Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.

vw_cabecalho_novo

Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Cartilha apresenta a raia-viola brasileira para crianças

Cartilha apresenta a raia-viola brasileira para crianças

Com ilustrações e jogos, publicação busca conscientizar os pequenos sobre importância da preservação do animal, que está ameaçado de extinção
Por Maíra Menezes01/04/2022 - Atualizado em 05/09/2023

Classificada como uma espécie em perigo crítico de extinção, a raia-viola é o tema de uma cartilha para crianças elaborada por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com o título ‘Brincando de aprender: conheça a raia-viola brasileira!’, a publicação, que está disponível para download gratuito, conta com ilustrações e jogos para apresentar informações sobre o animal e os riscos que ele enfrenta, buscando conscientizar sobre a importância da sua preservação.

Cartilha explica hábitos de vida e fatores que ameaçam a sobrevivência dos animais no litoral brasileiro. Imagem: Reprodução

Coordenadora do projeto, a pesquisadora do Laboratório de Promoção e Avaliação da Saúde Ambiental do IOC, Rachel Ann Hauser Davis, explica que a pesca da raia-viola é proibida devido ao risco de extinção da espécie. Porém, o animal continua sendo capturado acidentalmente na pesca de arrasto e, muitas vezes, é vendido de forma ilegal.

“A raia-viola é uma espécie bentônica, que habita o fundo do mar. Por isso, é capturada frequentemente nas redes de pesca de arrasto. Raias e tubarões são comumente vendidos sob o nome genérico de cação e essa espécie costuma ser chamada de cação-viola. Além do dano ambiental, o consumo de raias pode apresentar risco à saúde, devido à contaminação, já que esses animais vivem próximo à costa em associação direta com o sedimento e ingerem muitos poluentes”, alerta a pesquisadora.

Com o nome científico de Pseudobatos horkelii, a raia-viola vive na costa brasileira, desde a região Sul até o começo do Nordeste. Esses animais se tornam mais vulneráveis ao risco de extinção devido ao longo tempo para amadurecimento sexual: as fêmeas, que podem ter até 110 cm e viver por 28 anos, levam de 5 a 8 anos para poder iniciar a reprodução. “Se os animais jovens são pescados, a espécie não tem como se manter”, aponta Rachel.

A pesquisadora ressalta que a preservação das raias é importante para o equilíbrio do ecossistema marinho e a educação ambiental é uma das principais ferramentas para alcançar esse objetivo. “Traduzir achados complexos de pesquisas para histórias fáceis de entender e envolventes é importantíssimo em ações de conservação. Quando as crianças têm contato com esse tipo de divulgação científica, elas se formam valorizando o meio ambiente e podem disseminar a preservação”, diz Rachel.

A produção da cartilha é parte de um projeto de pesquisa que visa investigar a contaminação de raias e tubarões, mapear as atividades humanas com impacto sobre os animais e os locais onde estes animais habitam, além de implementar esforços de conservação. A realização do projeto 'Efeitos de contaminantes persistentes e petrogênicos na saúde e resiliência de raias e tubarões e implicações para a conservação' é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PetroRio, conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF/RJ).

Com ilustrações e jogos, publicação busca conscientizar os pequenos sobre importância da preservação do animal, que está ameaçado de extinção
Por: 
maira

Classificada como uma espécie em perigo crítico de extinção, a raia-viola é o tema de uma cartilha para crianças elaborada por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com o título ‘Brincando de aprender: conheça a raia-viola brasileira!’, a publicação, que está disponível para download gratuito, conta com ilustrações e jogos para apresentar informações sobre o animal e os riscos que ele enfrenta, buscando conscientizar sobre a importância da sua preservação.

Cartilha explica hábitos de vida e fatores que ameaçam a sobrevivência dos animais no litoral brasileiro. Imagem: Reprodução

Coordenadora do projeto, a pesquisadora do Laboratório de Promoção e Avaliação da Saúde Ambiental do IOC, Rachel Ann Hauser Davis, explica que a pesca da raia-viola é proibida devido ao risco de extinção da espécie. Porém, o animal continua sendo capturado acidentalmente na pesca de arrasto e, muitas vezes, é vendido de forma ilegal.

“A raia-viola é uma espécie bentônica, que habita o fundo do mar. Por isso, é capturada frequentemente nas redes de pesca de arrasto. Raias e tubarões são comumente vendidos sob o nome genérico de cação e essa espécie costuma ser chamada de cação-viola. Além do dano ambiental, o consumo de raias pode apresentar risco à saúde, devido à contaminação, já que esses animais vivem próximo à costa em associação direta com o sedimento e ingerem muitos poluentes”, alerta a pesquisadora.

Com o nome científico de Pseudobatos horkelii, a raia-viola vive na costa brasileira, desde a região Sul até o começo do Nordeste. Esses animais se tornam mais vulneráveis ao risco de extinção devido ao longo tempo para amadurecimento sexual: as fêmeas, que podem ter até 110 cm e viver por 28 anos, levam de 5 a 8 anos para poder iniciar a reprodução. “Se os animais jovens são pescados, a espécie não tem como se manter”, aponta Rachel.

A pesquisadora ressalta que a preservação das raias é importante para o equilíbrio do ecossistema marinho e a educação ambiental é uma das principais ferramentas para alcançar esse objetivo. “Traduzir achados complexos de pesquisas para histórias fáceis de entender e envolventes é importantíssimo em ações de conservação. Quando as crianças têm contato com esse tipo de divulgação científica, elas se formam valorizando o meio ambiente e podem disseminar a preservação”, diz Rachel.

A produção da cartilha é parte de um projeto de pesquisa que visa investigar a contaminação de raias e tubarões, mapear as atividades humanas com impacto sobre os animais e os locais onde estes animais habitam, além de implementar esforços de conservação. A realização do projeto 'Efeitos de contaminantes persistentes e petrogênicos na saúde e resiliência de raias e tubarões e implicações para a conservação' é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PetroRio, conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF/RJ).

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)