Classificada como uma espécie em perigo crítico de extinção, a raia-viola é o tema de uma cartilha para crianças elaborada por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com o título ‘Brincando de aprender: conheça a raia-viola brasileira!’, a publicação, que está disponível para download gratuito, conta com ilustrações e jogos para apresentar informações sobre o animal e os riscos que ele enfrenta, buscando conscientizar sobre a importância da sua preservação.
Cartilha explica hábitos de vida e fatores que ameaçam a sobrevivência dos animais no litoral brasileiro. Imagem: ReproduçãoCoordenadora do projeto, a pesquisadora do Laboratório de Promoção e Avaliação da Saúde Ambiental do IOC, Rachel Ann Hauser Davis, explica que a pesca da raia-viola é proibida devido ao risco de extinção da espécie. Porém, o animal continua sendo capturado acidentalmente na pesca de arrasto e, muitas vezes, é vendido de forma ilegal.
“A raia-viola é uma espécie bentônica, que habita o fundo do mar. Por isso, é capturada frequentemente nas redes de pesca de arrasto. Raias e tubarões são comumente vendidos sob o nome genérico de cação e essa espécie costuma ser chamada de cação-viola. Além do dano ambiental, o consumo de raias pode apresentar risco à saúde, devido à contaminação, já que esses animais vivem próximo à costa em associação direta com o sedimento e ingerem muitos poluentes”, alerta a pesquisadora.
Com o nome científico de Pseudobatos horkelii, a raia-viola vive na costa brasileira, desde a região Sul até o começo do Nordeste. Esses animais se tornam mais vulneráveis ao risco de extinção devido ao longo tempo para amadurecimento sexual: as fêmeas, que podem ter até 110 cm e viver por 28 anos, levam de 5 a 8 anos para poder iniciar a reprodução. “Se os animais jovens são pescados, a espécie não tem como se manter”, aponta Rachel.
A pesquisadora ressalta que a preservação das raias é importante para o equilíbrio do ecossistema marinho e a educação ambiental é uma das principais ferramentas para alcançar esse objetivo. “Traduzir achados complexos de pesquisas para histórias fáceis de entender e envolventes é importantíssimo em ações de conservação. Quando as crianças têm contato com esse tipo de divulgação científica, elas se formam valorizando o meio ambiente e podem disseminar a preservação”, diz Rachel.
A produção da cartilha é parte de um projeto de pesquisa que visa investigar a contaminação de raias e tubarões, mapear as atividades humanas com impacto sobre os animais e os locais onde estes animais habitam, além de implementar esforços de conservação. A realização do projeto 'Efeitos de contaminantes persistentes e petrogênicos na saúde e resiliência de raias e tubarões e implicações para a conservação' é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PetroRio, conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF/RJ).
Classificada como uma espécie em perigo crítico de extinção, a raia-viola é o tema de uma cartilha para crianças elaborada por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com o título ‘Brincando de aprender: conheça a raia-viola brasileira!’, a publicação, que está disponível para download gratuito, conta com ilustrações e jogos para apresentar informações sobre o animal e os riscos que ele enfrenta, buscando conscientizar sobre a importância da sua preservação.
Cartilha explica hábitos de vida e fatores que ameaçam a sobrevivência dos animais no litoral brasileiro. Imagem: ReproduçãoCoordenadora do projeto, a pesquisadora do Laboratório de Promoção e Avaliação da Saúde Ambiental do IOC, Rachel Ann Hauser Davis, explica que a pesca da raia-viola é proibida devido ao risco de extinção da espécie. Porém, o animal continua sendo capturado acidentalmente na pesca de arrasto e, muitas vezes, é vendido de forma ilegal.
“A raia-viola é uma espécie bentônica, que habita o fundo do mar. Por isso, é capturada frequentemente nas redes de pesca de arrasto. Raias e tubarões são comumente vendidos sob o nome genérico de cação e essa espécie costuma ser chamada de cação-viola. Além do dano ambiental, o consumo de raias pode apresentar risco à saúde, devido à contaminação, já que esses animais vivem próximo à costa em associação direta com o sedimento e ingerem muitos poluentes”, alerta a pesquisadora.
Com o nome científico de Pseudobatos horkelii, a raia-viola vive na costa brasileira, desde a região Sul até o começo do Nordeste. Esses animais se tornam mais vulneráveis ao risco de extinção devido ao longo tempo para amadurecimento sexual: as fêmeas, que podem ter até 110 cm e viver por 28 anos, levam de 5 a 8 anos para poder iniciar a reprodução. “Se os animais jovens são pescados, a espécie não tem como se manter”, aponta Rachel.
A pesquisadora ressalta que a preservação das raias é importante para o equilíbrio do ecossistema marinho e a educação ambiental é uma das principais ferramentas para alcançar esse objetivo. “Traduzir achados complexos de pesquisas para histórias fáceis de entender e envolventes é importantíssimo em ações de conservação. Quando as crianças têm contato com esse tipo de divulgação científica, elas se formam valorizando o meio ambiente e podem disseminar a preservação”, diz Rachel.
A produção da cartilha é parte de um projeto de pesquisa que visa investigar a contaminação de raias e tubarões, mapear as atividades humanas com impacto sobre os animais e os locais onde estes animais habitam, além de implementar esforços de conservação. A realização do projeto 'Efeitos de contaminantes persistentes e petrogênicos na saúde e resiliência de raias e tubarões e implicações para a conservação' é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PetroRio, conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF/RJ).
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)