Com laboratórios de referência que atuam no diagnóstico e vigilância de agravos de importância para a saúde pública, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) contribuiu recentemente em eventos voltados à preparação contra poliovírus e vírus respiratórios.
De 1º a 4 de abril, o vice-diretor de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Eduardo de Mello Volotão, participou do simulado de resposta rápida para a detecção do poliovírus, causador da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.
Realizado em Brasília, o evento foi promovido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) tendo em vista a manutenção da eliminação da doença no Brasil e a busca pela erradicação global do patógeno.
Já no dia 17 de abril, o webinário ‘Covid-19, influenza e outros vírus respiratórios: novas práticas para novos desafios’ contou com palestra da pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, Paola Resende.
Organizado pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (CCD/SES/SP), o seminário online foi voltado para atualização de profissionais dos serviços de vigilância, imunização, laboratórios e assistência das redes pública e privada.
O simulado de resposta rápida ao poliovírus reuniu gestores e profissionais de diversas áreas envolvidas no combate à doença, como vigilância epidemiológica e laboratorial, imunização, serviços de emergência, atenção primária à saúde e saúde indígena, incluindo representantes das esferas federal e estadual, assim como organizações internacionais.
O vice-diretor Eduardo Volotão representou o Laboratório de Referência Nacional para o Diagnóstico de Poliomielite e outras Enteroviroses, vinculado ao Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.
Credenciado como referência junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS), o Laboratório atua no diagnóstico e na caracterização molecular de poliovírus no Brasil e nas Américas.
Durante o evento, foram realizadas simulações de diferentes cenários de detecção do patógeno no país, contemplando desde a identificação ambiental em amostras de água ou esgoto até a ocorrência de surto.
Segundo o Ministério da Saúde, o treinamento teve como objetivo estruturar uma equipe nacional de resposta rápida e reforçar os processos de vigilância das paralisias flácidas agudas, imunização e vigilância ambiental.
“O treinamento foi importante para integrar todos os atores envolvidos na resposta a um possível caso de poliomielite. A cobertura vacinal no Brasil vem se recuperando, mas precisa ser ainda mais alta para minimizar o risco de reintrodução da doença. O monitoramento não pode parar enquanto existir poliovírus em circulação no planeta”, ressaltou Volotão.
O sucesso da vacinação conseguiu eliminar a poliomielite na maior parte do planeta. No Brasil, o último caso foi registrado em 1989. Porém, a doença pode voltar porque o patógeno ainda circula de forma endêmica em dois países: Paquistão e Afeganistão. Vírus derivados da vacina oral contra o agravo, conhecida como gotinha, também podem provocar quadros de paralisia em indivíduos não vacinados.
Em 2024, o Brasil alterou o esquema vacinal contra a doença, substituindo a vacina oral pela injetável em todas as doses. Dados do Ministério da Saúde indicam que a cobertura vacinal alcançou quase 90% do público-alvo, com aumento em relação ao patamar de 87% registrado em 2023. Porém, o nível ainda está abaixo do índice recomendado pela Opas, que é de 95%.
Devido ao alto risco da doença, todos os casos de paralisia flácida no Brasil são investigados. As amostras referentes a estes casos são analisadas apenas nos laboratórios de referência.
Como Laboratório de Referência Nacional, o IOC é responsável pelo diagnóstico nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e em sete estados do Nordeste. O Laboratório de Referência Regional do Instituo Evandro Chagas (IEC) analisa as amostras da região Norte e de dois estados do Nordeste. Com referência junto à OMS, o IOC recebe também amostras de outros países das Américas.
Além do diagnóstico, o IOC realiza a caracterização genética dos patógenos, identificando poliovírus selvagens e derivados vacinais.
Em relação aos vírus respiratórios, o webinário ‘Covid-19, influenza e outros vírus respiratórios: novas práticas para novos desafios’ destacou a importância da vigilância integralizada considerando a circulação de múltiplos patógenos.
O monitoramento genômico dos vírus respiratórios, que permite identificar as diversas linhagens virais em circulação, foi discutido pela pesquisadora Paola Resende, que representou o Laboratório de Referência Nacional e Internacional para Infecções Respiratórias e Exantemáticas, vinculado ao Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.
Em sua palestra, a virologista apresentou um panorama de três patógenos: vírus influenza (causadores da gripe), SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) e vírus sincicial respiratório (causador de bronquiolite e pneumonia em bebês e crianças pequenas).
A pesquisadora reforçou a importância da integração entre vigilância epidemiológica e laboratorial para detectar variantes e selecionar cepas para composição das vacinas.
“Precisamos de vigilância e comunicação em tempo real das informações para a ação. A vigilância genômica é uma ferramenta que pode apoiar a tomada de decisões”, declarou Paola.
Com laboratórios de referência que atuam no diagnóstico e vigilância de agravos de importância para a saúde pública, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) contribuiu recentemente em eventos voltados à preparação contra poliovírus e vírus respiratórios.
De 1º a 4 de abril, o vice-diretor de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Eduardo de Mello Volotão, participou do simulado de resposta rápida para a detecção do poliovírus, causador da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.
Realizado em Brasília, o evento foi promovido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) tendo em vista a manutenção da eliminação da doença no Brasil e a busca pela erradicação global do patógeno.
Já no dia 17 de abril, o webinário ‘Covid-19, influenza e outros vírus respiratórios: novas práticas para novos desafios’ contou com palestra da pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, Paola Resende.
Organizado pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (CCD/SES/SP), o seminário online foi voltado para atualização de profissionais dos serviços de vigilância, imunização, laboratórios e assistência das redes pública e privada.
O simulado de resposta rápida ao poliovírus reuniu gestores e profissionais de diversas áreas envolvidas no combate à doença, como vigilância epidemiológica e laboratorial, imunização, serviços de emergência, atenção primária à saúde e saúde indígena, incluindo representantes das esferas federal e estadual, assim como organizações internacionais.
O vice-diretor Eduardo Volotão representou o Laboratório de Referência Nacional para o Diagnóstico de Poliomielite e outras Enteroviroses, vinculado ao Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.
Credenciado como referência junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS), o Laboratório atua no diagnóstico e na caracterização molecular de poliovírus no Brasil e nas Américas.
Durante o evento, foram realizadas simulações de diferentes cenários de detecção do patógeno no país, contemplando desde a identificação ambiental em amostras de água ou esgoto até a ocorrência de surto.
Segundo o Ministério da Saúde, o treinamento teve como objetivo estruturar uma equipe nacional de resposta rápida e reforçar os processos de vigilância das paralisias flácidas agudas, imunização e vigilância ambiental.
“O treinamento foi importante para integrar todos os atores envolvidos na resposta a um possível caso de poliomielite. A cobertura vacinal no Brasil vem se recuperando, mas precisa ser ainda mais alta para minimizar o risco de reintrodução da doença. O monitoramento não pode parar enquanto existir poliovírus em circulação no planeta”, ressaltou Volotão.
O sucesso da vacinação conseguiu eliminar a poliomielite na maior parte do planeta. No Brasil, o último caso foi registrado em 1989. Porém, a doença pode voltar porque o patógeno ainda circula de forma endêmica em dois países: Paquistão e Afeganistão. Vírus derivados da vacina oral contra o agravo, conhecida como gotinha, também podem provocar quadros de paralisia em indivíduos não vacinados.
Em 2024, o Brasil alterou o esquema vacinal contra a doença, substituindo a vacina oral pela injetável em todas as doses. Dados do Ministério da Saúde indicam que a cobertura vacinal alcançou quase 90% do público-alvo, com aumento em relação ao patamar de 87% registrado em 2023. Porém, o nível ainda está abaixo do índice recomendado pela Opas, que é de 95%.
Devido ao alto risco da doença, todos os casos de paralisia flácida no Brasil são investigados. As amostras referentes a estes casos são analisadas apenas nos laboratórios de referência.
Como Laboratório de Referência Nacional, o IOC é responsável pelo diagnóstico nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e em sete estados do Nordeste. O Laboratório de Referência Regional do Instituo Evandro Chagas (IEC) analisa as amostras da região Norte e de dois estados do Nordeste. Com referência junto à OMS, o IOC recebe também amostras de outros países das Américas.
Além do diagnóstico, o IOC realiza a caracterização genética dos patógenos, identificando poliovírus selvagens e derivados vacinais.
Em relação aos vírus respiratórios, o webinário ‘Covid-19, influenza e outros vírus respiratórios: novas práticas para novos desafios’ destacou a importância da vigilância integralizada considerando a circulação de múltiplos patógenos.
O monitoramento genômico dos vírus respiratórios, que permite identificar as diversas linhagens virais em circulação, foi discutido pela pesquisadora Paola Resende, que representou o Laboratório de Referência Nacional e Internacional para Infecções Respiratórias e Exantemáticas, vinculado ao Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.
Em sua palestra, a virologista apresentou um panorama de três patógenos: vírus influenza (causadores da gripe), SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) e vírus sincicial respiratório (causador de bronquiolite e pneumonia em bebês e crianças pequenas).
A pesquisadora reforçou a importância da integração entre vigilância epidemiológica e laboratorial para detectar variantes e selecionar cepas para composição das vacinas.
“Precisamos de vigilância e comunicação em tempo real das informações para a ação. A vigilância genômica é uma ferramenta que pode apoiar a tomada de decisões”, declarou Paola.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)