Na última sexta-feira, 6 de abril, uma comitiva liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) esteve no Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), referência da Organização para Covid-19 nas Américas, para acompanhar as atividades relacionadas ao enfrentamento do novo coronavírus. A visita fez parte da agenda de compromissos da delegação com a Ficoruz durante estadia no Brasil.
À frente do grupo, Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19, destacou a eficiência do Laboratório, sua importância no entendimento inicial da pandemia do SARS-CoV-2 e o esforço contínuo de vigilância. “Tenho trabalhado bastante com este laboratório em específico durante a pandemia e sempre fiquei muito impressionada com o que é realizado aqui. Poder vê-lo de perto e conhecer todos que trabalham nele é, para mim, um enorme privilégio”, afirmou.
Entre os assuntos dialogados, Maria Van Kerkhove (à esquerda) e a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, Marilda Siqueira, ressaltaram a importância de ter um panorama mais próximo do número real de infectados pela Covid-19. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)Integrando a comitiva, estavam membros da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). Entre eles, Jairo Méndez, líder técnico para doenças infecciosas; Maria Almiron, coordenadora da Unidade Técnica de Vigilância, Preparação e Resposta às Emergências e Desastres no Brasil; Socorro Gross Galiano, representante da Organização no país; eos consultores nacionais para Emergências Rodrigo Said, Rodrigo Frutuoso, Ghabriela Boitrago, Katia Uchimura, Octávio Fernandes, Ho Yeh Li e André Siqueira.
Do Ministério da Saúde, participaram Breno Soares, diretor do Departamento de Articulação Estratégica em Vigilância em Saúde, e Sarah Fernandes Bayma, da Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde.
O encontro foi guiado pela chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, Marilda Siqueira, que integra o grupo consultivo técnico da OMS sobre a evolução do coronavírus [saiba mais]. Acompanhada dos pesquisadores Fernando Motta e Paola Resende, Marilda apresentou as diferentes instalações do Laboratório e explicou os protocolos adotados em cada etapa da vigilância do novo coronavírus.
Para a virologista, a presença da líder técnica da OMS e dos demais membros da comitiva na Fiocruz representa o reconhecimento da Organização às iniciativas da Fundação no enfrentamento da pandemia. “A Fiocruz vem realizando atividades não apenas no campo médico, mas também no social. A OMS e a OPAS reconhecem isso como um fator importante e de grande impacto no nosso país”, apontou.
Marilda ressaltou ainda que a passagem dos representantes pelas unidades da Fiocruz foi positiva para a discussão de novas iniciativas e projetos de colaboração. “A relação entre a Fundação e a OMS é bastante antiga, principalmente, no enfrentamento de epidemias e pandemias. No início da atual emergência mundial do coronavírus, fomos designados como Laboratório de Referência Internacional para Covid-19, reflexo do árduo trabalho institucional, de décadas de dedicação do nosso laboratório e da resposta que a instituição é capaz de oferecer à saúde pública do nosso país. Essa visita oportunizou a discussão dos vários aspectos que o Brasil, junto com a Fiocruz, precisa iniciar para se preparar para as novas epidemias e pandemias que certamente acontecerão”, concluiu.
Representantes da OMS, da OPAS/OMS e do Ministério da Saúde acompanharam de perto o trabalho desenvolvido pelo Laboratório. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)No trajeto, os visitantes tiveram a oportunidade de observar diversos ambientes, como a sala onde são realizados os sequenciamentos genômicos e a área de nível de biossegurança 3 (NB3), onde são desempenhados ensaios de neutralização do novo coronavírus, como parte das investigações sobre a emergência de novas linhagens.
Para além das atividades destinadas ao SARS-CoV-2, foi apresentada também a ação do Laboratório em análises sobre sarampo, rubéola e vírus exantemáticos.
No campus da Fiocruz em Manguinhos, o grupo de autoridades conheceu ainda a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 (UNADIG) e o Complexo Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Antes das visitações, a comitiva foi recebida pela presidência da Fundação em uma apresentação de boas-vindas.
Parte da equipe do Laboratório e autoridades nacionais e internacionais, que haviam mantido contato online ao longo da pandemia, se encontraram pessoalmente pela primeira vez. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)
O Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC tem desempenhado um papel estratégico na emergência em saúde pública provocada pelo SARS-CoV-2. Anteriormente à confirmação da circulação do vírus no Brasil, pesquisadores já haviam estabelecido o diagnóstico da infecção no país e realizaram treinamentos de equipes de diversos estados brasileiros, em parceria com o Ministério da Saúde, e de países da América Latina, junto à OPAS. [Saiba mais]
Há mais de 60 anos, o Laboratório integra também a rede global de vigilância em Influenza junto à OMS, tendo atuado na linha de frente no diagnóstico laboratorial durante os surtos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, e de Influenza A (H1N1), em 2009, além de ter integrado o esforço de esclarecimento de casos suspeitos de ebola, em 2015. [Conheça o Laboratório]
Na última sexta-feira, 6 de abril, uma comitiva liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) esteve no Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), referência da Organização para Covid-19 nas Américas, para acompanhar as atividades relacionadas ao enfrentamento do novo coronavírus. A visita fez parte da agenda de compromissos da delegação com a Ficoruz durante estadia no Brasil.
À frente do grupo, Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19, destacou a eficiência do Laboratório, sua importância no entendimento inicial da pandemia do SARS-CoV-2 e o esforço contínuo de vigilância. “Tenho trabalhado bastante com este laboratório em específico durante a pandemia e sempre fiquei muito impressionada com o que é realizado aqui. Poder vê-lo de perto e conhecer todos que trabalham nele é, para mim, um enorme privilégio”, afirmou.
Entre os assuntos dialogados, Maria Van Kerkhove (à esquerda) e a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, Marilda Siqueira, ressaltaram a importância de ter um panorama mais próximo do número real de infectados pela Covid-19. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)Integrando a comitiva, estavam membros da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). Entre eles, Jairo Méndez, líder técnico para doenças infecciosas; Maria Almiron, coordenadora da Unidade Técnica de Vigilância, Preparação e Resposta às Emergências e Desastres no Brasil; Socorro Gross Galiano, representante da Organização no país; eos consultores nacionais para Emergências Rodrigo Said, Rodrigo Frutuoso, Ghabriela Boitrago, Katia Uchimura, Octávio Fernandes, Ho Yeh Li e André Siqueira.
Do Ministério da Saúde, participaram Breno Soares, diretor do Departamento de Articulação Estratégica em Vigilância em Saúde, e Sarah Fernandes Bayma, da Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde.
O encontro foi guiado pela chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, Marilda Siqueira, que integra o grupo consultivo técnico da OMS sobre a evolução do coronavírus [saiba mais]. Acompanhada dos pesquisadores Fernando Motta e Paola Resende, Marilda apresentou as diferentes instalações do Laboratório e explicou os protocolos adotados em cada etapa da vigilância do novo coronavírus.
Para a virologista, a presença da líder técnica da OMS e dos demais membros da comitiva na Fiocruz representa o reconhecimento da Organização às iniciativas da Fundação no enfrentamento da pandemia. “A Fiocruz vem realizando atividades não apenas no campo médico, mas também no social. A OMS e a OPAS reconhecem isso como um fator importante e de grande impacto no nosso país”, apontou.
Marilda ressaltou ainda que a passagem dos representantes pelas unidades da Fiocruz foi positiva para a discussão de novas iniciativas e projetos de colaboração. “A relação entre a Fundação e a OMS é bastante antiga, principalmente, no enfrentamento de epidemias e pandemias. No início da atual emergência mundial do coronavírus, fomos designados como Laboratório de Referência Internacional para Covid-19, reflexo do árduo trabalho institucional, de décadas de dedicação do nosso laboratório e da resposta que a instituição é capaz de oferecer à saúde pública do nosso país. Essa visita oportunizou a discussão dos vários aspectos que o Brasil, junto com a Fiocruz, precisa iniciar para se preparar para as novas epidemias e pandemias que certamente acontecerão”, concluiu.
Representantes da OMS, da OPAS/OMS e do Ministério da Saúde acompanharam de perto o trabalho desenvolvido pelo Laboratório. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)No trajeto, os visitantes tiveram a oportunidade de observar diversos ambientes, como a sala onde são realizados os sequenciamentos genômicos e a área de nível de biossegurança 3 (NB3), onde são desempenhados ensaios de neutralização do novo coronavírus, como parte das investigações sobre a emergência de novas linhagens.
Para além das atividades destinadas ao SARS-CoV-2, foi apresentada também a ação do Laboratório em análises sobre sarampo, rubéola e vírus exantemáticos.
No campus da Fiocruz em Manguinhos, o grupo de autoridades conheceu ainda a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 (UNADIG) e o Complexo Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Antes das visitações, a comitiva foi recebida pela presidência da Fundação em uma apresentação de boas-vindas.
Parte da equipe do Laboratório e autoridades nacionais e internacionais, que haviam mantido contato online ao longo da pandemia, se encontraram pessoalmente pela primeira vez. Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)
O Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC tem desempenhado um papel estratégico na emergência em saúde pública provocada pelo SARS-CoV-2. Anteriormente à confirmação da circulação do vírus no Brasil, pesquisadores já haviam estabelecido o diagnóstico da infecção no país e realizaram treinamentos de equipes de diversos estados brasileiros, em parceria com o Ministério da Saúde, e de países da América Latina, junto à OPAS. [Saiba mais]
Há mais de 60 anos, o Laboratório integra também a rede global de vigilância em Influenza junto à OMS, tendo atuado na linha de frente no diagnóstico laboratorial durante os surtos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, e de Influenza A (H1N1), em 2009, além de ter integrado o esforço de esclarecimento de casos suspeitos de ebola, em 2015. [Conheça o Laboratório]
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)