Estado brasileiro com prevalência de casos de dengue, leishmaniose visceral e hanseníase, o Ceará se prepara para ampliar e fortalecer suas atividades de pesquisa em doenças tropicais com o apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) acaba de aprovar o Doutorado Interinstitucional (Dinter) do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical com a Universidade Federal do Ceará (UFC).

De acordo com a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, trata-se de uma contribuição decisiva do Instituto para o processo de descentralização da Fundação Oswaldo Cruz.

"Faz parte, ainda, do conjunto de ações que visam fortalecer a base de pesquisa no Estado do Ceará, como a construção da fábrica de vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) em Fortaleza e o Mestrado em Saúde da Família, promovido pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP) através de um consórcio com a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz)", disse.

O Dinter, cujo objetivo é promover a formação de doutores fora dos centros e regiões com redes de ensino e pesquisa já consolidadas, levará ao Nordeste um dos programas Stricto sensu de excelência do Instituto, que possui nota 6 pela Capes.

De acordo com a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Helene Barbosa, a nucleação de doutores qualificados na UFC vai estimular atividades de intercâmbio científico com os docentes e discentes, possibilitando a inauguração de novas áreas de pesquisa no futuro.

"Planejamos a proposição, a curto prazo, de um curso de doutorado na área de Patologia Tropical na universidade", disse.

A proposta do Dinter nasceu de um grupo de trabalho criado em 2007 por pesquisadores da Fiocruz, com o objetivo de fazer a prospecção de novas parcerias de pesquisa e ensino como forma de intensificar as ações da instituição no Ceará.

*Reportagem: Isadora Marinho