:: Confira a cobertura especial
As perspectivas da Pós-graduação no Brasil, a atuação das mulheres na ciência, os avanços na bioengenharia tecidual e um debate em torno da Política de Apoio ao Estudante (PAE/Fiocruz) marcaram o terceiro dia de programação (27/9) da Semana da Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A primeira atividade foi a mesa-redonda ‘Pós-graduação em foco: avanços e perspectivas no IOC e no Brasil’, comandada pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, e pelo presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Rogean Vinicius Santos Soares.
Rogean e Tania durante a mesa que abordou os avanços e perspectivas da pós-graduação. Foto: Ricardo SchmidtA diretora do Instituto abriu sua fala contando um pouco de sua trajetória científica, como o ingresso na UFRJ, o pós-doutorado na Université Libre de Bruxelles, na Bélgica, e as contribuições para o credenciamento dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e de Ensino em Biociências e Saúde do IOC.
Em seguida, pontuou momentos marcantes na história da Fundação, como o massacre de Manguinhos e a pandemia de Covid-19, e comentou sobre os quatro temas integradores das Redes de Pesquisa e Inovação do Instituto (Biologia Celular e Molecular, Diagnóstico e Biomodelos; Microbiologia e Interações parasito-hospedeiro; Ambiente, Biodiversidade e Saúde; e Saúde e Sociedade).
“Esses temas estão alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas e suas 169 metas. Tenho certeza de que o projeto de pesquisa de vocês dialoga com pelo menos um dos objetivos, o que é importante no contexto da internacionalização do ensino, pauta que estamos [Diretoria] nos debruçando a um tempo”, disse.
Tania também sinalizou os desafios que a área de ciências biológicas enfrentará nos próximos 60 anos. Doenças resultantes da superpopulação e das mudanças climáticas, violência urbana e envelhecimento foram alguns citados por ela.
Por sua vez, o presidente da ANPG, Rogean Vinicius Santos Soares abordou as metas e dos objetivos da Associação.
“Assumi a presidência da ANPG em 2022 e, desde então, tenho focado minha gestão na valorização da ciência e do pesquisador. E isso passa pela questão do reajuste das bolsas de pós-graduação e da recomposição do orçamento do Ministério da Educação e do Ministério da Ciências e Tecnologia”, declarou Vinícius, ressaltando que, diante do atual cenário financeiro do país, as bolsas de doutorado deveriam estar na faixa dos R$ 7 mil e as de mestrado, R$ 4 mil.
Rogean chamou atenção, ainda, para a necessidade de se pensar em formas de aumentar a entrada de mestres e doutores, recém titulados, no mercado de trabalho.
“Não há mais vagas. É preciso acirrar a discussão sobre como vamos absorver esse grupo para evitar a fuga de cérebros, que é um dos principais efeitos do desmonte e da desvalorização do jovem pesquisador”, enfatizou.
Este foi o tema da mesa comandada pelas pesquisadoras Patrícia Bozza (Laboratório de Imunofarmacologia do IOC) e Sabrina Baptista Ferreira (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ).
Patrícia apresentou uma série histórica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cujos gráficos mostram que 43,7% do conjunto de pesquisadores científicos no Brasil é constituído por mulheres. A nível mundial, o valor cai 30%, segundo a ONU.
“No CNPq, a curva é otimista e aponta esse percentual de mulheres pesquisadoras. Porém, o mesmo não acontece em cargos de liderança dentro da pesquisa científica e em relação às áreas de conhecimento. Se analisarmos a base de produtividade do Conselho, vamos observar que ainda existe discrepância, sobretudo em relação a áreas como matemática e física”, exemplificou.
Patrícia Bozza ressaltou que a presença de mulheres na ABC ainda é pequena. Foto: DivulgaçãoA pesquisadora acrescentou, ainda, que, na Academia Brasileira de Ciências (ABC) – instância da qual faz parte – a participação feminina é pequena (cerca de 10%) e majoritariamente de mulheres brancas do sudeste brasileiro. O que para ela é improducente, pois estudos comprovam que ambientes diversos são mais produtivos e criativos.
“É preciso trazer também uma visão otimista do processo. Ter, neste auditório, a imagem de uma mulher entre os diretores do IOC, por menor que seja o quantitativo, é uma conquista”, finalizou a cientista.
Pegando carona no título da mesa, Sabrina Baptista abriu sua apresentação com a seguinte retórica: ‘Qual será o caminho para a construção de inúmeros futuros brilhantes?’. De forma enfática, ela respondeu: “Acredito que este caminho seja a equidade de gênero”.
Em seguida, a pesquisadora da UFRJ lançou luz ao fato de mulheres brasileiras serem sub-representadas em publicações científicas. Segundo ela, embora a participação feminina nas ciências esteja aumentando, a desigualdade permanece quando o assunto são publicações, citações, bolsas concedidas e colaborações.
“Especificamente falando sobre as citações, trabalhos publicados por mulheres são citados com muito menos frequência do que os trabalhos publicados por homens. O impacto disso é a visibilidade reduzida e a redução de oportunidades. Precisamos quebrar esse ciclo”, destacou.
Por fim, Sabrina salientou outros fatores que a acompanham na vida adulta da mulher e que podem dificultar ou até impedir sua atuação como pesquisadora.
“Estamos falando sobre a maternidade e o peso que a criação de filhos tem sobre a mãe. Embora o número de mulheres bolsistas de pesquisa seja expressivo em período de graduação e pós-graduação, esse número diminui conforme a faixa etária vai aumentando. Ou seja, diminuiu no pós-maternidade”, finalizou.
Na parte da tarde, a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto, Luciana Garzoni, ministrou a palestra ‘Avanços na bioengenharia tecidual e novas tecnologias no IOC’.
Luciana destacou os avanços da área durante a palestra. Foto: Virginia DamasGarzoni explicou o surgimento do tema, que foi cunhado primeiramente no Massachusetts Institute of Technology (MIT), e explicou um pouco sobre engenharia de tecidos, que consiste em utilizar modelos de células in vitro, bi e tridimensionais, enervados e vascularizados para diferentes bioensaios.
“Ela veio na perspectiva da substituição dos transplantes. Os avanços ainda são pequenos, mas já existe um grupo de Israel que conseguiu produzir um micro coração a partir da bioengenharia”, comentou.
Sobre recentes avanços, a pesquisadora ressaltou a atuação da área no desenvolvimento e aperfeiçoamento de novos biomateriais.
“Estes devem estimular a adesão, diferenciação e proliferação celular, e ainda promover a produção de moléculas específicas do tecido-alvo”, acrescentou.
Ao final, a vice-diretora falou sobre o processo de modernização das Plataformas Tecnológicas do Instituto e estimulou os estudantes a utilizarem esses equipamentos sempre que for necessário.
A última atividade do dia foi a mesa ‘Conversando sobre a Política de Apoio ao Estudante (PAE)’, que reuniu coordenadores e docentes dos sete programas de Pós-graduação do IOC, com o intuito de responder as perguntas dos estudantes em relação ao tema.
“Sabemos que a vida do pós-graduando é difícil em vários aspectos e a Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação (VDEIC) está atenta, empenhada e disposta a responder a todos os questionamentos de vocês”, declarou Paulo D’Andrea, vice-diretor da pasta.
Coordenadores e docentes do Programas de Pós-graduação responderam a questões dos estudantes durante a mesa. Foto: Virginia DamasEm seguida, Samanta Azeredo, docente da Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas, afirmou entender as angústias dos pós-graduandos.
“Já estive deste lado. Então, dentro do institucionalmente permitido, coloco-me à disposição para colaborar na resolução dos problemas apontados”, disse.
Coordenador da Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde, Felipe Ferraz fez coro à Samantha, assim como Eduardo Caio Torres, docente da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular.
“As demandas de vocês são válidas. Então, em nome do Programa de Biodiversidade e Saúde, ofereço todo o suporte necessário para que, juntos, encontremos a solução”, reforçou Felipe.
“Estamos aqui dispostos a ajudar nas resoluções dos problemas apontados e a construir um novo cenário para a realidade do pós-graduando”, acrescentou Eduardo.
Daniele Castro, coordenadora da Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores, elogiou o empenho dos estudantes na resolução das questões que os afligem.
“Acho importante eventos assim, por que representam um momento de integração, de vocês, juntos, discutindo conjuntamente a solução para as reinvindicações”, comentou.
Participante da Semana da Pós desde a primeira edição, a coordenadora do Programa de Medicina Tropical, Vanessa de Paula, ressaltou a importância do momento para o ensino no Instituto.
“É um momento muito importante para os coordenadores poderem se posicionar e argumentar diretamente com vocês as questões da pós-graduação”, disse.
A coordenadora da Pós-graduação em Ensino em Biociência e Saúde, Clélia Christina Mello, não pôde comparecer à mesa, mas gravou uma mensagem, em vídeo, para os discentes.
“Estamos atentos às questões de vocês. Problemas podem ser resolvidos com carinho e atenção e é isso que a Coordenação da Pós-graduação em Ensino em Biociência e Saúde busca fazer incessantemente. Contem conosco”, disse.
Durante a mesa, os coordenadores e docentes responderam a questões dos estudantes referentes à adequação de materiais didáticos, tempo de aula e outras ferramentas para inclusão de pessoas com deficiência; à expansão do prazo de licença-maternidade para as mulheres; às medidas de combate aos tipos de assédio (moral e sexual) e às de apoio a estudantes estrangeiros; entre outras.
:: Confira a cobertura especial
As perspectivas da Pós-graduação no Brasil, a atuação das mulheres na ciência, os avanços na bioengenharia tecidual e um debate em torno da Política de Apoio ao Estudante (PAE/Fiocruz) marcaram o terceiro dia de programação (27/9) da Semana da Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A primeira atividade foi a mesa-redonda ‘Pós-graduação em foco: avanços e perspectivas no IOC e no Brasil’, comandada pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, e pelo presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Rogean Vinicius Santos Soares.
Rogean e Tania durante a mesa que abordou os avanços e perspectivas da pós-graduação. Foto: Ricardo SchmidtA diretora do Instituto abriu sua fala contando um pouco de sua trajetória científica, como o ingresso na UFRJ, o pós-doutorado na Université Libre de Bruxelles, na Bélgica, e as contribuições para o credenciamento dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e de Ensino em Biociências e Saúde do IOC.
Em seguida, pontuou momentos marcantes na história da Fundação, como o massacre de Manguinhos e a pandemia de Covid-19, e comentou sobre os quatro temas integradores das Redes de Pesquisa e Inovação do Instituto (Biologia Celular e Molecular, Diagnóstico e Biomodelos; Microbiologia e Interações parasito-hospedeiro; Ambiente, Biodiversidade e Saúde; e Saúde e Sociedade).
“Esses temas estão alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas e suas 169 metas. Tenho certeza de que o projeto de pesquisa de vocês dialoga com pelo menos um dos objetivos, o que é importante no contexto da internacionalização do ensino, pauta que estamos [Diretoria] nos debruçando a um tempo”, disse.
Tania também sinalizou os desafios que a área de ciências biológicas enfrentará nos próximos 60 anos. Doenças resultantes da superpopulação e das mudanças climáticas, violência urbana e envelhecimento foram alguns citados por ela.
Por sua vez, o presidente da ANPG, Rogean Vinicius Santos Soares abordou as metas e dos objetivos da Associação.
“Assumi a presidência da ANPG em 2022 e, desde então, tenho focado minha gestão na valorização da ciência e do pesquisador. E isso passa pela questão do reajuste das bolsas de pós-graduação e da recomposição do orçamento do Ministério da Educação e do Ministério da Ciências e Tecnologia”, declarou Vinícius, ressaltando que, diante do atual cenário financeiro do país, as bolsas de doutorado deveriam estar na faixa dos R$ 7 mil e as de mestrado, R$ 4 mil.
Rogean chamou atenção, ainda, para a necessidade de se pensar em formas de aumentar a entrada de mestres e doutores, recém titulados, no mercado de trabalho.
“Não há mais vagas. É preciso acirrar a discussão sobre como vamos absorver esse grupo para evitar a fuga de cérebros, que é um dos principais efeitos do desmonte e da desvalorização do jovem pesquisador”, enfatizou.
Este foi o tema da mesa comandada pelas pesquisadoras Patrícia Bozza (Laboratório de Imunofarmacologia do IOC) e Sabrina Baptista Ferreira (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ).
Patrícia apresentou uma série histórica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cujos gráficos mostram que 43,7% do conjunto de pesquisadores científicos no Brasil é constituído por mulheres. A nível mundial, o valor cai 30%, segundo a ONU.
“No CNPq, a curva é otimista e aponta esse percentual de mulheres pesquisadoras. Porém, o mesmo não acontece em cargos de liderança dentro da pesquisa científica e em relação às áreas de conhecimento. Se analisarmos a base de produtividade do Conselho, vamos observar que ainda existe discrepância, sobretudo em relação a áreas como matemática e física”, exemplificou.
Patrícia Bozza ressaltou que a presença de mulheres na ABC ainda é pequena. Foto: DivulgaçãoA pesquisadora acrescentou, ainda, que, na Academia Brasileira de Ciências (ABC) – instância da qual faz parte – a participação feminina é pequena (cerca de 10%) e majoritariamente de mulheres brancas do sudeste brasileiro. O que para ela é improducente, pois estudos comprovam que ambientes diversos são mais produtivos e criativos.
“É preciso trazer também uma visão otimista do processo. Ter, neste auditório, a imagem de uma mulher entre os diretores do IOC, por menor que seja o quantitativo, é uma conquista”, finalizou a cientista.
Pegando carona no título da mesa, Sabrina Baptista abriu sua apresentação com a seguinte retórica: ‘Qual será o caminho para a construção de inúmeros futuros brilhantes?’. De forma enfática, ela respondeu: “Acredito que este caminho seja a equidade de gênero”.
Em seguida, a pesquisadora da UFRJ lançou luz ao fato de mulheres brasileiras serem sub-representadas em publicações científicas. Segundo ela, embora a participação feminina nas ciências esteja aumentando, a desigualdade permanece quando o assunto são publicações, citações, bolsas concedidas e colaborações.
“Especificamente falando sobre as citações, trabalhos publicados por mulheres são citados com muito menos frequência do que os trabalhos publicados por homens. O impacto disso é a visibilidade reduzida e a redução de oportunidades. Precisamos quebrar esse ciclo”, destacou.
Por fim, Sabrina salientou outros fatores que a acompanham na vida adulta da mulher e que podem dificultar ou até impedir sua atuação como pesquisadora.
“Estamos falando sobre a maternidade e o peso que a criação de filhos tem sobre a mãe. Embora o número de mulheres bolsistas de pesquisa seja expressivo em período de graduação e pós-graduação, esse número diminui conforme a faixa etária vai aumentando. Ou seja, diminuiu no pós-maternidade”, finalizou.
Na parte da tarde, a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto, Luciana Garzoni, ministrou a palestra ‘Avanços na bioengenharia tecidual e novas tecnologias no IOC’.
Luciana destacou os avanços da área durante a palestra. Foto: Virginia DamasGarzoni explicou o surgimento do tema, que foi cunhado primeiramente no Massachusetts Institute of Technology (MIT), e explicou um pouco sobre engenharia de tecidos, que consiste em utilizar modelos de células in vitro, bi e tridimensionais, enervados e vascularizados para diferentes bioensaios.
“Ela veio na perspectiva da substituição dos transplantes. Os avanços ainda são pequenos, mas já existe um grupo de Israel que conseguiu produzir um micro coração a partir da bioengenharia”, comentou.
Sobre recentes avanços, a pesquisadora ressaltou a atuação da área no desenvolvimento e aperfeiçoamento de novos biomateriais.
“Estes devem estimular a adesão, diferenciação e proliferação celular, e ainda promover a produção de moléculas específicas do tecido-alvo”, acrescentou.
Ao final, a vice-diretora falou sobre o processo de modernização das Plataformas Tecnológicas do Instituto e estimulou os estudantes a utilizarem esses equipamentos sempre que for necessário.
A última atividade do dia foi a mesa ‘Conversando sobre a Política de Apoio ao Estudante (PAE)’, que reuniu coordenadores e docentes dos sete programas de Pós-graduação do IOC, com o intuito de responder as perguntas dos estudantes em relação ao tema.
“Sabemos que a vida do pós-graduando é difícil em vários aspectos e a Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação (VDEIC) está atenta, empenhada e disposta a responder a todos os questionamentos de vocês”, declarou Paulo D’Andrea, vice-diretor da pasta.
Coordenadores e docentes do Programas de Pós-graduação responderam a questões dos estudantes durante a mesa. Foto: Virginia DamasEm seguida, Samanta Azeredo, docente da Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas, afirmou entender as angústias dos pós-graduandos.
“Já estive deste lado. Então, dentro do institucionalmente permitido, coloco-me à disposição para colaborar na resolução dos problemas apontados”, disse.
Coordenador da Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde, Felipe Ferraz fez coro à Samantha, assim como Eduardo Caio Torres, docente da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular.
“As demandas de vocês são válidas. Então, em nome do Programa de Biodiversidade e Saúde, ofereço todo o suporte necessário para que, juntos, encontremos a solução”, reforçou Felipe.
“Estamos aqui dispostos a ajudar nas resoluções dos problemas apontados e a construir um novo cenário para a realidade do pós-graduando”, acrescentou Eduardo.
Daniele Castro, coordenadora da Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores, elogiou o empenho dos estudantes na resolução das questões que os afligem.
“Acho importante eventos assim, por que representam um momento de integração, de vocês, juntos, discutindo conjuntamente a solução para as reinvindicações”, comentou.
Participante da Semana da Pós desde a primeira edição, a coordenadora do Programa de Medicina Tropical, Vanessa de Paula, ressaltou a importância do momento para o ensino no Instituto.
“É um momento muito importante para os coordenadores poderem se posicionar e argumentar diretamente com vocês as questões da pós-graduação”, disse.
A coordenadora da Pós-graduação em Ensino em Biociência e Saúde, Clélia Christina Mello, não pôde comparecer à mesa, mas gravou uma mensagem, em vídeo, para os discentes.
“Estamos atentos às questões de vocês. Problemas podem ser resolvidos com carinho e atenção e é isso que a Coordenação da Pós-graduação em Ensino em Biociência e Saúde busca fazer incessantemente. Contem conosco”, disse.
Durante a mesa, os coordenadores e docentes responderam a questões dos estudantes referentes à adequação de materiais didáticos, tempo de aula e outras ferramentas para inclusão de pessoas com deficiência; à expansão do prazo de licença-maternidade para as mulheres; às medidas de combate aos tipos de assédio (moral e sexual) e às de apoio a estudantes estrangeiros; entre outras.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)