Um dos temas de destaque na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP-26, que ocorre em Glasgow, na Escócia, entre 01 e 12 de novembro, a situação da floresta amazônica foi debatida no Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) nesta quarta-feira, 03 de novembro.
Transmitido pelo canal do IOC no Youtube, o evento teve como tema ‘Amazônia, fraturas ambientais, saúde e sobrevivência’ e discutiu as ameaças ao bioma e às pessoas que vivem na região, assim como a importância da preservação da floresta.
Na abertura da sessão, o coordenador do Núcleo de Estudos, Renato Cordeiro, considerou preocupante o avanço do desmatamento na região. “Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazom), a Amazônia Legal perdeu 10.476 km² de agosto de 2020 a julho de 2021, 57% a mais do que na temporada passada. Na contramão do mundo, o Brasil registrou aumento de 9,5% na emissão de gases do efeito estufa em 2020”, citou o pesquisador emérito da Fiocruz.
Confira a íntegra da sessão:
Diferentes perspectivas sobre os desafios atuais na região amazônica foram apresentadas pelos debatedores no evento. Autora do livro ‘Banzeiro òkòtó: Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo’, a jornalista Eliane Brum abordou a realidade da floresta e as consequências de sua destruição a partir de sua experiência como moradora da região da Volta Grande do Xingu, no Pará.
A professora da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora da Coalizão Ciência e Sociedade, Mercedes Bustamante, discutiu o ‘Relatório do Painel Científico da Amazônia’, documento elaborado por mais de 200 pesquisadores, que indica a necessidade de ações urgentes para impedir que a destruição da floresta ultrapasse o ponto de não retorno.
Estudos científicos que apontam os importantes serviços ambientais prestados pela floresta, como a regulação do regime de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, foram apresentados pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Philip Fearnside.
Já o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Paulo Basta, debateu o contexto atual dos povos indígenas, abordando especialmente a saúde dessas populações e a ameaça causada pela contaminação de rios da Amazônia por mercúrio oriundo de garimpos ilegais.
O debate contou com a participação de convidados, incluindo: a diretora de campanhas do Greenpeace Brasil, Tica Minami; a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Debora Foguel; o professor da Unicamp, Carlos Joly; o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Aldo José Zarbin; o pesquisador do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental e ex-diretor do IOC, Jose Paulo Gagliardi Leite; o pesquisador do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC, Luís Cláudio Muniz Pereira; e o pesquisador e ex-diretor do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz-PR), Samuel Goldenberg.
O Núcleo de Estudos é coordenado por Renato Cordeiro e pela vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira. A sessão da última quarta-feira (3) contou ainda com coordenação do pesquisador Luís Cláudio Muniz Pereira. O evento foi associado ao IX Congresso Interno da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Um dos temas de destaque na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP-26, que ocorre em Glasgow, na Escócia, entre 01 e 12 de novembro, a situação da floresta amazônica foi debatida no Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) nesta quarta-feira, 03 de novembro.
Transmitido pelo canal do IOC no Youtube, o evento teve como tema ‘Amazônia, fraturas ambientais, saúde e sobrevivência’ e discutiu as ameaças ao bioma e às pessoas que vivem na região, assim como a importância da preservação da floresta.
Na abertura da sessão, o coordenador do Núcleo de Estudos, Renato Cordeiro, considerou preocupante o avanço do desmatamento na região. “Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazom), a Amazônia Legal perdeu 10.476 km² de agosto de 2020 a julho de 2021, 57% a mais do que na temporada passada. Na contramão do mundo, o Brasil registrou aumento de 9,5% na emissão de gases do efeito estufa em 2020”, citou o pesquisador emérito da Fiocruz.
Confira a íntegra da sessão:
Diferentes perspectivas sobre os desafios atuais na região amazônica foram apresentadas pelos debatedores no evento. Autora do livro ‘Banzeiro òkòtó: Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo’, a jornalista Eliane Brum abordou a realidade da floresta e as consequências de sua destruição a partir de sua experiência como moradora da região da Volta Grande do Xingu, no Pará.
A professora da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora da Coalizão Ciência e Sociedade, Mercedes Bustamante, discutiu o ‘Relatório do Painel Científico da Amazônia’, documento elaborado por mais de 200 pesquisadores, que indica a necessidade de ações urgentes para impedir que a destruição da floresta ultrapasse o ponto de não retorno.
Estudos científicos que apontam os importantes serviços ambientais prestados pela floresta, como a regulação do regime de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, foram apresentados pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Philip Fearnside.
Já o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Paulo Basta, debateu o contexto atual dos povos indígenas, abordando especialmente a saúde dessas populações e a ameaça causada pela contaminação de rios da Amazônia por mercúrio oriundo de garimpos ilegais.
O debate contou com a participação de convidados, incluindo: a diretora de campanhas do Greenpeace Brasil, Tica Minami; a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Debora Foguel; o professor da Unicamp, Carlos Joly; o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Aldo José Zarbin; o pesquisador do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental e ex-diretor do IOC, Jose Paulo Gagliardi Leite; o pesquisador do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC, Luís Cláudio Muniz Pereira; e o pesquisador e ex-diretor do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz-PR), Samuel Goldenberg.
O Núcleo de Estudos é coordenado por Renato Cordeiro e pela vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira. A sessão da última quarta-feira (3) contou ainda com coordenação do pesquisador Luís Cláudio Muniz Pereira. O evento foi associado ao IX Congresso Interno da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)