Inspirado na herança científica deixada pela parceria entre Oswaldo Cruz e seu discípulo Carlos Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveu, entre 8 e 12 de agosto, a mostra “Oswaldo e Chagas: o legado permanente da parceria e da colaboração”. A iniciativa integrou as comemorações pelos 150 anos de nascimento do patrono do IOC.
Quatro atividades de divulgação científica em doença de Chagas integraram a iniciativa: o imersivo e interativo jogo “Escape Room: O Enigma de Lassance”; gavetas com os históricos espécimes de triatomíneos, e outros insetos, da Coleção Entomológica do IOC; as ações sociais da exposição itinerante e tecnologia social “Expresso Chagas 21”; e painéis informativos da exposição “A doença de Chagas da pré-história aos dias atuais”.
Diretoria do Instituto acompanhou as atividades da mostra. Foto: Ricardo Schimidt“Este projeto fortaleceu ainda mais o protagonismo do IOC nas pesquisas sobre a doença de Chagas. Nosso Instituto tem uma participação marcante e notável na temática, a começar pela descoberta do agravo em 1909 por Carlos Chagas. Desde então, formamos pesquisadores que, na busca por respostas para o enfrentamento e possível erradicação do agravo, mantém vivo esse legado centenário”, afirmou Elmo Eduardo de Almeida Amaral, vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, durante visita às atividades, juntamente com Luciana Lopes de Almeida Ribeiro Garzoni, vice-diretora adjunta de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC; Elizabeth Ferreira Rangel, vice-diretora adjunta de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas; Ademir de Jesus Martins Júnior, vice-diretor adjunto de Ensino, Informação e Comunicação; e Daniel Daipert Garcia, chefe de Gabinete da Diretoria.
A mostra, com entrada gratuita e aberta ao público, pôde ser visitada no hall de entrada do Pavilhão Leônidas Deane, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ).
Para o vice-diretor, a diversidade das atividades representou uma das particularidade das pesquisas desenvolvidas no Instituto: ir além das bancadas dos laboratórios na produção de conhecimento científico, sempre com olhar voltado para a promoção e divulgação da saúde e da ciência.
“Somos a instituição com o maior número de publicações de artigos sobre a doença de Chagas. No entanto, além de conversar com a comunidade científica e contribuir no desenvolvimento de tratamentos e prevenção, é importante que continuemos formando pesquisadores com um olhar atento para a população, com foco no atendimento e promovendo ações de divulgação científica”, reiterou Elmo.
Imagina poder fazer uma descoberta científica a partir da resolução de enigmas em menos de uma hora? É a proposta do jogo interativo “Escape Room: O Enigma de Lassance”.
Em formato de “sala de fuga”, os participantes precisam destravar variados tipos de cadeados a partir de charadas e desafios de lógica baseados em achados científicos reais (com destaque para as observações de Carlos Chagas na descrição do protozoário Trypanosoma cruzi).
Parte do ambiente do jogo “Escape Room: O Enigma de Lassance”. Foto: ReproduçãoNo jogo, os participantes precisaram assumir papéis de jovens cientistas enviados por Oswaldo Cruz, em 1909, à Lassance – pequena cidade do interior de Minas Gerais.
O grupo tem a missão de investigar uma residência de pau a pique com a intenção de descobrir o porquê da população daquela área estar adoecendo.
A atividade lúdica, recheada de ações que estimulam o raciocínio, foi idealizada pelo Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos do IOC com a finalidade de transmitir conhecimentos de forma divertida e despertam para a carreira científica.
Apesar de ter sido descoberta em 1909, a doença de Chagas é um agravo que acompanha a humanidade há milhares de anos, como foi destacado nos painéis da exposição “A doença de Chagas da pré-história aos dias atuais”.
Com destaque para estudos com múmias latino-americanas (as mais antigas da humanidade), a iniciativa mostrou que infecções por Trypanossoma cruzi ocorrem desde a pré-história e que mudanças geográficas e movimentações de povos fizeram com que as espécies de triatomíneos e tripanossamas se adaptassem ao que conhecemos hoje.
Também foram apresentados os modos de transmissão da doença de Chagas e o ciclo de vida do parasito.
Sequência de painéis aprofundava sobre a doença de Chagas. Foto: Ricardo SchimidtNo módulo dedicado ao Brasil, estiveram em destaque estudos paleogenéticos que demonstraram a ocorrência da doença de Chagas em territórios que atualmente são incomuns para o clico de transmissão da infecção.
A iniciativa é uma parceria entre a Universidad Mayor de San Simon (Bolívia), o Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).
A tecnologia social e exposição itinerante “Expresso Chagas 21” também marcou presença na mostra. Desenvolvido dentro do conceito de Ciência e Arte, o projeto discute educação em saúde inspirado no trem em que Carlos Chagas estudou o Trypanosoma cruzi, no início do século XX.
As ações que integram a iniciativa são chamadas de “vagões”. O primeiro “vagão”, destinado a falar sobre organizações focadas em doença de Chagas, contou com a participação da Associação Rio Chagas – fundada em 2016 em uma assembleia no campus da Fiocruz, com apoio do IOC.
Atividade contou com uma diversidade de ações. Foto: Ricardo SchimidtA composição “Casa e Saúde Única” apresentou exemplos de moradias que são propícias à presença do vetor da doença de Chagas, além de enfatizar a necessidade da integração entre meio-ambiente, saúde humana e saúde animal.
Já no vagão “Brincar e Descobrir”, o participante teve a oportunidade de conhecer características do interior de um vaso sanguíneo, a partir de modelo cenográfico.
O projeto “Expresso Chagas 21”, desenvolvido pelo Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, já passou por diversas cidades do país levando ações de prevenção, tratamento, mobilização de pacientes e oferta de diagnóstico.
Com mais de cinco milhões de espécimes oriundos de aproximadamente 120 países, a Coleção Entomológica do IOC aproximou o público de seu valioso acervo.
Iniciada por Oswaldo Cruz, a partir da descrição da espécie Anopheles lutzii, e impulsionada por Carlos Chagas, através dos estudos de triatomíneos, a Coleção Entomológica do IOC é um dos acervos mais valiosos da América Latina, com espécimes históricos e representativos da biodiversidade.
Foram exibidos alguns exemplares de triatomíneos, popularmente conhecidos como “barbeiros”, que atuam como vetores na transmissão da doença de Chagas, além de espécimes de borboletas, besouros e bicho-pau, que atraem a atenção do público pelo visual diferenciado.
Insetos impressionam pela variedade de formatos e cores. Foto: Ricardo Schimidt
Inspirado na herança científica deixada pela parceria entre Oswaldo Cruz e seu discípulo Carlos Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveu, entre 8 e 12 de agosto, a mostra “Oswaldo e Chagas: o legado permanente da parceria e da colaboração”. A iniciativa integrou as comemorações pelos 150 anos de nascimento do patrono do IOC.
Quatro atividades de divulgação científica em doença de Chagas integraram a iniciativa: o imersivo e interativo jogo “Escape Room: O Enigma de Lassance”; gavetas com os históricos espécimes de triatomíneos, e outros insetos, da Coleção Entomológica do IOC; as ações sociais da exposição itinerante e tecnologia social “Expresso Chagas 21”; e painéis informativos da exposição “A doença de Chagas da pré-história aos dias atuais”.
Diretoria do Instituto acompanhou as atividades da mostra. Foto: Ricardo Schimidt“Este projeto fortaleceu ainda mais o protagonismo do IOC nas pesquisas sobre a doença de Chagas. Nosso Instituto tem uma participação marcante e notável na temática, a começar pela descoberta do agravo em 1909 por Carlos Chagas. Desde então, formamos pesquisadores que, na busca por respostas para o enfrentamento e possível erradicação do agravo, mantém vivo esse legado centenário”, afirmou Elmo Eduardo de Almeida Amaral, vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, durante visita às atividades, juntamente com Luciana Lopes de Almeida Ribeiro Garzoni, vice-diretora adjunta de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC; Elizabeth Ferreira Rangel, vice-diretora adjunta de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas; Ademir de Jesus Martins Júnior, vice-diretor adjunto de Ensino, Informação e Comunicação; e Daniel Daipert Garcia, chefe de Gabinete da Diretoria.
A mostra, com entrada gratuita e aberta ao público, pôde ser visitada no hall de entrada do Pavilhão Leônidas Deane, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ).
Para o vice-diretor, a diversidade das atividades representou uma das particularidade das pesquisas desenvolvidas no Instituto: ir além das bancadas dos laboratórios na produção de conhecimento científico, sempre com olhar voltado para a promoção e divulgação da saúde e da ciência.
“Somos a instituição com o maior número de publicações de artigos sobre a doença de Chagas. No entanto, além de conversar com a comunidade científica e contribuir no desenvolvimento de tratamentos e prevenção, é importante que continuemos formando pesquisadores com um olhar atento para a população, com foco no atendimento e promovendo ações de divulgação científica”, reiterou Elmo.
Imagina poder fazer uma descoberta científica a partir da resolução de enigmas em menos de uma hora? É a proposta do jogo interativo “Escape Room: O Enigma de Lassance”.
Em formato de “sala de fuga”, os participantes precisam destravar variados tipos de cadeados a partir de charadas e desafios de lógica baseados em achados científicos reais (com destaque para as observações de Carlos Chagas na descrição do protozoário Trypanosoma cruzi).
Parte do ambiente do jogo “Escape Room: O Enigma de Lassance”. Foto: ReproduçãoNo jogo, os participantes precisaram assumir papéis de jovens cientistas enviados por Oswaldo Cruz, em 1909, à Lassance – pequena cidade do interior de Minas Gerais.
O grupo tem a missão de investigar uma residência de pau a pique com a intenção de descobrir o porquê da população daquela área estar adoecendo.
A atividade lúdica, recheada de ações que estimulam o raciocínio, foi idealizada pelo Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos do IOC com a finalidade de transmitir conhecimentos de forma divertida e despertam para a carreira científica.
Apesar de ter sido descoberta em 1909, a doença de Chagas é um agravo que acompanha a humanidade há milhares de anos, como foi destacado nos painéis da exposição “A doença de Chagas da pré-história aos dias atuais”.
Com destaque para estudos com múmias latino-americanas (as mais antigas da humanidade), a iniciativa mostrou que infecções por Trypanossoma cruzi ocorrem desde a pré-história e que mudanças geográficas e movimentações de povos fizeram com que as espécies de triatomíneos e tripanossamas se adaptassem ao que conhecemos hoje.
Também foram apresentados os modos de transmissão da doença de Chagas e o ciclo de vida do parasito.
Sequência de painéis aprofundava sobre a doença de Chagas. Foto: Ricardo SchimidtNo módulo dedicado ao Brasil, estiveram em destaque estudos paleogenéticos que demonstraram a ocorrência da doença de Chagas em territórios que atualmente são incomuns para o clico de transmissão da infecção.
A iniciativa é uma parceria entre a Universidad Mayor de San Simon (Bolívia), o Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).
A tecnologia social e exposição itinerante “Expresso Chagas 21” também marcou presença na mostra. Desenvolvido dentro do conceito de Ciência e Arte, o projeto discute educação em saúde inspirado no trem em que Carlos Chagas estudou o Trypanosoma cruzi, no início do século XX.
As ações que integram a iniciativa são chamadas de “vagões”. O primeiro “vagão”, destinado a falar sobre organizações focadas em doença de Chagas, contou com a participação da Associação Rio Chagas – fundada em 2016 em uma assembleia no campus da Fiocruz, com apoio do IOC.
Atividade contou com uma diversidade de ações. Foto: Ricardo SchimidtA composição “Casa e Saúde Única” apresentou exemplos de moradias que são propícias à presença do vetor da doença de Chagas, além de enfatizar a necessidade da integração entre meio-ambiente, saúde humana e saúde animal.
Já no vagão “Brincar e Descobrir”, o participante teve a oportunidade de conhecer características do interior de um vaso sanguíneo, a partir de modelo cenográfico.
O projeto “Expresso Chagas 21”, desenvolvido pelo Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, já passou por diversas cidades do país levando ações de prevenção, tratamento, mobilização de pacientes e oferta de diagnóstico.
Com mais de cinco milhões de espécimes oriundos de aproximadamente 120 países, a Coleção Entomológica do IOC aproximou o público de seu valioso acervo.
Iniciada por Oswaldo Cruz, a partir da descrição da espécie Anopheles lutzii, e impulsionada por Carlos Chagas, através dos estudos de triatomíneos, a Coleção Entomológica do IOC é um dos acervos mais valiosos da América Latina, com espécimes históricos e representativos da biodiversidade.
Foram exibidos alguns exemplares de triatomíneos, popularmente conhecidos como “barbeiros”, que atuam como vetores na transmissão da doença de Chagas, além de espécimes de borboletas, besouros e bicho-pau, que atraem a atenção do público pelo visual diferenciado.
Insetos impressionam pela variedade de formatos e cores. Foto: Ricardo SchimidtPermitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)