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Comissão de programa de doenças tropicais ligada à OMS visita a Fiocruz

Ambulatório Souza Araújo e Laboratório de Hanseníase do IOC integraram roteiro, que incluiu apresentação de pesquisas da Fundação desenvolvidas em parceria com o TDR
Por Jornalismo IOC20/06/2008 - Atualizado em 10/12/2019

Foi realizada no dia 19 uma visita de membros do Programa Especial para Capacitação e Pesquisa de Doenças Tropicais (TDR, na sigla em inglês) ao campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ). No Brasil para a reunião anual do Comitê Coordenador Geral da entidade, realizada entre os dias 16 e 18 de junho, os representantes da organização conheceram as instalações do recém-inaugurado Ambulatório Souza Araújo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que presta atendimento a pacientes com hanseníase; do Laboratório de Hanseníase do IOC; e do Castelo de Manguinhos. Os visitantes assistiram também à apresentação de pôsteres dos projetos da Fundação apoiados pelo TDR.

A colaboração entre a Fiocruz e o TDR data do fim da década de 1970 e foi decisiva para o surgimento e a modernização de diversas áreas da ciência brasileira, em especial na Fundação. Na cerimônia de abertura do evento, o coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz e ex-diretor do TDR, Carlos Morel, apresentou um panorama histórico da parceria. “O TDR foi fundamental num momento em que a Fiocruz não acompanhava o ritmo internacional da pesquisa científica e precisava definir novos rumos para atingir a posição de destaque que ocupa hoje. É uma colaboração extremamente benéfica, pois não envolve apenas verbas para pesquisa, mas prestígio e reconhecimento internacional”, Morel considera.

 Gutemberg Brito

 

Carlos Morel, Bernardo Galvão e Samuel Goldenberg apresentaram projetos da Fiocruz financiados pelo TDR


 
Para ilustrar a importância da colaboração, o imunologista Bernardo Galvão, pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz/BA), apresentou um panorama das pesquisas sobre Aids realizadas no IOC nas décadas de 1980 e 1990, nas quais desempenhou papel de destaque. Galvão coordenou o grupo de cientistas do IOC responsável pelo isolamento do HIV no Brasil, em dezembro de 1987. “O TDR foi fundamental para a implantação de atividades de imunologia no IOC, reunindo equipamentos modernos e jovens doutores brasileiros que voltavam da Europa. Quando a epidemia de Aids chegou com grande força ao Brasil, estávamos preparados para atender ao compromisso da instituição com a saúde pública. As diretrizes elaboradas naquela época guiaram a pesquisa em Aids da Fiocruz para a situação de vanguarda que vivemos hoje”, Galvão avalia.

A pesquisa em doença de Chagas também teve destaque no encontro. O diretor do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz/PR), Samuel Goldenberg, apresentou um histórico dos cerca de 30 anos de parceria com o TDR e os frutos do projeto, colhidos hoje. “O apoio do TDR foi imprescindível, por exemplo, para que nossas pesquisas sobre um teste rápido para o diagnóstico da doença atingissem o estágio avançado em que se encontram. A cooperação internacional, aliada ao compromisso institucional, fez com que a pesquisa na Fiocruz em diversas áreas ganhasse relevância internacional nas últimas décadas”, Goldenberg reconhece.

Além dos estudos apresentados, os representantes do TDR debateram temas como financiamento de pesquisas, investimento privado e registro de patentes. Galvão, Goldenberg e o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz, José da Rocha Carvalheiro, foram homenageados pela contribuição para o desenvolvimento da ciência e a construção de parcerias internacionais em saúde pública. “Devemos agradecer também ao ex-diretor do TDR, Carlos Morel; ao ex-presidente da Fundação, Sergio Arouca; e ao ex-pesquisador do IOC, Hélio Pereira, fundamentais para a modernização da instituição e o estímulo à cooperação internacional”, Galvão reconhece. “O sucesso das parcerias da Fiocruz também pode ser entendido pela presença de vários elementos, como confiança mútua entre os parceiros, apresentação de projetos bem definidos e estabelecimento de interesses em comum, visando o benefício mútuo”, sintetiza.

 Gutemberg Brito

 

As pesquisadoras Maria Cristina Vidal Pessolani (à esquerda) e Euzenir Sarno apresentaram o Ambulatório Souza Araújo aos membros do TDR


 
Os membros do TDR conheceram o Ambulatório Souza Araújo e o Laboratório de Hanseníase do IOC, em visita guiada pela pesquisadora Euzenir Sarno, chefe do laboratório. “Na década de 1980, não havia planejamento para o combate à hanseníase e o apoio do TDR permitiu a construção de um projeto para pesquisa e controle da doença no país”, Euzenir avalia. Durante a visita, a pesquisadora debateu com os representantes da instituição internacional as dificuldades do tratamento da doença no Brasil e apresentou a rotina de atendimento realizada no ambulatório, além das linhas de pesquisa desenvolvidas no laboratório.
 
Os visitantes puderam assistiram também à apresentação de pôsteres de projetos desenvolvidos na Fiocruz em colaboração com o programa. Os trabalhos apresentados abordaram temas como esquistossomose, doença de Chagas, leishmaniose, dengue, hanseníase e malária.

Marcelo Garcia

20/06/08

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Ambulatório Souza Araújo e Laboratório de Hanseníase do IOC integraram roteiro, que incluiu apresentação de pesquisas da Fundação desenvolvidas em parceria com o TDR
Por: 
jornalismo

Foi realizada no dia 19 uma visita de membros do Programa Especial para Capacitação e Pesquisa de Doenças Tropicais (TDR, na sigla em inglês) ao campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ). No Brasil para a reunião anual do Comitê Coordenador Geral da entidade, realizada entre os dias 16 e 18 de junho, os representantes da organização conheceram as instalações do recém-inaugurado Ambulatório Souza Araújo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que presta atendimento a pacientes com hanseníase; do Laboratório de Hanseníase do IOC; e do Castelo de Manguinhos. Os visitantes assistiram também à apresentação de pôsteres dos projetos da Fundação apoiados pelo TDR.

A colaboração entre a Fiocruz e o TDR data do fim da década de 1970 e foi decisiva para o surgimento e a modernização de diversas áreas da ciência brasileira, em especial na Fundação. Na cerimônia de abertura do evento, o coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz e ex-diretor do TDR, Carlos Morel, apresentou um panorama histórico da parceria. “O TDR foi fundamental num momento em que a Fiocruz não acompanhava o ritmo internacional da pesquisa científica e precisava definir novos rumos para atingir a posição de destaque que ocupa hoje. É uma colaboração extremamente benéfica, pois não envolve apenas verbas para pesquisa, mas prestígio e reconhecimento internacional”, Morel considera.

 Gutemberg Brito

 

Carlos Morel, Bernardo Galvão e Samuel Goldenberg apresentaram projetos da Fiocruz financiados pelo TDR



 

Para ilustrar a importância da colaboração, o imunologista Bernardo Galvão, pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz/BA), apresentou um panorama das pesquisas sobre Aids realizadas no IOC nas décadas de 1980 e 1990, nas quais desempenhou papel de destaque. Galvão coordenou o grupo de cientistas do IOC responsável pelo isolamento do HIV no Brasil, em dezembro de 1987. “O TDR foi fundamental para a implantação de atividades de imunologia no IOC, reunindo equipamentos modernos e jovens doutores brasileiros que voltavam da Europa. Quando a epidemia de Aids chegou com grande força ao Brasil, estávamos preparados para atender ao compromisso da instituição com a saúde pública. As diretrizes elaboradas naquela época guiaram a pesquisa em Aids da Fiocruz para a situação de vanguarda que vivemos hoje”, Galvão avalia.

A pesquisa em doença de Chagas também teve destaque no encontro. O diretor do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz/PR), Samuel Goldenberg, apresentou um histórico dos cerca de 30 anos de parceria com o TDR e os frutos do projeto, colhidos hoje. “O apoio do TDR foi imprescindível, por exemplo, para que nossas pesquisas sobre um teste rápido para o diagnóstico da doença atingissem o estágio avançado em que se encontram. A cooperação internacional, aliada ao compromisso institucional, fez com que a pesquisa na Fiocruz em diversas áreas ganhasse relevância internacional nas últimas décadas”, Goldenberg reconhece.

Além dos estudos apresentados, os representantes do TDR debateram temas como financiamento de pesquisas, investimento privado e registro de patentes. Galvão, Goldenberg e o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz, José da Rocha Carvalheiro, foram homenageados pela contribuição para o desenvolvimento da ciência e a construção de parcerias internacionais em saúde pública. “Devemos agradecer também ao ex-diretor do TDR, Carlos Morel; ao ex-presidente da Fundação, Sergio Arouca; e ao ex-pesquisador do IOC, Hélio Pereira, fundamentais para a modernização da instituição e o estímulo à cooperação internacional”, Galvão reconhece. “O sucesso das parcerias da Fiocruz também pode ser entendido pela presença de vários elementos, como confiança mútua entre os parceiros, apresentação de projetos bem definidos e estabelecimento de interesses em comum, visando o benefício mútuo”, sintetiza.

 Gutemberg Brito

 

As pesquisadoras Maria Cristina Vidal Pessolani (à esquerda) e Euzenir Sarno apresentaram o Ambulatório Souza Araújo aos membros do TDR



 

Os membros do TDR conheceram o Ambulatório Souza Araújo e o Laboratório de Hanseníase do IOC, em visita guiada pela pesquisadora Euzenir Sarno, chefe do laboratório. “Na década de 1980, não havia planejamento para o combate à hanseníase e o apoio do TDR permitiu a construção de um projeto para pesquisa e controle da doença no país”, Euzenir avalia. Durante a visita, a pesquisadora debateu com os representantes da instituição internacional as dificuldades do tratamento da doença no Brasil e apresentou a rotina de atendimento realizada no ambulatório, além das linhas de pesquisa desenvolvidas no laboratório.

 

Os visitantes puderam assistiram também à apresentação de pôsteres de projetos desenvolvidos na Fiocruz em colaboração com o programa. Os trabalhos apresentados abordaram temas como esquistossomose, doença de Chagas, leishmaniose, dengue, hanseníase e malária.

Marcelo Garcia

20/06/08

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)