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Caminhos para repatriação e retenção de cérebros no Brasil

Núcleo de Estudos Avançados discutiu programa do governo federal e alternativas para recompor sistema de ciência e tecnologia
Por Maíra Menezes29/08/2024 - Atualizado em 10/10/2024

Com o tema ‘Diáspora científica: caminhos para a repatriação e retenção de cérebros’, o Núcleo do Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) colocou em debate o ‘Programa de Repatriação de Talentos - Conhecimento Brasil’, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 

Coordenada pelo pesquisador emérito da Fiocruz, Renato Cordeiro, a atividade teve participação de três palestrantes:  

  • Luiz Davidovich, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC);  

  • Mercedes Bustamante, professora da Universidade de Brasília (UnB) e ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); 

  • Soraya Smaili, professora e ex-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenadora do grupo de pesquisa ‘Sou Ciência’.  

Como debatedores, participaram da sessão:  

  • Aldo Zarbin, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR);  

  • Ana Gazzola, professora emérita e ex-reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);  

  • Herton Escobar, repórter especial do ‘Jornal da USP’;  

  • Luiz Carlos Dias, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);  

  • Marcus Oliveira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);  

  • Maria Angélica Minhoto, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);  

  • Samuel Goldenberg, pesquisador emérito da Fiocruz.  

A atividade foi transmitida pelo canal do IOC no Youtube. Confira a íntegra do evento. 

Retração da ciência brasileira  

Os palestrantes ressaltaram a relevância e a necessidade de iniciativos para recompor o sistema de ciência e tecnologia do país, após a forte queda nos investimentos observada principalmente durante o governo de Jair Bolsonaro. 

Observando que o impacto negativo da pandemia para a ciência foi mais forte no Brasil do que em outros países, os especialistas citaram a queda na produção científica nacional, a redução no ingresso e na titulação de estudantes em cursos de pós-graduação e a diminuição de matrículas na graduação em universidades públicas (onde se desenvolve a maior parte da pesquisa do país). 

Pontos controversos do projeto do governo federal foram levantados, incluindo o potencial da iniciativa para mobilizar o retorno de pesquisadores considerando a duração e o valor das bolsas ofertadas e a disparidade no tratamento de cientistas residentes e não residentes no país, além da falta de um diagnóstico preciso sobre a diáspora científica. 

Como ponto positivo da proposta foi citado o incentivo para a participação de cientistas brasileiros residentes no exterior em redes de pesquisa com instituições nacionais. 

Recompor o orçamento das instituições de ciência e tecnologia, aumentar o valor das bolsas de pós-graduação e pós-doutorado, expandir a oferta de pós-doutorado, promover o acesso de pós-graduandos e pós-doutores à previdência social, enfrentar as desigualdades regionais e construir uma política de ciência e tecnologia de longo prazo no país foram pontos destacados como caminhos para recompor e fortalecer o ecossistema de formação de recursos humanos e pesquisa no país.  

Núcleo de Estudos Avançados discutiu programa do governo federal e alternativas para recompor sistema de ciência e tecnologia
Por: 
maira

Com o tema ‘Diáspora científica: caminhos para a repatriação e retenção de cérebros’, o Núcleo do Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) colocou em debate o ‘Programa de Repatriação de Talentos - Conhecimento Brasil’, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 

Coordenada pelo pesquisador emérito da Fiocruz, Renato Cordeiro, a atividade teve participação de três palestrantes:  

  • Luiz Davidovich, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC);  

  • Mercedes Bustamante, professora da Universidade de Brasília (UnB) e ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); 

  • Soraya Smaili, professora e ex-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenadora do grupo de pesquisa ‘Sou Ciência’.  

Como debatedores, participaram da sessão:  

  • Aldo Zarbin, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR);  

  • Ana Gazzola, professora emérita e ex-reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);  

  • Herton Escobar, repórter especial do ‘Jornal da USP’;  

  • Luiz Carlos Dias, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);  

  • Marcus Oliveira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);  

  • Maria Angélica Minhoto, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);  

  • Samuel Goldenberg, pesquisador emérito da Fiocruz.  

A atividade foi transmitida pelo canal do IOC no Youtube. Confira a íntegra do evento. 

Retração da ciência brasileira  

Os palestrantes ressaltaram a relevância e a necessidade de iniciativos para recompor o sistema de ciência e tecnologia do país, após a forte queda nos investimentos observada principalmente durante o governo de Jair Bolsonaro. 

Observando que o impacto negativo da pandemia para a ciência foi mais forte no Brasil do que em outros países, os especialistas citaram a queda na produção científica nacional, a redução no ingresso e na titulação de estudantes em cursos de pós-graduação e a diminuição de matrículas na graduação em universidades públicas (onde se desenvolve a maior parte da pesquisa do país). 

Pontos controversos do projeto do governo federal foram levantados, incluindo o potencial da iniciativa para mobilizar o retorno de pesquisadores considerando a duração e o valor das bolsas ofertadas e a disparidade no tratamento de cientistas residentes e não residentes no país, além da falta de um diagnóstico preciso sobre a diáspora científica. 

Como ponto positivo da proposta foi citado o incentivo para a participação de cientistas brasileiros residentes no exterior em redes de pesquisa com instituições nacionais. 

Recompor o orçamento das instituições de ciência e tecnologia, aumentar o valor das bolsas de pós-graduação e pós-doutorado, expandir a oferta de pós-doutorado, promover o acesso de pós-graduandos e pós-doutores à previdência social, enfrentar as desigualdades regionais e construir uma política de ciência e tecnologia de longo prazo no país foram pontos destacados como caminhos para recompor e fortalecer o ecossistema de formação de recursos humanos e pesquisa no país.  

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)