A programação celebrativa dos 124 anos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) seguiu na última quinta-feira, 23 de maio, com café da manhã e bate-papo com a coordenação do Programa IOC+Escolas.
A iniciativa integra profissionais e colaboradores do IOC com a sociedade através de atividades de divulgação científica, envolvendo especialmente escolas da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro.
“É um Programa muito especial, porque ajuda a ampliar perspectivas não somente de crianças e adolescentes, mas também de todos que participam das atividades”, declarou Renata Maia, coordenadora do IOC+Escolas, durante a abertura do evento. Renata coordena a iniciativa ao lado de Margarete Afonso e Sylvia Teixeira.
Também participaram da abertura o vice-diretor adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ademir Martins, e a vice-diretora adjunta de Ensino, Informação e Comunicação, Norma Brandão.
Ademir destacou a importância de centralizar no Programa as diversas atividades de divulgação científica realizadas pelos laboratórios do IOC.
“A pesquisa desenvolvida no Instituto é extremamente valiosa e ela deve sair dos laboratórios e ser compartilhada com a sociedade. É muito gratificante ver o trabalho que o Programa tem feito junto às escolas”, afirmou.
Os esforços das diferentes coordenações e o constante crescimento do Programa foram destacados por Norma Brandão.
“Essa iniciativa foi inicialmente desenvolvida para atender às demandas de pesquisadores que desejassem participar de editais de divulgação científica. No entanto, as diferentes coordenações abraçaram a missão social do Programa e o transformaram em uma iniciativa mais profissionalizada”, comentou.
Já coordenaram a iniciativa as pesquisadoras Rafaela Bruno, Maria Ogrzewalska e Jacenir Mallet.
Criado em 2015, o IOC+Escolas atua em três eixos centrais: educação em ciências, promoção da saúde e divulgação científica.
“Por ser aberto e colaborativo, o Programa depende do engajamento da comunidade. Por isso, estamos constantemente reforçando a importância de laboratórios se juntarem a nós para ampliarmos essa troca com a sociedade”, afirmou Renata.
A evolução da iniciativa também abordada por Margarete, que apresentou dados recentes e anunciou a atualização do catálogo de atividades.
“Para que nossos propósitos sejam atingidos, desenvolvemos um catálogo para facilitar o acesso do público. Atualmente, o documento conta com 15 oficinas bastante diversas oferecidas por 13 laboratórios”, pontuou. Na segunda edição do catálogo, que será divulgada em breve, estarão listadas 38 oficinas desenvolvidas por 27 laboratórios.
A abrangência territorial de atuação do IOC+Escola foi abordada por Sylvia, que frisou a presença de atividades em instituições fora do município do Rio de Janeiro, alcançando escolas de São Gonçalo e Niterói e em municípios da Baixada Fluminense.
As coordenadoras também mencionaram os desafios e perspectivas de melhorias para o Programa, que incluem maior alcance em escolas no Estado do Rio de Janeiro, necessidade de captação de recursos para fomentar atividades e diálogo com os Programas de Pós-graduação do Instituto.
O impacto social da iniciativa foi um dos pontos centrais do evento. Além do compartilhamento do conhecimento científico de forma lúdica, o Programa contribui para a ampliação da visão de mundo das crianças e adolescentes beneficiadas pela iniciativa.
"Trabalhamos com uma grande diversidade de pessoas e com amplo alcance em regiões vulnerabilizadas. A realidade da escola pública é muito diversa e ouvimos relatos de todos os tipos, alguns nos impactam muito. Algumas crianças nunca saíram de seus bairros”, compartilhou Renata.
A coordenadora enfatizou que um dos principais passos que a iniciativa precisa dar é trazer mais escolas para conhecer as ações científicas do Instituto em sua sede, no campus da Fiocruz em Manguinhos.
“Além de estarmos nas escolas, é importante que esses alunos conheçam nossos laboratórios e os espaços da Fiocruz, pois é uma forma de ampliar perspectivas dessas crianças e adolescentes. Ano passado conseguimos trazer algumas escolas para o campus, com visitas à plataforma de microscopia eletrônica, coleção entomológica, borboletário e Castelo Mourisco", disse.
“É muito mais do que um passeio. É uma forma de fazer com que esses pequenos se reconheçam nos espaços que ocupamos hoje. Para isso, precisamos ampliar os investimentos que nosso programa recebe. Atualmente, nosso orçamento é destinado a logística e transporte para irmos as escolas”, completou.
Com o propósito de influenciar mais laboratórios a participarem do IOC+Escolas, pesquisadores que desenvolvem atividades no Programa compartilharam suas experiências.
Leticia Lery, pesquisadora do Laboratório de Microbiologia Celular do IOC, mencionou o seu desenvolvimento pessoal a partir da necessidade de contar com abordagens flexíveis devido à imprevisibilidade do público.
“A proposta principal da atividade que desenvolvemos é abordar a resistência de bactérias a medicamentos. No entanto, às vezes, o público fica mais interessado em outro tema, que acabo comentado. E está tudo bem. Mesmo quando não conseguimos alcançar nosso objetivo original, que é falar de resistência, ficamos felizes por difundir outro conhecimento”, compartilhou.
Para a pesquisadora Roberta Olmo, chefe do Laboratório de Hanseníase do IOC, além de um trabalho social, a iniciativa estimula a participação de alunos de iniciação científica e pós-graduandos que atuam nos laboratórios do Instituto, o que contribui para a formação destes jovens.
“Ninguém aprende a fazer a verdadeira ciência sem colocar os pés na realidade. Participar desses eventos e visitar as escolas traz desde cedo um olhar diverso para os nossos alunos”, destacou.
O último depoimento foi o do pesquisador Júlio Barbosa, do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC. O especialista em pediculose (piolho) comentou sobre a importância de usar temas de saúde para combater estigmas e preconceitos.
“O trabalho do IOC+Escolas é um trabalho de saúde pública. Usamos linguagem simples para trabalhar conhecimentos importantes não apenas com crianças e adolescentes, mas também com professores. Temas que ajudam a não repetir erros do passado”, concluiu.
Júlio Barbosa trouxe exemplos de suas oficinas no IOC+Escolas. Foto: Gutemberg BritoAlém de facilitar o encontro entre cientistas e alunos, o programa IOC + Escolas está presente nas mais diversas atividades escolares e em eventos institucionais que visam aproximar a ciência da sociedade, de forma leve, acessível e com excelência.
Para solicitar parceria e/ou entrar em contato para dúvidas ou mais informações, envie e-mail para iocmaisescolas@ioc.fiocruz.br.
A programação celebrativa dos 124 anos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) seguiu na última quinta-feira, 23 de maio, com café da manhã e bate-papo com a coordenação do Programa IOC+Escolas.
A iniciativa integra profissionais e colaboradores do IOC com a sociedade através de atividades de divulgação científica, envolvendo especialmente escolas da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro.
“É um Programa muito especial, porque ajuda a ampliar perspectivas não somente de crianças e adolescentes, mas também de todos que participam das atividades”, declarou Renata Maia, coordenadora do IOC+Escolas, durante a abertura do evento. Renata coordena a iniciativa ao lado de Margarete Afonso e Sylvia Teixeira.
Também participaram da abertura o vice-diretor adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ademir Martins, e a vice-diretora adjunta de Ensino, Informação e Comunicação, Norma Brandão.
Ademir destacou a importância de centralizar no Programa as diversas atividades de divulgação científica realizadas pelos laboratórios do IOC.
“A pesquisa desenvolvida no Instituto é extremamente valiosa e ela deve sair dos laboratórios e ser compartilhada com a sociedade. É muito gratificante ver o trabalho que o Programa tem feito junto às escolas”, afirmou.
Os esforços das diferentes coordenações e o constante crescimento do Programa foram destacados por Norma Brandão.
“Essa iniciativa foi inicialmente desenvolvida para atender às demandas de pesquisadores que desejassem participar de editais de divulgação científica. No entanto, as diferentes coordenações abraçaram a missão social do Programa e o transformaram em uma iniciativa mais profissionalizada”, comentou.
Já coordenaram a iniciativa as pesquisadoras Rafaela Bruno, Maria Ogrzewalska e Jacenir Mallet.
Criado em 2015, o IOC+Escolas atua em três eixos centrais: educação em ciências, promoção da saúde e divulgação científica.
“Por ser aberto e colaborativo, o Programa depende do engajamento da comunidade. Por isso, estamos constantemente reforçando a importância de laboratórios se juntarem a nós para ampliarmos essa troca com a sociedade”, afirmou Renata.
A evolução da iniciativa também abordada por Margarete, que apresentou dados recentes e anunciou a atualização do catálogo de atividades.
“Para que nossos propósitos sejam atingidos, desenvolvemos um catálogo para facilitar o acesso do público. Atualmente, o documento conta com 15 oficinas bastante diversas oferecidas por 13 laboratórios”, pontuou. Na segunda edição do catálogo, que será divulgada em breve, estarão listadas 38 oficinas desenvolvidas por 27 laboratórios.
A abrangência territorial de atuação do IOC+Escola foi abordada por Sylvia, que frisou a presença de atividades em instituições fora do município do Rio de Janeiro, alcançando escolas de São Gonçalo e Niterói e em municípios da Baixada Fluminense.
As coordenadoras também mencionaram os desafios e perspectivas de melhorias para o Programa, que incluem maior alcance em escolas no Estado do Rio de Janeiro, necessidade de captação de recursos para fomentar atividades e diálogo com os Programas de Pós-graduação do Instituto.
O impacto social da iniciativa foi um dos pontos centrais do evento. Além do compartilhamento do conhecimento científico de forma lúdica, o Programa contribui para a ampliação da visão de mundo das crianças e adolescentes beneficiadas pela iniciativa.
"Trabalhamos com uma grande diversidade de pessoas e com amplo alcance em regiões vulnerabilizadas. A realidade da escola pública é muito diversa e ouvimos relatos de todos os tipos, alguns nos impactam muito. Algumas crianças nunca saíram de seus bairros”, compartilhou Renata.
A coordenadora enfatizou que um dos principais passos que a iniciativa precisa dar é trazer mais escolas para conhecer as ações científicas do Instituto em sua sede, no campus da Fiocruz em Manguinhos.
“Além de estarmos nas escolas, é importante que esses alunos conheçam nossos laboratórios e os espaços da Fiocruz, pois é uma forma de ampliar perspectivas dessas crianças e adolescentes. Ano passado conseguimos trazer algumas escolas para o campus, com visitas à plataforma de microscopia eletrônica, coleção entomológica, borboletário e Castelo Mourisco", disse.
“É muito mais do que um passeio. É uma forma de fazer com que esses pequenos se reconheçam nos espaços que ocupamos hoje. Para isso, precisamos ampliar os investimentos que nosso programa recebe. Atualmente, nosso orçamento é destinado a logística e transporte para irmos as escolas”, completou.
Com o propósito de influenciar mais laboratórios a participarem do IOC+Escolas, pesquisadores que desenvolvem atividades no Programa compartilharam suas experiências.
Leticia Lery, pesquisadora do Laboratório de Microbiologia Celular do IOC, mencionou o seu desenvolvimento pessoal a partir da necessidade de contar com abordagens flexíveis devido à imprevisibilidade do público.
“A proposta principal da atividade que desenvolvemos é abordar a resistência de bactérias a medicamentos. No entanto, às vezes, o público fica mais interessado em outro tema, que acabo comentado. E está tudo bem. Mesmo quando não conseguimos alcançar nosso objetivo original, que é falar de resistência, ficamos felizes por difundir outro conhecimento”, compartilhou.
Para a pesquisadora Roberta Olmo, chefe do Laboratório de Hanseníase do IOC, além de um trabalho social, a iniciativa estimula a participação de alunos de iniciação científica e pós-graduandos que atuam nos laboratórios do Instituto, o que contribui para a formação destes jovens.
“Ninguém aprende a fazer a verdadeira ciência sem colocar os pés na realidade. Participar desses eventos e visitar as escolas traz desde cedo um olhar diverso para os nossos alunos”, destacou.
O último depoimento foi o do pesquisador Júlio Barbosa, do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC. O especialista em pediculose (piolho) comentou sobre a importância de usar temas de saúde para combater estigmas e preconceitos.
“O trabalho do IOC+Escolas é um trabalho de saúde pública. Usamos linguagem simples para trabalhar conhecimentos importantes não apenas com crianças e adolescentes, mas também com professores. Temas que ajudam a não repetir erros do passado”, concluiu.
Júlio Barbosa trouxe exemplos de suas oficinas no IOC+Escolas. Foto: Gutemberg BritoAlém de facilitar o encontro entre cientistas e alunos, o programa IOC + Escolas está presente nas mais diversas atividades escolares e em eventos institucionais que visam aproximar a ciência da sociedade, de forma leve, acessível e com excelência.
Para solicitar parceria e/ou entrar em contato para dúvidas ou mais informações, envie e-mail para iocmaisescolas@ioc.fiocruz.br.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)