Em edição especial do Centro de Estudos, realizada dia 18 de julho, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) prestou homenagem à protozoologista Maria Deane por sua extensa contribuição científica, com nomeação do auditório localizado no pavilhão que recebe o nome de seu marido e colaborador científico, Leonidas Deane.
Colegas, familiares e admiradores estiveram presentes na cerimônia, repleta de emocionados depoimentos. No ato de descerramento da placa que nomeia o auditório, protagonizado pelo neto da pesquisadora, Camilo Deane, a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, e o Vice-Diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ricardo Lourenço, reconheceram a importância do trabalho de Maria Deane para a geração de conhecimentos sobre leishmanioses, malária e doença de Chagas.
Camilo Deane, ao lado de Tania Araújo-Jorge, descerra placa do Auditório Maria Deane. Foto: Gutemberg BritoA primeira sessão do Auditório Maria Deane recebeu o pesquisador do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC, André Luiz Rodrigues Roque, que apresentou a palestra A biodiversidade como modelador dos ciclos de transmissão do T. cruzi na natureza: o efeito amplificador.
O trabalho é um desdobramento da linha de pesquisa desenvolvida por Maria Deane na década de 1980 sobre o ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, na natureza. A transmissão do parasito pelo gambá, através de suas glândulas odoríferas, é considerada uma das principais descobertas da pesquisadora.
Familiares e colegas de trabalho prestigiaram a homenagem a Maria Deane. Foto: Gutemberg BritoAndré apresentou resultados da investigação ecológica do ciclo de transmissão do T. cruzi em diferentes regiões do país, que possibilitou a identificação de possíveis áreas de risco para a doença de Chagas a partir do mapeamento da presença de mamíferos silvestres mantedores e amplificadores do parasito.
“O estudo confirma ensinamento fundamental de Maria Deane, de que não podemos ir a campo com dogmas e idéias pré-concebidas. Cada situação é única e deve ser considerada em toda sua peculiaridade”, André reconheceu.
André Luiz Rodrigues Roque apresenta dados de estudo que dá continuidade ao trabalho desenvolvido por Maria Deane. Foto: Gutemberg BritoApós a palestra, um vídeo produzido pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do IOC emocionou a platéia com imagens históricas do casal Deane.
A pesquisadora Ana Jansen, chefe do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC que trabalhou durante 12 anos com Maria Deane, recordou o saudoso vatapá tradicionalmente oferecido pela protozoologista ao “grupo do gambá”, em sua casa em Santa Teresa. “Hoje essas pessoas estão espalhadas em instituições de ensino e pesquisa de todo o mundo, carregando a semente plantada por Maria, de enxergar a ciência – e a vida como um todo – pela ótica mais abrangente possível”, Ana considerou.
A cerimônia foi encerrada com depoimento emocionado do tropicalista José Rodrigues Coura, chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC e grande amigo do casal Deane: “Eu gostaria que, até o fim de nossas vidas, nós continuássemos a construir a memória de Maria e Leonidas Deane.”
Em edição especial do Centro de Estudos, realizada dia 18 de julho, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) prestou homenagem à protozoologista Maria Deane por sua extensa contribuição científica, com nomeação do auditório localizado no pavilhão que recebe o nome de seu marido e colaborador científico, Leonidas Deane.
Colegas, familiares e admiradores estiveram presentes na cerimônia, repleta de emocionados depoimentos. No ato de descerramento da placa que nomeia o auditório, protagonizado pelo neto da pesquisadora, Camilo Deane, a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, e o Vice-Diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ricardo Lourenço, reconheceram a importância do trabalho de Maria Deane para a geração de conhecimentos sobre leishmanioses, malária e doença de Chagas.
Camilo Deane, ao lado de Tania Araújo-Jorge, descerra placa do Auditório Maria Deane. Foto: Gutemberg BritoA primeira sessão do Auditório Maria Deane recebeu o pesquisador do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC, André Luiz Rodrigues Roque, que apresentou a palestra A biodiversidade como modelador dos ciclos de transmissão do T. cruzi na natureza: o efeito amplificador.
O trabalho é um desdobramento da linha de pesquisa desenvolvida por Maria Deane na década de 1980 sobre o ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, na natureza. A transmissão do parasito pelo gambá, através de suas glândulas odoríferas, é considerada uma das principais descobertas da pesquisadora.
Familiares e colegas de trabalho prestigiaram a homenagem a Maria Deane. Foto: Gutemberg BritoAndré apresentou resultados da investigação ecológica do ciclo de transmissão do T. cruzi em diferentes regiões do país, que possibilitou a identificação de possíveis áreas de risco para a doença de Chagas a partir do mapeamento da presença de mamíferos silvestres mantedores e amplificadores do parasito.
“O estudo confirma ensinamento fundamental de Maria Deane, de que não podemos ir a campo com dogmas e idéias pré-concebidas. Cada situação é única e deve ser considerada em toda sua peculiaridade”, André reconheceu.
André Luiz Rodrigues Roque apresenta dados de estudo que dá continuidade ao trabalho desenvolvido por Maria Deane. Foto: Gutemberg BritoApós a palestra, um vídeo produzido pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do IOC emocionou a platéia com imagens históricas do casal Deane.
A pesquisadora Ana Jansen, chefe do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC que trabalhou durante 12 anos com Maria Deane, recordou o saudoso vatapá tradicionalmente oferecido pela protozoologista ao “grupo do gambá”, em sua casa em Santa Teresa. “Hoje essas pessoas estão espalhadas em instituições de ensino e pesquisa de todo o mundo, carregando a semente plantada por Maria, de enxergar a ciência – e a vida como um todo – pela ótica mais abrangente possível”, Ana considerou.
A cerimônia foi encerrada com depoimento emocionado do tropicalista José Rodrigues Coura, chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC e grande amigo do casal Deane: “Eu gostaria que, até o fim de nossas vidas, nós continuássemos a construir a memória de Maria e Leonidas Deane.”
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)