As hepatites virais são infecções que atingem o fígado e podem evoluir de forma silenciosa, sem qualquer sintoma por anos. Por isso, muitas pessoas só descobrem a doença quando apresentam quadros graves, como cirrose e câncer hepático.
Para reforçar o alerta sobre essas infecções, 28 de julho foi declarado como Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. E, durante todo o mês, a cor amarela chama atenção para a importância de prevenir e tratar o agravo.
Em alusão à data, o Ambulatório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro promoveram, no último dia 20, uma mobilização com oferta de testes, vacinas e atividades educativas.
Mais de 450 testes rápidos para hepatites B e C, HIV e sífilis foram realizados. Cerca de 60 doses de vacinas para hepatite B, gripe e covid-19 foram administradas.
Jogo educativo sobre hepatites e apresentação musical do grupo 'Meu Kantinho' integraram programação. Foto: Gutemberg BritoQuem passou pela tenda montada em frente ao Ambulatório, no campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro, também pôde aprender mais sobre o agravo com o jogo ‘A trilha do fígado’, desenvolvido pelo Laboratório de Hepatites Virais.
Na área destinada às Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), oferecidas pelo IOC, mais de 120 visitantes puderam realizar sessões de auriculoterapia e reiki.
A programação contou ainda com atividades de educação em saúde bucal, roda de conversa com a Rede de Adolescentes Promotores da Saúde (RAP da Saúde) e apresentação do grupo musical infantil do centro cultural ‘Meu Kantinho’.
A chefe do Ambulatório de Hepatites Virais e pesquisadora do Laboratório de Hepatites Virais do IOC, Lia Laura Lewis Ximenez, ressaltou que o tratamento das hepatites está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e o diagnóstico precoce é o caminho para evitar complicações da doença e salvar vidas.
“As pessoas não devem ter medo de fazer o teste. A hepatite C tem cura. Para hepatite B, tem vacina para prevenir e medicações para controlar e evitar a evolução para cirrose e câncer de fígado. O nosso Sistema Único de Saúde oferece o tratamento. Temos que ter orgulho porque não são todos os países que oferecem esses medicamentos gratuitamente”, afirmou Lia.
Teste rápido é realizado com gotas de sangue coletadas do dedo. Foto: Gutemberg BritoNo Rio de Janeiro, testes rápidos para diagnosticar as hepatites B e C estão disponíveis nas unidades de atenção primária à saúde, como clínicas da família e centros municipais de saúde.
Duas vacinas também são oferecidas: da hepatite A, para crianças até 5 anos, e da hepatite B, para todos que ainda não foram vacinados.
“O tratamento da hepatite C já está em unidades de atenção primária, facilitando ainda mais o acesso à terapia. É importante a população saber disso porque é uma doença silenciosa, que pode causar cirrose e até carcinoma, se não for tratada a tempo”, disse a gerente de hepatites virais da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, Girleide de Oliveira.
Vacinação para hepatite B está disponível na rede pública para toda a população. Foto: Gutemberg Brito“O teste para o HIV também pode ser feito em todas as unidades de saúde e temos um tratamento muito eficaz. A terapia controla o vírus e permite que o indivíduo viva normalmente”, pontuou a gerente de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Aids da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Paula Moura.
Ela acrescentou que as unidades de saúde oferecem diferentes formas de prevenção do HIV, incluindo distribuição de preservativos e encaminhamento para profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PrEP), nos casos indicados.
Com vacinação, diagnóstico e tratamento é possível eliminar as hepatites como problema de saúde pública. A meta foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde em 2016.
Para isso, até 2030, os países devem diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% das pessoas diagnosticadas, reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade.
Oferta de testes rápidos na atenção primária é uma das estratégias para expandir o acesso ao diagnóstico. Foto: Gutemberg BritoNo Brasil, os casos de hepatites vêm caindo anualmente, mas estimativas divulgadas pelo Ministério da Saúde apontam que cerca de 700 mil pessoas vivem com hepatite B e ainda não foram diagnosticadas. Aproximadamente 520 mil estão infectados pelo vírus da hepatite C, mas não receberam diagnóstico.
“O primeiro desafio para combater as hepatites é oferecer diagnóstico rápido e precoce para as pessoas. O segundo é a conscientização. Por isso, as ações durante o julho amarelo são muito importantes, para que as pessoas saibam o que é hepatite e como prevenir a infecção”, ressaltou a chefe do Laboratório de Hepatites Virais do IOC, Livia Melo Villar.
A diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, enfatizou a importância da parceria entre o Instituto e a Secretaria Municipal de Saúde no enfrentamento das hepatites.
“Quanto mais nós fortalecemos as parcerias, principalmente com a atenção básica, mais nós reforçamos tanto a pesquisa, a partir das demandas reais da população e do sistema de saúde local, quanto as ações de educação em saúde e de qualificação e capacitação, que fazem parte da nossa atuação como referência", afirmou Tania.
Equipes do IOC e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio se uniram na mobilização contra as hepatites virais. Foto: Gutemberg BritoOs cinco vírus causadores de hepatites são chamados de vírus da hepatite A, B, C, D e E.
O vírus da hepatite A é eliminado nas fezes de pacientes infectados e transmitido através da água ou de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico facilita a disseminação desse vírus, que causa principalmente hepatite aguda, com sintomas como cansaço, febre, enjoo, vômito, urina escura e cor amarelada na pele e nos olhos.
Desde 2014, a vacina para hepatite A faz parte do calendário de imunização infantil, o que reduziu em mais de 95% os casos da doença em menores de 10 anos.
Os vírus da hepatite B e C são associados com casos crônicos, que avançam ao longo de décadas, de forma silenciosa. Sem tratamento, podem causar cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado. Mais de 95% das mortes por hepatites são provocadas por esses vírus.
As duas infecções podem ser transmitidas pelo contato com sangue contaminado e por relações sexuais sem preservativo.
A vacina é a principal forma de prevenção da hepatite B e está disponível, na rede pública, para crianças e adultos.
Para prevenir a hepatite C, é importante não compartilhar lâminas de barbear, escovas de dente, alicates e outros equipamentos de manicure e pedicure. Os materiais de tatuagem e colocação de piercings não devem ser reutilizados. Usuários de drogas também não devem compartilhar agulhas e seringas.
O vírus da hepatite D é menos frequente e só ocorre junto com o vírus da hepatite B. Assim, prevenir a hepatite B evita também a hepatite D.
O vírus da hepatite E é transmitido principalmente na África e na Ásia e raramente é encontrado no Brasil. A transmissão ocorre através da água ou de alimentos contaminados. Geralmente, os casos são de infecção aguda, de curta duração.
As hepatites virais são infecções que atingem o fígado e podem evoluir de forma silenciosa, sem qualquer sintoma por anos. Por isso, muitas pessoas só descobrem a doença quando apresentam quadros graves, como cirrose e câncer hepático.
Para reforçar o alerta sobre essas infecções, 28 de julho foi declarado como Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. E, durante todo o mês, a cor amarela chama atenção para a importância de prevenir e tratar o agravo.
Em alusão à data, o Ambulatório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro promoveram, no último dia 20, uma mobilização com oferta de testes, vacinas e atividades educativas.
Mais de 450 testes rápidos para hepatites B e C, HIV e sífilis foram realizados. Cerca de 60 doses de vacinas para hepatite B, gripe e covid-19 foram administradas.
Jogo educativo sobre hepatites e apresentação musical do grupo 'Meu Kantinho' integraram programação. Foto: Gutemberg BritoQuem passou pela tenda montada em frente ao Ambulatório, no campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro, também pôde aprender mais sobre o agravo com o jogo ‘A trilha do fígado’, desenvolvido pelo Laboratório de Hepatites Virais.
Na área destinada às Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), oferecidas pelo IOC, mais de 120 visitantes puderam realizar sessões de auriculoterapia e reiki.
A programação contou ainda com atividades de educação em saúde bucal, roda de conversa com a Rede de Adolescentes Promotores da Saúde (RAP da Saúde) e apresentação do grupo musical infantil do centro cultural ‘Meu Kantinho’.
A chefe do Ambulatório de Hepatites Virais e pesquisadora do Laboratório de Hepatites Virais do IOC, Lia Laura Lewis Ximenez, ressaltou que o tratamento das hepatites está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e o diagnóstico precoce é o caminho para evitar complicações da doença e salvar vidas.
“As pessoas não devem ter medo de fazer o teste. A hepatite C tem cura. Para hepatite B, tem vacina para prevenir e medicações para controlar e evitar a evolução para cirrose e câncer de fígado. O nosso Sistema Único de Saúde oferece o tratamento. Temos que ter orgulho porque não são todos os países que oferecem esses medicamentos gratuitamente”, afirmou Lia.
Teste rápido é realizado com gotas de sangue coletadas do dedo. Foto: Gutemberg BritoNo Rio de Janeiro, testes rápidos para diagnosticar as hepatites B e C estão disponíveis nas unidades de atenção primária à saúde, como clínicas da família e centros municipais de saúde.
Duas vacinas também são oferecidas: da hepatite A, para crianças até 5 anos, e da hepatite B, para todos que ainda não foram vacinados.
“O tratamento da hepatite C já está em unidades de atenção primária, facilitando ainda mais o acesso à terapia. É importante a população saber disso porque é uma doença silenciosa, que pode causar cirrose e até carcinoma, se não for tratada a tempo”, disse a gerente de hepatites virais da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, Girleide de Oliveira.
Vacinação para hepatite B está disponível na rede pública para toda a população. Foto: Gutemberg Brito“O teste para o HIV também pode ser feito em todas as unidades de saúde e temos um tratamento muito eficaz. A terapia controla o vírus e permite que o indivíduo viva normalmente”, pontuou a gerente de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Aids da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Paula Moura.
Ela acrescentou que as unidades de saúde oferecem diferentes formas de prevenção do HIV, incluindo distribuição de preservativos e encaminhamento para profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PrEP), nos casos indicados.
Com vacinação, diagnóstico e tratamento é possível eliminar as hepatites como problema de saúde pública. A meta foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde em 2016.
Para isso, até 2030, os países devem diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% das pessoas diagnosticadas, reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade.
Oferta de testes rápidos na atenção primária é uma das estratégias para expandir o acesso ao diagnóstico. Foto: Gutemberg BritoNo Brasil, os casos de hepatites vêm caindo anualmente, mas estimativas divulgadas pelo Ministério da Saúde apontam que cerca de 700 mil pessoas vivem com hepatite B e ainda não foram diagnosticadas. Aproximadamente 520 mil estão infectados pelo vírus da hepatite C, mas não receberam diagnóstico.
“O primeiro desafio para combater as hepatites é oferecer diagnóstico rápido e precoce para as pessoas. O segundo é a conscientização. Por isso, as ações durante o julho amarelo são muito importantes, para que as pessoas saibam o que é hepatite e como prevenir a infecção”, ressaltou a chefe do Laboratório de Hepatites Virais do IOC, Livia Melo Villar.
A diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, enfatizou a importância da parceria entre o Instituto e a Secretaria Municipal de Saúde no enfrentamento das hepatites.
“Quanto mais nós fortalecemos as parcerias, principalmente com a atenção básica, mais nós reforçamos tanto a pesquisa, a partir das demandas reais da população e do sistema de saúde local, quanto as ações de educação em saúde e de qualificação e capacitação, que fazem parte da nossa atuação como referência", afirmou Tania.
Equipes do IOC e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio se uniram na mobilização contra as hepatites virais. Foto: Gutemberg BritoOs cinco vírus causadores de hepatites são chamados de vírus da hepatite A, B, C, D e E.
O vírus da hepatite A é eliminado nas fezes de pacientes infectados e transmitido através da água ou de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico facilita a disseminação desse vírus, que causa principalmente hepatite aguda, com sintomas como cansaço, febre, enjoo, vômito, urina escura e cor amarelada na pele e nos olhos.
Desde 2014, a vacina para hepatite A faz parte do calendário de imunização infantil, o que reduziu em mais de 95% os casos da doença em menores de 10 anos.
Os vírus da hepatite B e C são associados com casos crônicos, que avançam ao longo de décadas, de forma silenciosa. Sem tratamento, podem causar cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado. Mais de 95% das mortes por hepatites são provocadas por esses vírus.
As duas infecções podem ser transmitidas pelo contato com sangue contaminado e por relações sexuais sem preservativo.
A vacina é a principal forma de prevenção da hepatite B e está disponível, na rede pública, para crianças e adultos.
Para prevenir a hepatite C, é importante não compartilhar lâminas de barbear, escovas de dente, alicates e outros equipamentos de manicure e pedicure. Os materiais de tatuagem e colocação de piercings não devem ser reutilizados. Usuários de drogas também não devem compartilhar agulhas e seringas.
O vírus da hepatite D é menos frequente e só ocorre junto com o vírus da hepatite B. Assim, prevenir a hepatite B evita também a hepatite D.
O vírus da hepatite E é transmitido principalmente na África e na Ásia e raramente é encontrado no Brasil. A transmissão ocorre através da água ou de alimentos contaminados. Geralmente, os casos são de infecção aguda, de curta duração.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)