Nos dias 08 e 09 de agosto, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) recebeu, a convite do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical, a visita do coordenador da área de Medicina II da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Júlio Croda. Ele estava acompanhado do coordenador adjunto de Programas Profissionais da pasta, Carlos Antônio Caramori.
Na manhã do dia 08, Croda se reuniu com integrantes da Diretoria do IOC, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, da Coordenação de Pós-graduação em Medicina Tropical e da Universidade Federal do Ceará (UFC). Foto: Gutemberg BritoNa manhã do dia 08, Croda se reuniu com integrantes da Diretoria do IOC, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, da Coordenação de Pós-graduação em Medicina Tropical e da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Na ocasião, falou sobre as dificuldades financeiras que a produção científica enfrentou nos últimos anos e destacou que um dos objetivos da pasta é a revisão da Ficha de Avaliação para o próximo quadriênio.
“Existe a proposta de não utilizar mais o sistema QUALIS na avaliação, e passar a usar indicadores com dados mais precisos. Acreditamos que isso tornará o processo menos dependente de fatores externos, o que oferecerá mais transparência à avalição”, adiantou.
O coordenador também destacou que as reuniões com os Programas ligados à sua área têm como objetivo mostrar que o processo avaliativo da Capes é mais orientador do que punitivo.
“Queremos estreitar o contato com os nossos programas para esclarecer, por exemplo, a diferença entre uma nota seis e sete. É óbvio que um curso nota 6 ou 7 é considerado de excelência. Mas quando você vai analisar quantitativamente, existe uma diferença grande”, comparou.
Durante a reunião, Croda destacou que um dos objetivos da pasta é a revisão da Ficha de Avaliação para o próximo quadriênio. Foto: Gutemberg BritoSobre a questão do QUALIS, o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto, Ademir Martins, chamou atenção para a situação dos pequenos periódicos científicos, que, segundo ele, estão sendo ofuscados pelas grandes plataformas de comunicação científica.
“A minha preocupação é que mesmo que a Capes abra mão da métrica QUALIS, ela ainda estará focada na questão do número de citações em artigos científicos, e isso esbarra na situação das grandes plataformas”, questionou.
Em resposta, Júlio Croda afirmou que a Coordenação de Aperfeiçoamento pretende focar mais nas citações, do que na robustez dos periódicos.
“Se o artigo for de qualidade, com certeza ele será citado em outras publicações, independentemente do fator de impacto delas”, pontuou.
O êxito do Doutorado Interinstitucional (Dinter) em Medicina Tropical, promovido pelo IOC em colaboração com a Universidade Federal do Ceará (UFC), também foi um dos pontos abordados por Croda, sobretudo em relação à importância da criação de novos programas de pós-graduação no Norte e Nordeste do país.
Complementando o assunto, Vanessa de Paula, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto, ressaltou quão enriquecedora foi a experiência do Dinter.
“Quando criamos o Doutorado Interinstitucional em parceria com a UFC, a Capes era o agente fomentador. Hoje, o cenário mudou, não contamos com esse apoio, mas continuamos tocando essa iniciativa tão relevante para o Ceará. Aprendemos bastante com a experiência do Dinter”, disse.
Na tarde do dia 8, Julio Croda se reuniu com docentes e discentes da Pós-graduação em Medicina Tropical. Foto: Gutemberg BritoJúlio sugeriu ainda a elaboração de um projeto voltado para doenças em eliminação, nos moldes do Brasil Sem Miséria (BSM). Segundo ele, iniciativas assim costumam ser exitosas, pois são demandadas pelo Ministério da Saúde.
“Não deve ser apenas um programa da Fiocruz. As universidades precisam estar incluídas nele. Para a estruturação, sugiro a captação de recursos via Ministério, que providenciará o repasse à Capes”, orientou.
Sobre a proposta, a Diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, acrescentou a necessidade de inclusão do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e outras doenças por determinação social (CIEDDS) e das doenças infecciosas na atenção primária no projeto.
“A Diretoria se reuniu com gestores da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/Ministério da Saúde) e apresentou, de forma aprofundada, alguns resultados do Programa Brasil Sem Miséria. Fico entusiasmada em saber que a Capes também tem interesse na estruturação de um projeto semelhante”, declarou.
À tarde, Julio Croda se reuniu com docentes e discentes da Pós-graduação em Medicina Tropical. Na abertura, a coordenadora do programa fez uma apresentação sobre o curso e Croda falou um pouco mais sobre a avaliação da Capes na área de Medicina II. Em seguida, se disponibilizou a responder dúvidas dos discentes.
Na quarta-feira, dia 09, ocorreu a reunião do coordenador com os membros da CPG. A atividade contou com a participação de representantes do Programa de Pós-graduação em Patologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), que iniciou a oferta de turmas de doutorado após o Doutorado Interinstitucional (Dinter) firmado com a Medicina Tropical do IOC.
Julio Croda e Carlos Antônio Caramori reunidos com o corpo acadêmico da Pós em Medicina Tropical do IOC. Foto: Gutemberg BritoSobre a área
A área de Medicina II contempla cursos de pós-graduação da área médica e da saúde ligados a especialidades médicas clínicas. Os cursos da área desenvolvem estudos de bancada e pesquisas clínicas, conectando conhecimentos básicos e aplicados.
Pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do SUL (UFMS), Croda foi coordenador adjunto da Medicina II entre 2018 e 2022, antes de ser eleito coordenador da área em 2023. Ele também é presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT).
A Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC forma mestres e doutores qualificados para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas em doenças infecciosas e parasitárias, atuando em questões ligadas aos aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais dos agravos.
Iniciado em 1980, o curso já formou mais de 540 mestres e doutores. Na mais recente avaliação quadrienal da Capes, referente ao período 2017-2020, a Medicina Tropical manteve o conceito 6, que indica excelência no ensino.
Nos dias 08 e 09 de agosto, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) recebeu, a convite do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical, a visita do coordenador da área de Medicina II da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Júlio Croda. Ele estava acompanhado do coordenador adjunto de Programas Profissionais da pasta, Carlos Antônio Caramori.
Na manhã do dia 08, Croda se reuniu com integrantes da Diretoria do IOC, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, da Coordenação de Pós-graduação em Medicina Tropical e da Universidade Federal do Ceará (UFC). Foto: Gutemberg BritoNa manhã do dia 08, Croda se reuniu com integrantes da Diretoria do IOC, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, da Coordenação de Pós-graduação em Medicina Tropical e da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Na ocasião, falou sobre as dificuldades financeiras que a produção científica enfrentou nos últimos anos e destacou que um dos objetivos da pasta é a revisão da Ficha de Avaliação para o próximo quadriênio.
“Existe a proposta de não utilizar mais o sistema QUALIS na avaliação, e passar a usar indicadores com dados mais precisos. Acreditamos que isso tornará o processo menos dependente de fatores externos, o que oferecerá mais transparência à avalição”, adiantou.
O coordenador também destacou que as reuniões com os Programas ligados à sua área têm como objetivo mostrar que o processo avaliativo da Capes é mais orientador do que punitivo.
“Queremos estreitar o contato com os nossos programas para esclarecer, por exemplo, a diferença entre uma nota seis e sete. É óbvio que um curso nota 6 ou 7 é considerado de excelência. Mas quando você vai analisar quantitativamente, existe uma diferença grande”, comparou.
Durante a reunião, Croda destacou que um dos objetivos da pasta é a revisão da Ficha de Avaliação para o próximo quadriênio. Foto: Gutemberg BritoSobre a questão do QUALIS, o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto, Ademir Martins, chamou atenção para a situação dos pequenos periódicos científicos, que, segundo ele, estão sendo ofuscados pelas grandes plataformas de comunicação científica.
“A minha preocupação é que mesmo que a Capes abra mão da métrica QUALIS, ela ainda estará focada na questão do número de citações em artigos científicos, e isso esbarra na situação das grandes plataformas”, questionou.
Em resposta, Júlio Croda afirmou que a Coordenação de Aperfeiçoamento pretende focar mais nas citações, do que na robustez dos periódicos.
“Se o artigo for de qualidade, com certeza ele será citado em outras publicações, independentemente do fator de impacto delas”, pontuou.
O êxito do Doutorado Interinstitucional (Dinter) em Medicina Tropical, promovido pelo IOC em colaboração com a Universidade Federal do Ceará (UFC), também foi um dos pontos abordados por Croda, sobretudo em relação à importância da criação de novos programas de pós-graduação no Norte e Nordeste do país.
Complementando o assunto, Vanessa de Paula, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto, ressaltou quão enriquecedora foi a experiência do Dinter.
“Quando criamos o Doutorado Interinstitucional em parceria com a UFC, a Capes era o agente fomentador. Hoje, o cenário mudou, não contamos com esse apoio, mas continuamos tocando essa iniciativa tão relevante para o Ceará. Aprendemos bastante com a experiência do Dinter”, disse.
Na tarde do dia 8, Julio Croda se reuniu com docentes e discentes da Pós-graduação em Medicina Tropical. Foto: Gutemberg BritoJúlio sugeriu ainda a elaboração de um projeto voltado para doenças em eliminação, nos moldes do Brasil Sem Miséria (BSM). Segundo ele, iniciativas assim costumam ser exitosas, pois são demandadas pelo Ministério da Saúde.
“Não deve ser apenas um programa da Fiocruz. As universidades precisam estar incluídas nele. Para a estruturação, sugiro a captação de recursos via Ministério, que providenciará o repasse à Capes”, orientou.
Sobre a proposta, a Diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, acrescentou a necessidade de inclusão do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e outras doenças por determinação social (CIEDDS) e das doenças infecciosas na atenção primária no projeto.
“A Diretoria se reuniu com gestores da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/Ministério da Saúde) e apresentou, de forma aprofundada, alguns resultados do Programa Brasil Sem Miséria. Fico entusiasmada em saber que a Capes também tem interesse na estruturação de um projeto semelhante”, declarou.
À tarde, Julio Croda se reuniu com docentes e discentes da Pós-graduação em Medicina Tropical. Na abertura, a coordenadora do programa fez uma apresentação sobre o curso e Croda falou um pouco mais sobre a avaliação da Capes na área de Medicina II. Em seguida, se disponibilizou a responder dúvidas dos discentes.
Na quarta-feira, dia 09, ocorreu a reunião do coordenador com os membros da CPG. A atividade contou com a participação de representantes do Programa de Pós-graduação em Patologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), que iniciou a oferta de turmas de doutorado após o Doutorado Interinstitucional (Dinter) firmado com a Medicina Tropical do IOC.
Julio Croda e Carlos Antônio Caramori reunidos com o corpo acadêmico da Pós em Medicina Tropical do IOC. Foto: Gutemberg BritoSobre a área
A área de Medicina II contempla cursos de pós-graduação da área médica e da saúde ligados a especialidades médicas clínicas. Os cursos da área desenvolvem estudos de bancada e pesquisas clínicas, conectando conhecimentos básicos e aplicados.
Pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do SUL (UFMS), Croda foi coordenador adjunto da Medicina II entre 2018 e 2022, antes de ser eleito coordenador da área em 2023. Ele também é presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT).
A Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC forma mestres e doutores qualificados para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas em doenças infecciosas e parasitárias, atuando em questões ligadas aos aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais dos agravos.
Iniciado em 1980, o curso já formou mais de 540 mestres e doutores. Na mais recente avaliação quadrienal da Capes, referente ao período 2017-2020, a Medicina Tropical manteve o conceito 6, que indica excelência no ensino.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)