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Centro de Estudos homenageia Maria Deane por sua contribuição científica

Auditório do Instituto Oswaldo Cruz recebe nome da pesquisadora, que teve relevante papel na área da Protozoologia
Por Jornalismo IOC17/07/2008 - Atualizado em 03/08/2022

Em edição especial do Centro de Estudos, realizada dia 18 de julho, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) prestou homenagem à protozoologista Maria Deane por sua extensa contribuição científica, com nomeação do auditório localizado no pavilhão que recebe o nome de seu marido e colaborador científico, Leonidas Deane.

Colegas, familiares e admiradores estiveram presentes na cerimônia, repleta de emocionados depoimentos. No ato de descerramento da placa que nomeia o auditório, protagonizado pelo neto da pesquisadora, Camilo Deane, a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, e o Vice-Diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ricardo Lourenço, reconheceram a importância do trabalho de Maria Deane para a geração de conhecimentos sobre leishmanioses, malária e doença de Chagas.

 descerramento placa
Camilo Deane, ao lado de Tania Araújo-Jorge, descerra placa do Auditório Maria Deane. Foto: Gutemberg Brito

A primeira sessão do Auditório Maria Deane recebeu o pesquisador do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC, André Luiz Rodrigues Roque, que apresentou a palestra A biodiversidade como modelador dos ciclos de transmissão do T. cruzi na natureza: o efeito amplificador.

O trabalho é um desdobramento da linha de pesquisa desenvolvida por Maria Deane na década de 1980 sobre o ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, na natureza. A transmissão do parasito pelo gambá, através de suas glândulas odoríferas, é considerada uma das principais descobertas da pesquisadora.

Familiares e colegas de trabalho prestigiaram a homenagem a Maria Deane. Foto: Gutemberg Brito

André apresentou resultados da investigação ecológica do ciclo de transmissão do T. cruzi em diferentes regiões do país, que possibilitou a identificação de possíveis áreas de risco para a doença de Chagas a partir do mapeamento da presença de mamíferos silvestres mantedores e amplificadores do parasito.

“O estudo confirma ensinamento fundamental de Maria Deane, de que não podemos ir a campo com dogmas e idéias pré-concebidas. Cada situação é única e deve ser considerada em toda sua peculiaridade”, André reconheceu.

 André Luiz Rodrigues Roque
André Luiz Rodrigues Roque apresenta dados de estudo que dá continuidade ao trabalho desenvolvido por Maria Deane. Foto: Gutemberg Brito

Após a palestra, um vídeo produzido pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do IOC emocionou a platéia com imagens históricas do casal Deane.

A pesquisadora Ana Jansen, chefe do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC que trabalhou durante 12 anos com Maria Deane, recordou o saudoso vatapá tradicionalmente oferecido pela protozoologista ao “grupo do gambá”, em sua casa em Santa Teresa. “Hoje essas pessoas estão espalhadas em instituições de ensino e pesquisa de todo o mundo, carregando a semente plantada por Maria, de enxergar a ciência – e a vida como um todo – pela ótica mais abrangente possível”, Ana considerou.

A cerimônia foi encerrada com depoimento emocionado do tropicalista José Rodrigues Coura, chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC e grande amigo do casal Deane: “Eu gostaria que, até o fim de nossas vidas, nós continuássemos a construir a memória de Maria e Leonidas Deane.”

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Leia reportagem especial sobre Maria Deane

Auditório do Instituto Oswaldo Cruz recebe nome da pesquisadora, que teve relevante papel na área da Protozoologia
Por: 
jornalismo

Em edição especial do Centro de Estudos, realizada dia 18 de julho, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) prestou homenagem à protozoologista Maria Deane por sua extensa contribuição científica, com nomeação do auditório localizado no pavilhão que recebe o nome de seu marido e colaborador científico, Leonidas Deane.

Colegas, familiares e admiradores estiveram presentes na cerimônia, repleta de emocionados depoimentos. No ato de descerramento da placa que nomeia o auditório, protagonizado pelo neto da pesquisadora, Camilo Deane, a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, e o Vice-Diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ricardo Lourenço, reconheceram a importância do trabalho de Maria Deane para a geração de conhecimentos sobre leishmanioses, malária e doença de Chagas.

 descerramento placa
Camilo Deane, ao lado de Tania Araújo-Jorge, descerra placa do Auditório Maria Deane. Foto: Gutemberg Brito

A primeira sessão do Auditório Maria Deane recebeu o pesquisador do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC, André Luiz Rodrigues Roque, que apresentou a palestra A biodiversidade como modelador dos ciclos de transmissão do T. cruzi na natureza: o efeito amplificador.

O trabalho é um desdobramento da linha de pesquisa desenvolvida por Maria Deane na década de 1980 sobre o ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, na natureza. A transmissão do parasito pelo gambá, através de suas glândulas odoríferas, é considerada uma das principais descobertas da pesquisadora.

Familiares e colegas de trabalho prestigiaram a homenagem a Maria Deane. Foto: Gutemberg Brito

André apresentou resultados da investigação ecológica do ciclo de transmissão do T. cruzi em diferentes regiões do país, que possibilitou a identificação de possíveis áreas de risco para a doença de Chagas a partir do mapeamento da presença de mamíferos silvestres mantedores e amplificadores do parasito.

“O estudo confirma ensinamento fundamental de Maria Deane, de que não podemos ir a campo com dogmas e idéias pré-concebidas. Cada situação é única e deve ser considerada em toda sua peculiaridade”, André reconheceu.

 André Luiz Rodrigues Roque
André Luiz Rodrigues Roque apresenta dados de estudo que dá continuidade ao trabalho desenvolvido por Maria Deane. Foto: Gutemberg Brito

Após a palestra, um vídeo produzido pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do IOC emocionou a platéia com imagens históricas do casal Deane.

A pesquisadora Ana Jansen, chefe do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC que trabalhou durante 12 anos com Maria Deane, recordou o saudoso vatapá tradicionalmente oferecido pela protozoologista ao “grupo do gambá”, em sua casa em Santa Teresa. “Hoje essas pessoas estão espalhadas em instituições de ensino e pesquisa de todo o mundo, carregando a semente plantada por Maria, de enxergar a ciência – e a vida como um todo – pela ótica mais abrangente possível”, Ana considerou.

A cerimônia foi encerrada com depoimento emocionado do tropicalista José Rodrigues Coura, chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC e grande amigo do casal Deane: “Eu gostaria que, até o fim de nossas vidas, nós continuássemos a construir a memória de Maria e Leonidas Deane.”

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)