desenvolvimento das vacinas e conquistas da vacinação no Brasil.
A tiragem será de 14 mil blocos. Cada bloco, com os seis selos, custa R$ 14,10. O exemplar de cada estampa tem o valor de 1º Porte da Carta (R$ 2,35). Os selos podem ser adquiridos na loja virtual dos Correios e, em breve, estarão nas agências.
Feita com carimbo especial, a primeira obliteração marca o lançamento dos novos selos. Foto: Gutemberg BritoNa fileira do alto, o primeiro selo faz referência ao médico Edward Jenner, que desenvolveu a primeira vacina, em 1796, inoculando o germe da varíola bovina em uma criança, que ficou protegida contra a doença humana. A história deu origem à palavra vacina, a partir do termo em latim vaccinus, que significa “derivado da vaca”.
O segundo selo tem ilustrações que representam as diversas vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunização (PNI), considerado um dos maiores programas de vacinação do mundo.
Na segunda fileira, o selo chama atenção para vacinação infantil, com imagens da caderneta de vacinação de meninas e meninos e o calendário de imunização das crianças.
Ao lado, uma família admirando as mãos que preparam uma seringa para a vacinação, apontando que a imunização é uma conquista de todos.
Na última fileira, o selo da esquerda ilustra a imunização com uma pistola similar à utilizada na campanha de erradicação da varíola e um casal de idosos que remete à população vacinada no passado.
Por último, a estampa da vacinação com a gotinha contra a poliomielite e dois jovens beneficiados pelas campanhas de imunização.
Com a participação de pesquisadores e de estudantes da educação básica e do ensino médio, o evento contou com uma mesa redonda e apresentações de vídeos, tirinhas de quadrinhos e jogos de divulgação científica sobre o tema das vacinas.
A atividade teve apoio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e Editora Fiocruz.
Na mesa de abertura, estiveram presentes a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Luciana Garzoni; a vice-diretora de Qualidade de Biomanguinhos, Rosane Cuber; o assessor da Vice-direção de Comunicação e Informação do ICICT, Aldo Pontes; e o coordenador geral do Ensino Médio Técnico da EPSJV, Jonathan de Moura.
A coordenadora geral de Educação da Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristina Guilam, enviou uma mensagem de vídeo gravada para a cerimônia.
Entre as ações de divulgação científica, o evento contou com a exibição de dois vídeos: a apresentação de um jingle criado por estudantes da EPSJV para estimular a imunização e o curta ‘O especialista responde’, no qual o pesquisador Akira Homma responde perguntas sobre vacinas feitas por alunos das escolas municipais Pastor Gerson Ferreira Costa e Gastão Penalva, do Rio de Janeiro.
Também foram apresentadas quatro tirinhas de histórias em quadrinhos com o tema ‘O encontro de Zé Gotinha com Oswaldo e Akira’. Com roteiros elaborados por estudantes da EPSJV, as tirinhas foram ilustradas por profissionais do Multimeios, polo de desenvolvimento na área de artes e design do ICICT.
Além disso, houve o relançamento de dois jogos, desenvolvidos pelo IOC em parceria com Multimeios. Criados a partir de propostas de alunos do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC, os jogos ‘Imune’ e ‘Caminhos de Oswaldo’ serão disponibilizados, inicialmente, para escolas do Rio de Janeiro e Brasília.
Na mesa redonda do evento, Akira Homma apresentou o histórico de desenvolvimento das vacinas e do programa de imunização brasileiro. Já a ex-coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, mostrou dados sobre a cobertura vacinal no país, discutindo os desafios do cenário atual.
Por fim, a responsável pelo eixo de comunicação e educação do projeto ‘Reconquista das Altas Coberturas Vacinais’, Isabel Azevedo, falou sobre a iniciativa, realizada pela Fiocruz, Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) com o objetivo de desenvolver e aplicar estratégias para elevar os índices de vacinação. A mesa foi mediada pela professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Cláudia Vitral.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)