O pesquisador Eloi Garcia acaba de lançar o livro Ciência, Arte e Realidade. Numa série de crônicas, o autor traz aspectos realistas e fantasiosos diferentes da vida, da ciência e do cientista, e, como humanista que é, divulga fatos inimagináveis e ricos de como era formado um cientista nos finais do século 20.
Segundo o autor, a ciência e a arte são os suportes da autonomia e liberdade humana e fatores básicos para despertar interesse e atrair leitores para o fascinante campo da atividade científica e artística. A seu ver, “a ciência é como arte nos laboratórios e uma mistura de ambas são símbolos de nosso desejo no confronto com o novo e inesperado”.
Garcia é pesquisador titular aposentado do Instituto Oswaldo Cruz e ex-presidente da Fiocruz. O livro, lançado pela Editora Pluri, selo da Editora Interciência, está disponível para compra no site www.editorainterciencia.com.br
Leia abaixo dois trechos do livro, nos quais, a partir de momentos particulares, como uma conversa após uma premiação, no Palácio do Planalto, e um jantar em Brasília, entre o autor e o atual presidente da Capes, Jorge Guimarães, são debatidas de forma leve e atraente questões importantes como a presença feminina na ciência e a necessidade da inovação tecnológica para o desenvolvimento do país.
“Tinha acabado de receber o título da Ordem Nacional do Mérito Científico, no Palácio do Planalto, em Brasília, das mãos do Presidente da República e Patrícia estava lá, cheia de orgulho, enquanto eu dava entrevistas para jornalistas sobre o que representava esse título para um cientista genuinamente brasileiro e o papel do cientista em nosso país. (...) Pouco tempo depois, Patrícia apareceu sorrindo e comentou, meio sem censura, que na conversa com D. Ruth estava embutida a questão da mulher cientista e dificuldades inerentes ao gênero. (...) A questão não é por que existe um número reduzido de mulheres cientistas, o problema é que não se ouve falar da importância das mulheres que fazem ciências. Veja na história da humanidade, sabemos de tantos casos nos quais a participação das mulheres foi marcante e expressiva. Por exemplo, na luta contra o racismo, o fascismo e outras discriminações sociais.”
Neste segundo trecho, a conversa, que começa com um abraço e um “E aí, camarada?”, de Eloi para Jorge, passa a um debate sobre a vida de um cientista e a necessidade de se promover a inovação para o desenvolvimento do país.
“Lá pelas tantas, começamos uma conversa sobre um assunto que vem sendo cada vez mais valorizado: a ciência voltada para a tecnologia.
– Também é um fato que a relação entre ciência e tecnologia está cada vez mais próxima – ponderei no diálogo. Os cientistas fazem coisas porque algo lhes diz que ali tem algo interessante que pode gerar um produto ou um conhecimento novo. O instinto, o sexto sentido, é muito importante para o sucesso da atividade científica e tem tremendo componente intelectual desafiador.
– Camarada – falou Jorge com ênfase – a curiosidade inerente do homem por olhar e entender o que passa ao seu redor é o que faz progredir a ciência. O avanço científico deve ser um motivo para admirar a mente do ser humano. Priorizar, motivar e estimular os estudantes e a si próprio a fazer ciência é uma sensação intelectual muito gostosa. Não se detém o conhecimento quando se tem medo de aprender. O conhecimento é mais vigoroso e o fazer e acontecer coisas novas sobrevive e faz avançar o conhecimento.
– É, Jorge, você tem razão! Se quisermos uma sociedade moderna, necessitamos de capital social e capital humano – respondi com ênfase.”
O pesquisador Eloi Garcia acaba de lançar o livro Ciência, Arte e Realidade. Numa série de crônicas, o autor traz aspectos realistas e fantasiosos diferentes da vida, da ciência e do cientista, e, como humanista que é, divulga fatos inimagináveis e ricos de como era formado um cientista nos finais do século 20.
Segundo o autor, a ciência e a arte são os suportes da autonomia e liberdade humana e fatores básicos para despertar interesse e atrair leitores para o fascinante campo da atividade científica e artística. A seu ver, “a ciência é como arte nos laboratórios e uma mistura de ambas são símbolos de nosso desejo no confronto com o novo e inesperado”.
Garcia é pesquisador titular aposentado do Instituto Oswaldo Cruz e ex-presidente da Fiocruz. O livro, lançado pela Editora Pluri, selo da Editora Interciência, está disponível para compra no site www.editorainterciencia.com.br
Leia abaixo dois trechos do livro, nos quais, a partir de momentos particulares, como uma conversa após uma premiação, no Palácio do Planalto, e um jantar em Brasília, entre o autor e o atual presidente da Capes, Jorge Guimarães, são debatidas de forma leve e atraente questões importantes como a presença feminina na ciência e a necessidade da inovação tecnológica para o desenvolvimento do país.
“Tinha acabado de receber o título da Ordem Nacional do Mérito Científico, no Palácio do Planalto, em Brasília, das mãos do Presidente da República e Patrícia estava lá, cheia de orgulho, enquanto eu dava entrevistas para jornalistas sobre o que representava esse título para um cientista genuinamente brasileiro e o papel do cientista em nosso país. (...) Pouco tempo depois, Patrícia apareceu sorrindo e comentou, meio sem censura, que na conversa com D. Ruth estava embutida a questão da mulher cientista e dificuldades inerentes ao gênero. (...) A questão não é por que existe um número reduzido de mulheres cientistas, o problema é que não se ouve falar da importância das mulheres que fazem ciências. Veja na história da humanidade, sabemos de tantos casos nos quais a participação das mulheres foi marcante e expressiva. Por exemplo, na luta contra o racismo, o fascismo e outras discriminações sociais.”
Neste segundo trecho, a conversa, que começa com um abraço e um “E aí, camarada?”, de Eloi para Jorge, passa a um debate sobre a vida de um cientista e a necessidade de se promover a inovação para o desenvolvimento do país.
“Lá pelas tantas, começamos uma conversa sobre um assunto que vem sendo cada vez mais valorizado: a ciência voltada para a tecnologia.
– Também é um fato que a relação entre ciência e tecnologia está cada vez mais próxima – ponderei no diálogo. Os cientistas fazem coisas porque algo lhes diz que ali tem algo interessante que pode gerar um produto ou um conhecimento novo. O instinto, o sexto sentido, é muito importante para o sucesso da atividade científica e tem tremendo componente intelectual desafiador.
– Camarada – falou Jorge com ênfase – a curiosidade inerente do homem por olhar e entender o que passa ao seu redor é o que faz progredir a ciência. O avanço científico deve ser um motivo para admirar a mente do ser humano. Priorizar, motivar e estimular os estudantes e a si próprio a fazer ciência é uma sensação intelectual muito gostosa. Não se detém o conhecimento quando se tem medo de aprender. O conhecimento é mais vigoroso e o fazer e acontecer coisas novas sobrevive e faz avançar o conhecimento.
– É, Jorge, você tem razão! Se quisermos uma sociedade moderna, necessitamos de capital social e capital humano – respondi com ênfase.”
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)