Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.
Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Biodiversidade em pauta

Biodiversidade em pauta

Falta de monitoramento, impactos das mudanças climáticas e introdução de espécies invasoras são apontados como principais fatores que colocam em risco a biodiversidade
Por Jornalismo IOC11/06/2010 - Atualizado em 10/12/2019

O debate sobre as estratégias para conservação da biodiversidade no Brasil encerrou a programação da manhã desta quinta-feira, 10/06, do I Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O biólogo Adriano Paglia, da organização não-governamental Conservação Internacional, apresentou um panorama sobre as espécies ameaçadas na fauna brasileira e expôs os principais desafios para conservar a biodiversidade no país e no mundo.

“Das 47 mil espécies da fauna descritas no planeta, 36% estão ameaçadas de extinção. Em tempos recentes, 750 espécies de animais foram extintas e cerca de 1.500 estão vulneráveis”, apresentou Paglia. “O controle da introdução de espécies invasoras e o monitoramento das populações foram algumas das resoluções acordadas em 2002, durante o seminário para definição de metas nacionais de biodiversidade para 2010. No entanto, o Brasil não avançou, não houve ação efetiva na área”, avaliou o biólogo. As metas também previam o aumento de espécies abrigadas em coleções científicas. “No Brasil, pretendíamos aumentar em 60%, mas ao contrário disso, perdemos um dos nossos principais acervos de répteis com o incêndio ocorrido no Instituto Butantã recentemente”, lamentou.

Gutemberg Brito

 

Paglia reforçou a importância do acervo das coleções científicas para a conservação da biodiversidade

A realização de um diagnóstico aprofundado da atual situação da biodiversidade no planeta foi apontada por Paglia como o primeiro passo para a conservação. “Precisamos saber qual o estado de conservação da diversidade biológica do planeta. Temos que avaliar, no mínimo, 160 mil espécies de todo o mundo para definir as estratégias mais eficientes”, disparou. As mudanças climáticas também são fatores determinantes. Segundo o palestrante, no cenário mais pessimista, em função do aquecimento global, a temperatura sofrerá elevação de cerca de 6ºC até o ano de 2100, o que influenciará na sobrevivência das espécies.

No Brasil, o foco está nos remanescentes da Mata Atlântica. “A Mata Atlântica abriga 60% das espécies ameaçadas no país. Populações monitoradas desde a década de 70 estão diminuindo. Por isso, é necessário um trabalho efetivo de monitoramento das tendências da perda de diversidade biológica nessas regiões”, finalizou o biólogo.

11/06/10


Falta de monitoramento, impactos das mudanças climáticas e introdução de espécies invasoras são apontados como principais fatores que colocam em risco a biodiversidade
Por: 
jornalismo

O debate sobre as estratégias para conservação da biodiversidade no Brasil encerrou a programação da manhã desta quinta-feira, 10/06, do I Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O biólogo Adriano Paglia, da organização não-governamental Conservação Internacional, apresentou um panorama sobre as espécies ameaçadas na fauna brasileira e expôs os principais desafios para conservar a biodiversidade no país e no mundo.

“Das 47 mil espécies da fauna descritas no planeta, 36% estão ameaçadas de extinção. Em tempos recentes, 750 espécies de animais foram extintas e cerca de 1.500 estão vulneráveis”, apresentou Paglia. “O controle da introdução de espécies invasoras e o monitoramento das populações foram algumas das resoluções acordadas em 2002, durante o seminário para definição de metas nacionais de biodiversidade para 2010. No entanto, o Brasil não avançou, não houve ação efetiva na área”, avaliou o biólogo. As metas também previam o aumento de espécies abrigadas em coleções científicas. “No Brasil, pretendíamos aumentar em 60%, mas ao contrário disso, perdemos um dos nossos principais acervos de répteis com o incêndio ocorrido no Instituto Butantã recentemente”, lamentou.

Gutemberg Brito

 

Paglia reforçou a importância do acervo das coleções científicas para a conservação da biodiversidade

A realização de um diagnóstico aprofundado da atual situação da biodiversidade no planeta foi apontada por Paglia como o primeiro passo para a conservação. “Precisamos saber qual o estado de conservação da diversidade biológica do planeta. Temos que avaliar, no mínimo, 160 mil espécies de todo o mundo para definir as estratégias mais eficientes”, disparou. As mudanças climáticas também são fatores determinantes. Segundo o palestrante, no cenário mais pessimista, em função do aquecimento global, a temperatura sofrerá elevação de cerca de 6ºC até o ano de 2100, o que influenciará na sobrevivência das espécies.

No Brasil, o foco está nos remanescentes da Mata Atlântica. “A Mata Atlântica abriga 60% das espécies ameaçadas no país. Populações monitoradas desde a década de 70 estão diminuindo. Por isso, é necessário um trabalho efetivo de monitoramento das tendências da perda de diversidade biológica nessas regiões”, finalizou o biólogo.

11/06/10





Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)