:: Confira a mensagem de final de ano do IOC
Carrossel de emoções ou montanha russa de acontecimentos? Qual seria a melhor analogia para sintetizar 2022? Marcado por inúmeras conquistas, o ano do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) também reservou intensos desafios. Fique por dentro dos principais fatos na retrospectiva a seguir.
Para abrir este especial em grande estilo, nada melhor do que começar com ele: Oswaldo Cruz, patrono do IOC e da Fiocruz. Para celebrar os 150 anos de nascimento do cientista, o Instituto preparou uma série de atividades que reforçaram o legado daquele que se tornou o grande médico e sanitarista com "fé eterna na sciencia".
Ainda na pegada de celebrações, o Instituto e a Fiocruz completaram 122 anos, com compromisso renovado com a saúde e a ciência a partir do legado deixado pelo patrono, que, mais que nunca, vive.
Após dois anos de pandemia provocada pelo novo coronavÃrus, o Brasil e o mundo começaram a reconquistar a esperança da retomada integral das atividades do cotidiano.
A vacinação, que completava um ano em janeiro, se demonstrava primordial na diminuição do número de casos graves e de óbitos por Covid-19, que até dezembro do ano anterior havia provocado mais de 22 milhões de casos e dizimado mais de 619 mil brasileiros.
No entanto, em dissonância a esses dados positivos, o Brasil se viu diante de uma nova onda de desinformação que fez despencar Ãndices de imunização de diversas doenças, com destaque para poliomielite e sarampo. Uma ameaça para a vida.
Firme na luta pela divulgação cientÃfica e pela disseminação de conteúdos confiáveis, o IOC se juntou aos Correios para lançar selos postais de incentivo à vacinação que se espalharam pelo paÃs. Eles apresentam ilustrações aplicadas sobre as cores da bandeira nacional, com referência a aspectos históricos do desenvolvimento das vacinas e conquistas da vacinação no paÃs.
E, assim como nos anos anteriores, toda a comunidade institucional permaneceu empenhada em ações de enfrentamento à pandemia, em busca de respostas que pudessem contribuir para a mitigação dos efeitos da Covid-19.
Novamente, a pesquisa e o trabalho no Instituto foram destaques paÃs afora. Um estudo publicado na revista ‘Nature’ desvendou o papel-chave da molécula NSP6 na replicação do SARS-CoV-2 no interior da célula hospedeira. Em parceria com o Ministério da Saúde, foi promovido treinamento de profissionais de oito estados e do Distrito Federal para detecção do SARS-CoV-2 em esgotos.
AntÃgua e Barbuda, Barbados, Bahamas, Dominica, Granada, Guiana, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, e São Vicente e Granadinas: capacitação sobre SARS-CoV-2 para nove paÃsesSe a vida de estudante nunca foi fácil, imagine em meio ao turbilhão de sentimentos provocado pela pior crise de saúde da história: um estudo com quase 6 mil alunos, de todas as regiões do paÃs, revelou o alto impacto da pandemia nas atividades acadêmicas e na saúde mental de alunos de pós-graduação.
Com o objetivo de fortalecer a vigilância integrada de Influenza e Covid-19, pesquisadores do IOC, juntamente com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) realizaram capacitação para nove paÃses da região do Caribe, com foco no diagnóstico molecular e na epidemiologia dos vÃrus.
Falando em CDC, o Instituto foi anfitrião de reunião com equipe da agência americana para discutir cooperações na vigilância de vÃrus respiratórios e resistência microbiana. E o prestÃgio do IOC não parou por aÃ. Laboratórios do Instituto foram visitados pelo Cônsul-Geral Britânico, por comitiva da OMS e por especialistas da Universidade de Oxford, incluindo os desenvolvedores da vacina da AstraZeneca.
Enquanto a Covid-19 ainda despertava preocupação, outra emergência sanitária acendia o alerta de autoridades de saúde e de pesquisadores do Instituto. Era a Mpox. Inicialmente chamada de Monkeypox, no primeiro semestre de 2022 a doença passou a ser notificada fora do território onde a infecção até então se manifestava com frequência.
Rapidamente, a comunidade cientÃfica do IOC se mobilizou para atuar na resposta a esse novo problema de saúde pública, que em pouco tempo havia provocado milhares de infecções pelo paÃs.
Familiarizados com vÃrus ‘parentes’ de Mpox, especialistas implementaram as técnicas de diagnóstico laboratorial dos casos. Com isso, o Instituto foi reconhecido como referência sobre o tema junto ao Ministério da Saúde. Também foi promovida capacitação para paÃses da América Latina e isolamos o vÃrus, registrado em imagens que revelam sua estrutura detalhada – uma notÃcia que correu o Brasil e o mundo.
E depois dessas grandes emergências, será que mais alguma ainda vai surgir? Poderia ser a partir do Brasil? Em quanto tempo? Pesquisadores se debruçaram sobre essas indagações e apontaram em estudo publicado na revista ‘Science Advances’ que recentes aumentos nas vulnerabilidades sociais e ecológicas do paÃs se tornaram sinal vermelho para a propensão dessa megadiversidade atuar como incubadora de uma possÃvel pandemia provocada por zoonoses – conjunto de doenças infecciosas com circulação animal que podem ser transmitidas para os seres humanos.
Ao mesmo tempo em que sustenta a frente de resposta às emergências sanitárias, o Instituto se dedica à geração de conhecimento de um amplo espectro de doenças.
Em hansenÃase, um time internacional de cientistas, liderado pelo IOC em parceria com a Microsoft e a Fundação Novartis, desenvolveu um assistente de diagnóstico, baseado em inteligência artificial, que pode ajudar a identificar casos suspeitos da infecção.
Sobre doença de Chagas, o primeiro kit do paÃs para diagnóstico molecular do agravo, chamado de Kit NAT Chagas, foi autorizado pela Anvisa, e resultados divulgados pelo ‘Projeto Selênio’ abriram portas para novos estudos sobre uso da suplementação no tratamento da cardiopatia chagásica.
De hansenÃase a leishmaniose, de doença de Chagas a dengue: a pesquisa do IOC novamente deixou marcas na literatura cientÃficaPesquisas em arboviroses, tradição do Instituto, detectaram pela primeira vez no Brasil o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vÃrus da dengue e traçaram o raio de infecção por febre amarela durante o surto no paÃs que assolou diversos estados entre 2017 e 2019.
Em relação a vÃrus respiratórios, a equipe do IOC integrante do Projeto Fioantar detectou a presença do vÃrus influenza A, subtipo H11N2, em pinguins nas Ilhas Shetland do Sul, na Antártica, o que sugere a circulação contÃnua do patógeno na região e reforça a necessidade da vigilância constante da gripe aviária na localidade.
E com o objetivo de ampliar o impacto e a qualidade da pesquisa desenvolvida no Instituto, profissionais de diversos laboratórios se organizaram em redes temáticas, a partir do estÃmulo inédito aportado pelo edital ‘INOVA IOC’.
Além disso, para expandir parcerias internacionais em pesquisa e ensino, uma comitiva institucional visitou importantes instituições portuguesas e espanholas, entre elas o Instituto de Salud Global, a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Aveiro (UA) que abriga a Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS).
Sem dúvidas, a divulgação do resultado da avaliação da Capes reafirmando a qualidade do Ensino do Instituto foi a notÃcia mais comemorada da área. Três Programas de Pós-graduação Stricto sensu conquistaram nota máxima, dois alcançaram conceito 'excelente' e outros dois, o Ãndice 'muito bom'. O resultado foi destaque na Semana da Pós-graduação, que retornou à modalidade presencial com debates sobre valorização, inclusão e diversidade.
Orgulho do IOC desde 1976, a Pós-graduação em Biologia Parasitária teve mil motivos para festejar. O curso ultrapassou a marca de mil mestres e doutores formados. Já a Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde completou a maioridade com evento sobre a transdisciplinaridade e a diversidade intrÃnsecas ao Programa, com mais de 300 formados.
Com pesquisa que apontou altos Ãndices de infecções por hepatite B em gestantes e doadores de sangue em Angola, a Pós-graduação em Medicina Tropical formou o primeiro doutor do Instituto para aquele paÃs, no intenso esforço de internacionalização das ações de Ensino desenvolvidas na Unidade.
2022 vai deixar marcas positivas em toda a comunidade acadêmica e cientÃficaMas nem tudo foram flores no Ensino. No final do ano, cortes orçamentários do governo federal ameaçaram o pagamento de bolsas de estudantes financiadas pela Capes em todo o paÃs. Como forma de expressar o repúdio ao estrangulamento da Educação e da Ciência, um ato foi organizado em frente ao Castelo da Fiocruz.
No IOC, 2022 foi um ano promissor para o registro histórico da biodiversidade do planeta. Pesquisadores identificaram nova espécie de bicho-pau em Petrópolis, no Rio de Janeiro, batizaram um novo ‘barbeiro’ de Panstrongylus noireaui em homenagem a parceiro cientÃfico do Instituto e em reconhecimento à s contribuições cientÃficas de biólogo da Unidade um percevejo foi denominado de Zelurus galvaoi.
Pesquisadores lançaram cartilha de conscientização sobre a raia-viola brasileira e livro infantojuvenil sobre a biologia, controle e tratamento da pediculose.
Como forma de renovar e fortalecer o compromisso institucional com a ciência e a saúde ensinados por Oswaldo, que há mais de um século inspira gerações de profissionais e estudantes do IOC, o Instituto lançou o Plano Quadrienal Estratégico 2022-2025.
O documento irá nortear as ações da Unidade pelo próximo quadriênio, sempre alinhado à s diretrizes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 - na perspectiva da Saúde Única – e à missão, visão de futuro e valores do IOC. O Plano foi construÃdo coletivamente durante o 7º Encontro do Instituto.
Entre prêmios e homenagens, pesquisadores e estudantes foram destaques de norte a sul do paÃsEssa retrospectiva se encerra com a eterna lembrança daquele que dedicou toda uma carreira cientÃfica em prol das populações mais vulneráveis. O ano de 2022 vai ficar marcado pela consternação pela perda precoce de Milton Ozório Moraes, um dos maiores estudiosos em fisiopatologia da hansenÃase. O legado do cientista se perpetuará na memória institucional e naqueles conviveram que com ele ou foram impactados por suas contribuições.
::Â Confira a mensagem de final de ano do IOC
Carrossel de emoções ou montanha russa de acontecimentos? Qual seria a melhor analogia para sintetizar 2022? Marcado por inúmeras conquistas, o ano do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) também reservou intensos desafios. Fique por dentro dos principais fatos na retrospectiva a seguir.
Para abrir este especial em grande estilo, nada melhor do que começar com ele: Oswaldo Cruz, patrono do IOC e da Fiocruz. Para celebrar os 150 anos de nascimento do cientista, o Instituto preparou uma série de atividades que reforçaram o legado daquele que se tornou o grande médico e sanitarista com "fé eterna na sciencia".
Ainda na pegada de celebrações, o Instituto e a Fiocruz completaram 122 anos, com compromisso renovado com a saúde e a ciência a partir do legado deixado pelo patrono, que, mais que nunca, vive.
Após dois anos de pandemia provocada pelo novo coronavÃrus, o Brasil e o mundo começaram a reconquistar a esperança da retomada integral das atividades do cotidiano.Â
A vacinação, que completava um ano em janeiro, se demonstrava primordial na diminuição do número de casos graves e de óbitos por Covid-19, que até dezembro do ano anterior havia provocado mais de 22 milhões de casos e dizimado mais de 619 mil brasileiros.
No entanto, em dissonância a esses dados positivos, o Brasil se viu diante de uma nova onda de desinformação que fez despencar Ãndices de imunização de diversas doenças, com destaque para poliomielite e sarampo. Uma ameaça para a vida.
Firme na luta pela divulgação cientÃfica e pela disseminação de conteúdos confiáveis, o IOC se juntou aos Correios para lançar selos postais de incentivo à vacinação que se espalharam pelo paÃs. Eles apresentam ilustrações aplicadas sobre as cores da bandeira nacional, com referência a aspectos históricos do desenvolvimento das vacinas e conquistas da vacinação no paÃs.Â
E, assim como nos anos anteriores, toda a comunidade institucional permaneceu empenhada em ações de enfrentamento à pandemia, em busca de respostas que pudessem contribuir para a mitigação dos efeitos da Covid-19.Â
Novamente, a pesquisa e o trabalho no Instituto foram destaques paÃs afora. Um estudo publicado na revista ‘Nature’ desvendou o papel-chave da molécula NSP6 na replicação do SARS-CoV-2 no interior da célula hospedeira. Em parceria com o Ministério da Saúde, foi promovido treinamento de profissionais de oito estados e do Distrito Federal para detecção do SARS-CoV-2 em esgotos.
AntÃgua e Barbuda, Barbados, Bahamas, Dominica, Granada, Guiana, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, e São Vicente e Granadinas: capacitação sobre SARS-CoV-2 para nove paÃsesSe a vida de estudante nunca foi fácil, imagine em meio ao turbilhão de sentimentos provocado pela pior crise de saúde da história: um estudo com quase 6 mil alunos, de todas as regiões do paÃs, revelou o alto impacto da pandemia nas atividades acadêmicas e na saúde mental de alunos de pós-graduação.
Com o objetivo de fortalecer a vigilância integrada de Influenza e Covid-19, pesquisadores do IOC, juntamente com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) realizaram capacitação para nove paÃses da região do Caribe, com foco no diagnóstico molecular e na epidemiologia dos vÃrus.
Falando em CDC, o Instituto foi anfitrião de reunião com equipe da agência americana para discutir cooperações na vigilância de vÃrus respiratórios e resistência microbiana. E o prestÃgio do IOC não parou por aÃ. Laboratórios do Instituto foram visitados pelo Cônsul-Geral Britânico, por comitiva da OMS e por especialistas da Universidade de Oxford, incluindo os desenvolvedores da vacina da AstraZeneca.
Enquanto a Covid-19 ainda despertava preocupação, outra emergência sanitária acendia o alerta de autoridades de saúde e de pesquisadores do Instituto. Era a Mpox. Inicialmente chamada de Monkeypox, no primeiro semestre de 2022 a doença passou a ser notificada fora do território onde a infecção até então se manifestava com frequência.Â
Rapidamente, a comunidade cientÃfica do IOC se mobilizou para atuar na resposta a esse novo problema de saúde pública, que em pouco tempo havia provocado milhares de infecções pelo paÃs.
Familiarizados com vÃrus ‘parentes’ de Mpox, especialistas implementaram as técnicas de diagnóstico laboratorial dos casos. Com isso, o Instituto foi reconhecido como referência sobre o tema junto ao Ministério da Saúde. Também foi promovida capacitação para paÃses da América Latina e isolamos o vÃrus, registrado em imagens que revelam sua estrutura detalhada – uma notÃcia que correu o Brasil e o mundo.
E depois dessas grandes emergências, será que mais alguma ainda vai surgir? Poderia ser a partir do Brasil? Em quanto tempo? Pesquisadores se debruçaram sobre essas indagações e apontaram em estudo publicado na revista ‘Science Advances’ que recentes aumentos nas vulnerabilidades sociais e ecológicas do paÃs se tornaram sinal vermelho para a propensão dessa megadiversidade atuar como incubadora de uma possÃvel pandemia provocada por zoonoses – conjunto de doenças infecciosas com circulação animal que podem ser transmitidas para os seres humanos.Â
Ao mesmo tempo em que sustenta a frente de resposta às emergências sanitárias, o Instituto se dedica à geração de conhecimento de um amplo espectro de doenças.
Em hansenÃase, um time internacional de cientistas, liderado pelo IOC em parceria com a Microsoft e a Fundação Novartis, desenvolveu um assistente de diagnóstico, baseado em inteligência artificial, que pode ajudar a identificar casos suspeitos da infecção.
Sobre doença de Chagas, o primeiro kit do paÃs para diagnóstico molecular do agravo, chamado de Kit NAT Chagas, foi autorizado pela Anvisa, e resultados divulgados pelo ‘Projeto Selênio’ abriram portas para novos estudos sobre uso da suplementação no tratamento da cardiopatia chagásica.
De hansenÃase a leishmaniose, de doença de Chagas a dengue: a pesquisa do IOC novamente deixou marcas na literatura cientÃficaPesquisas em arboviroses, tradição do Instituto, detectaram pela primeira vez no Brasil o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vÃrus da dengue e traçaram o raio de infecção por febre amarela durante o surto no paÃs que assolou diversos estados entre 2017 e 2019.
Em relação a vÃrus respiratórios, a equipe do IOC integrante do Projeto Fioantar detectou a presença do vÃrus influenza A, subtipo H11N2, em pinguins nas Ilhas Shetland do Sul, na Antártica, o que sugere a circulação contÃnua do patógeno na região e reforça a necessidade da vigilância constante da gripe aviária na localidade.
E com o objetivo de ampliar o impacto e a qualidade da pesquisa desenvolvida no Instituto, profissionais de diversos laboratórios se organizaram em redes temáticas, a partir do estÃmulo inédito aportado pelo edital ‘INOVA IOC’.
Além disso, para expandir parcerias internacionais em pesquisa e ensino, uma comitiva institucional visitou importantes instituições portuguesas e espanholas, entre elas o Instituto de Salud Global, a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Aveiro (UA) que abriga a Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS).
Sem dúvidas, a divulgação do resultado da avaliação da Capes reafirmando a qualidade do Ensino do Instituto foi a notÃcia mais comemorada da área. Três Programas de Pós-graduação Stricto sensu conquistaram nota máxima, dois alcançaram conceito 'excelente' e outros dois, o Ãndice 'muito bom'. O resultado foi destaque na Semana da Pós-graduação, que retornou à modalidade presencial com debates sobre valorização, inclusão e diversidade.
Orgulho do IOC desde 1976, a Pós-graduação em Biologia Parasitária teve mil motivos para festejar. O curso ultrapassou a marca de mil mestres e doutores formados. Já a Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde completou a maioridade com evento sobre a transdisciplinaridade e a diversidade intrÃnsecas ao Programa, com mais de 300 formados.
Com pesquisa que apontou altos Ãndices de infecções por hepatite B em gestantes e doadores de sangue em Angola, a Pós-graduação em Medicina Tropical formou o primeiro doutor do Instituto para aquele paÃs, no intenso esforço de internacionalização das ações de Ensino desenvolvidas na Unidade.Â
2022 vai deixar marcas positivas em toda a comunidade acadêmica e cientÃficaMas nem tudo foram flores no Ensino. No final do ano, cortes orçamentários do governo federal ameaçaram o pagamento de bolsas de estudantes financiadas pela Capes em todo o paÃs. Como forma de expressar o repúdio ao estrangulamento da Educação e da Ciência, um ato foi organizado em frente ao Castelo da Fiocruz.Â
No IOC, 2022 foi um ano promissor para o registro histórico da biodiversidade do planeta. Pesquisadores identificaram nova espécie de bicho-pau em Petrópolis, no Rio de Janeiro, batizaram um novo ‘barbeiro’ de Panstrongylus noireaui em homenagem a parceiro cientÃfico do Instituto e em reconhecimento à s contribuições cientÃficas de biólogo da Unidade um percevejo foi denominado de Zelurus galvaoi.
Pesquisadores lançaram cartilha de conscientização sobre a raia-viola brasileira e livro infantojuvenil sobre a biologia, controle e tratamento da pediculose.
Como forma de renovar e fortalecer o compromisso institucional com a ciência e a saúde ensinados por Oswaldo, que há mais de um século inspira gerações de profissionais e estudantes do IOC, o Instituto lançou o Plano Quadrienal Estratégico 2022-2025.Â
O documento irá nortear as ações da Unidade pelo próximo quadriênio, sempre alinhado à s diretrizes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 -  na perspectiva da Saúde Única – e à missão, visão de futuro e valores do IOC. O Plano foi construÃdo coletivamente durante o 7º Encontro do Instituto.
Entre prêmios e homenagens, pesquisadores e estudantes foram destaques de norte a sul do paÃsEssa retrospectiva se encerra com a eterna lembrança daquele que dedicou toda uma carreira cientÃfica em prol das populações mais vulneráveis. O ano de 2022 vai ficar marcado pela consternação pela perda precoce de Milton Ozório Moraes, um dos maiores estudiosos em fisiopatologia da hansenÃase. O legado do cientista se perpetuará na memória institucional e naqueles conviveram que com ele ou foram impactados por suas contribuições.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)